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Colesterol alto em crianças


Já há algum tempo a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando sobre o aumento da prevalência de colesterol alto (hipercolesterolemia) em crianças. Antes conhecida somente como “doença de adulto”, o excesso dessa gordura no sangue vem se tornando cada vez mais presente entre os pequenos.

Certamente podemos atribuir esse quadro à grande modificação de hábitos alimentares das crianças na última década. Atualmente, cerca de 43 milhões de crianças em idade pré-escolar sofrem de sobrepeso ou obesidade, condições que aumentam o risco de problemas de saúde, tais como o excesso de colesterol.

Segundo o INCOR (Instituto do Coração) de São Paulo, 10% das crianças brasileiras estão com o colesterol acima dos níveis normais. Mas atenção, não são só as crianças gordinhas que correm esse risco!
Níveis de colesterol alterados não causam sintomas físicos. Portanto, os pais devem ficar atentos e relatar ao pediatra caso: eles já tenham história de dislipidemia (níveis elevados de gorduras – colesterol ou triglicerídeos – ou de transportadores de gordura no sangue), tenham antecedentes familiares para doenças cardiovasculares, se as crianças tiverem hábitos alimentares não-saudáveis e/ou se elas não praticarem nenhuma atividade física.

O excesso de colesterol se deposita nas artérias, formando “placas” que reduzem a flexibilidade das artérias, bem como o espaço para o sangue passar (informalmente, falamos que o colesterol “endurece” e “entope” as artérias).

Para tomar nota!

Os principais alimentos que, se consumidos com freqüência, levarão ao aumento de colesterol, são: embutidos (presunto, salsicha, lingüiça, bacon...), carnes gordurosas, fast food de um modo geral, salgadinhos, biscoitos recheados, preparações fritas, entre outros.

Se você suspeita que seu filho esteja correndo risco de apresentar colesterol alto no futuro, ou mesmo no presente, procure um profissional Nutricionista! Ele é o profissional mais indicado para avaliar a fundo a alimentação de seu filho, bem como para orientar toda a família na construção de hábitos mais saudáveis e na manutenção da saúde.


Dia 31 de Agosto é o Dia do Nutricionista. Parabéns a todos os profissionais da área!


Débora Kilpp - deboranutri@espacodomquixote.com.br
Nutricionista do Espaço Dom Quixote

Dia do Psicólogo

Ninguém entende a mente humana melhor do que vocês. Haja capacidade e responsabilidade... Que aliás os psicólogos têm de sobra!

O Espaço Dom Quixote parabeniza a todos pelo seu dia!

O que vocês tem sobre TDAH?

Aqui na clinica oferecemos cursos sobre o assunto para pais e professores, assim como atendimento a crianças e adolescentes portadores de TDAH com profissionais de diversas áreas (psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional, psicomotricidade, musicoterapia) visite nosso site (www.espacodomquiote.com.br) e nosso blog(www.espacodomquixote.blogspot.com) para maiores informações e textos sobre o assunto.

resposta via wwww.formspring.me/espdomquixote

Terapia, o quê? Ocupacional, hein?


Terapia Ocupacional é uma profissão de nível superior, regulamentada e com duração de quatro anos. Durante a graduação o profissional passa pelas áreas humanas, sociais, biológicas, saúde mental e ocupacional. É uma profissão voltada para a análise e aplicação terapêutica de atividades, sendo que estas podem ser aplicadas de maneira direta ou indireta, física ou mental, ativa ou passiva, preventiva, corretiva ou adaptativa. O Terapeuta Ocupacional trabalha com o sujeito em atividade e através destas focaliza sua intervenção na vida do sujeito.

A área de atuação do profissional abrange todas as fases da vida de um indivíduo e sua intervenção tem como propósito a promoção do bem-estar, redução ou correção de disfunções, estimulação e reforço das capacidades funcionais remanescentes, facilitando o processo de aquisição das habilidades e funções essenciais que tornam o indivíduo mais adaptado e inserido no seu meio social.

Além disso, o profissional é responsável pela indicação, prescrição e/ou confecção de adaptações funcionais que possam facilitar ou até mesmo possibilitar o desempenho das atividades da vida diária (alimentação, higiene, vestuário, locomoção, comunicação), vida prática, de lazer ou laborativa.

Enquanto campo de conhecimento e intervenção pode ser aplicada nas áreas:

1. Intervenção terapêutica ocupacional no ambiente hospitalar – Neonatais, Unidades de Terapia Intensiva, Pré-consulta, Pacientes terminais, Alas específicas e outros;

2. Intervenção ou extensão das medidas de reabilitação - Na comunidade, em ambulatórios especializados, na composição de equipes interdisciplinares, etc;

3. Intervenção em saúde mental nos processos de reabilitação e inserção social de pacientes psiquiátricos;

4. Atuação no contexto social para ampliação das redes sociais de suporte de grupos desfavorecidos economicamente;

5. Extensão ou intervenção em processos de ressocialização para todas as pessoas com desvantagens sociais;

6. Intervenção, extensão e análise em projetos na área de saúde do trabalhador (Ergonomia, Adaptações, Saúde Mental).


Priscila Straatmann – priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Bullying e Responsabilidade


Nos últimos meses temos lido e visto nos meios de comunicação a discussão sobre o aumento do bullying nas escolas. Preocupa a todos este tema: família, alunos (as) vítimas, professores e gestores da educação.

A questão é: como tratar este problema que acontece nas escolas, mas tem sua origem na formação do caráter do indivíduo? A culpa é da família, responsável pela educação das crianças desde seu nascimento? A escola deve assumir o compromisso de corrigir falhas de caráter dos alunos ou conduzi-los à reflexão de suas ações? A responsabilidade é de toda a sociedade.

Vivemos numa época que impõe um ritmo acelerado, de exclusão social, de urgências e de competição. Existe uma supervalorização daquele que pode mais, que tem mais, que não se intimida, não se acovarda diante das situações do cotidiano. Os menos favorecidos, menos vistos, mais tímidos e menos ambiciosos são menosprezados e discriminados.

A família, tentando se adaptar a esta modernidade excluiu ou deixou de lado compromissos fundamentais na formação de seus descendentes. Quando uma família se constitui ou pensa em se constituir, deveria primeiro olhar para seus valores, sua constituição moral e ética e refletir sobre a formação que passará para as futuras gerações. Somos seres que atribuem valores a tudo e a todos, mas estes valores podem ser positivos ou negativos diante da coletividade em que vivemos e somos obrigados a viver. Podemos definir valores de respeito, responsabilidade e justiça ou podemos valorizar o poder, o ganho fácil, a vitória independente de outro ser humano.

Estes valores são ensinados aos filhos em palavras, mas muito mais em ações, em atitudes. Não adianta um pai ensinar ao filho que deve ser honesto, não pegar o brinquedo do coleguinha na escola se a criança vê o pai se vangloriando porque o caixa do supermercado se enganou na hora do troco e devolveu dinheiro a mais. A atitude ensina mais que as palavras. Esta atitude será internalizada pela criança que num futuro próximo se autorizará a repeti-lo, talvez aumentando as proporções.

Uma criança, um adolescente que se acha no direito de ridicularizar outra pessoa, chegando às vezes, a machucar fisicamente o outro aprendeu ao longo da vida que o que importa é a sua vontade, o seu desejo e que o outro é só o outro. A excessiva permissividade e falta de limites que os adultos que educam dão a uma criança formará um indivíduo que não sabe ouvir um não sem fazer um escândalo no supermercado, na loja de brinquedos, numa festa ou no trânsito.

Ensinar e principalmente vivenciar valores positivos e coletivos são fundamentais na formação do caráter de uma criança e/ou adolescente. Compreender, desde pequeno, pela atitude da família que todos, independente de raça, gênero e classe social, são importantes e merecem respeito ensinará valores que formarão um caráter positivo.

A escola, lugar em que o bullying é mais frequente precisa ter projetos que integrem os alunos, levem-nos à reflexão, torne-os responsáveis pela coletividade. É preciso construir regras de convivência que incluam e valorizem todos os sujeitos da ação educativa: alunos, funcionários, professores, família e gestores.

Ninguém deve ser responsabilizado pelo bullying individualmente, mas todos devem se comprometer em minimizar esta atitude e se responsabilizar pela educação e formação de cada criança e adolescente. A orfandade implica a não responsabilização e o aumento de atitudes criminosas, como o bullying e o sofrimento de pessoas incapazes de se defender.

O Espaço Dom Quixote se preocupa com o bullying e oferece espaço para a discussão deste assunto!


Psicopedagoga do Espaço dom Quixote

Paralisia Cerebral: de uma pequena conquista um grande passo à frente


O termo Paralisia Cerebral vem sendo usado como o significado do resultado de um dano cerebral, que leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. O termo Cerebral quer dizer que a área atingida é o próprio Sistema Nervoso Central e a palavra Paralisia refere-se ao resultado do dano ao mesmo, afetando os músculos e coordenação motora, dos portadores desta condição especial de ser e estar no mundo.

A incidência das formas moderadas e severas da Paralisa Cerebral está entre 1,5 e 2,5 por 1000 nascidos vivos nos países desenvolvidos; mas há relatos de incidência geral, considerando todos os níveis de comprometimento de até 7 a cada 1000 nascidos vivos.

CAUSAS

Há 3 tipos de fatores que predominam:

a) Fatores pré-natais: São aqueles que aparecem antes do nascimento e tem como principais causas: alterações genéticas e/ou congênitas, sendo as mais importantes doenças infecciosas contraídas durante a gravidez (toxoplasmose, rubéola, herpes, sífilis), exposição prolongada e inadequada ao Raio-X, uso de drogas e/ou álcool durante a gravidez, hidrocefalia, hemorragias do período gestacional, eclâmpsia, diabetes gestacional, etc.

b) Fatores peri-natais: Os problemas seriam causados por complicações ocorridas no momento do parto, que causariam sofrimento fetal com baixa oxigenação cerebral e conseqüente lesão do Sistema Nervoso Central, um exemplo clássico é a falta de oxigênio.

c) Fatores pós-natais: Ocorrem após o nascimento da criança e secundariamente a processos infecciosos do Sistema Nervoso Central, principalmente encefalites e meningites, abscessos cerebrais, traumatismos cranianos, dentre outros.

TIPOS

Quanto aos tipos de Paralisia Cerebral, são fundamentalmente quatro:

- Espástica – Caracteriza-se por tônus predominantemente alto. A movimentação é restrita em amplitude e é feita com grande esforço.

- Atetósica - Apresenta sempre um tônus muscular instável e flutuante. Aparecem movimentos involuntários e incoordenados que dificulta a atividade voluntária. São características as trocas bruscas de tônus muscular, passando de um tônus diminuído ou normal à hipertonia ou vice-versa.

- Atáxica - Caracteriza-se por transtornos de equilíbrio, hipotonia muscular e falta de coordenação em atividades musculares voluntárias.

- Mista - É a combinação de dois tipos citados acima.

TRATAMENTO

Não há medicamentos nem operações que possam curar uma paralisia cerebral, havendo, porém, diversas e inovadoras possibilidades de melhorar e minimizar seus efeitos. Muitas crianças progridem para experimentar vida adulta quase normal se suas incapacidades forem administradas apropriadamente. Em geral, quanto mais cedo o tratamento começa, melhores são as chances da criança superar incapacidades de desenvolvimento ou aprender novas formas de realizar tarefas desafiadoras. O tratamento consiste em atendimento por uma equipe multidisciplinar incluindo o médico neuropediatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, entre outros.

A Fisioterapia como parte da equipe multiprofissional tem papel fundamental na habilitação da criança. A Fisioterapia motora é importante no tratamento de crianças com paralisia cerebral, atua na estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor, prevenção de deformidades e encurtamentos, aquisições das etapas motoras, melhorando e facilitando suas atividades de vida diária. Já a Fisioterapia respiratória é indicada para os pacientes que apresentam complicações pulmonares secundárias à paralisia cerebral, visando a higiene brônquica, manutenção da permeabilidade de vias aéreas superiores, melhora da mecânica respiratória, além de oferecer orientações aos familiares para complementação do tratamento a domicílio.

A criança com Paralisia Cerebral tem o direito de crescer, e ser o mais independente possível. Cada etapa do progresso no tratamento da criança com Paralisia Cerebral, por menor que seja, permite manter viva a esperança de haver um novo passo à frente.

Priscila Votto Fernandes – priscilafisio@espacodomquixote.com.br
Fisioterapeuta do Espaço Dom Quixote

Psico + motricidade = Psicomotricidade


A Psicomotricidade é uma profissão da área da saúde, em nível de especialização, com aproximadamente, um ano e meio de duração. A Psicomotricidade trabalha com o sujeito na atividade através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo.

Essa prática visa contribuir para o desenvolvimento integral do sujeito no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físico, mental, afetivo-emocional e sociocultural, buscando estar sempre condizente com a realidade do sujeito.

A Psicomotricidade é a ciência da educação que educa o movimento ao mesmo tempo em que põe em jogo as funções da inteligência, afetividade e personalidade. Na Psicomotricidade, a relação, a vivência corporal e a linguagem simbólica são imprescindíveis, ou seja, o psico está sempre ligado à motricidade.

O psicomotricista pesquisa, avalia, previne e trata o sujeito na aquisição, no desenvolvimento e nos transtornos da integração somato-psíquica. Com isso, seu público alvo normalmente é crianças em desenvolvimento e com atrasos / dificuldades no desenvolvimento global, bebês de alto risco, pessoas portadoras de necessidades especiais (deficiências motoras, sensoriais, mentais e psíquicas), família e terceira idade.

O profissional pode atuar nas áreas da educação, clínica, hospitalar, empresas, consultoria, supervisão e pesquisa.



Priscila Straatmann – priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Consciência Fonológica: recurso para a sala de aula



Quem trabalha com as séries iniciais já deve ter ouvido falar na consciência fonológica. Ela é um recurso que pode ser de grande valia para o processo de alfabetização das crianças.

Consciência fonológica é a capacidade de refletir sobre os sons da fala e sua organização na formação das palavras. No processo de aprendizagem da linguagem escrita, precisamos saber que a língua falada pode ser segmentada, ou seja, dividida. Que a frase pode ser dividida em palavras (A + CASA + É + BONITA); as palavras em sílabas (CA+SA); e as sílabas em fonemas (C+A). E ainda precisamos saber que estas unidades se repetem em diferentes palavras.

A consciência fonológica pode ser dividida em consciência de palavras, consciência silábica e consciência fonêmica, sendo que o grau de dificuldade vai aumentando conforme a unidade trabalhada se torna mais específica, ou seja, saber quantas palavras há em uma frase é mais fácil do que descobrir qual o som que escutamos primeiro em uma palavra.

Estas habilidades de reconhecer os sons e de conseguir reorganizá-los de alguma maneira já estão presentes no cotidiano das crianças antes mesmo de iniciar o processo formal de alfabetização, mas a partir deste momento, a consciência fonológica se fortalece e se amplia com relação a habilidades mais complexas.

Ao contrário, a dificuldade na consciência fonológica pode dificultar em muito o aprender a ler e a escrever. Por este motivo, cada vez mais os professores têm buscado informações sobre a consciência fonológica para auxiliar seus alunos de uma maneira mais abrangente e atingindo as suas necessidades.

Algumas atividades são bem fáceis de fazer e geram resultados positivos em sala de aula. Trabalhar com rimas, com aliterações (que é a rima no início da palavra), identificar palavras que comecem ou terminem com a mesma sílaba ou o mesmo som.

- Exemplo de consciência de frases: o professor irá dizer uma palavra curta de objeto grande e outra palavra grande de objeto pequeno (sol e estrelinha) e a criança deverá dizer qual a palavra (som) que é maior. Será que a criança irá saber que estrelinha tem o som maior mesmo sendo menor que um sol?;

- Exemplo de consciência de sílabas: dentro de um saco escuro haverão diversos objetos. Cada criança deverá escolher um, nomear o objeto e dizer quantas sílabas há na palavra. O aluno pode bater palmas para auxiliar. Quem já está compreendendo a consciência silábica, conseguirá executar a ação sem muita dificuldade;

- Exemplo de consciência fonêmica: fazer a chamada dos alunos dizendo apenas o som inicial de cada nome. Falar pausadamente e repetidamente até que as crianças descobram qual é o nome. Se tiver duas ou mais crianças que tenham a mesma letra inicial, eles podem ser estimulados a dizerem todas as opções e após o professor vai dizendo o som seguinte até que se descubra qual o nome escolhido. Nesta atividade, as crianças já trabalham a relação grafema-fonema (da letra com seu som) e conseguem mais facilmente escrever palavras diferentes e com maior segurança.

Estas atividades são apenas exemplos de como trabalhar a consciência fonológica e ir descobrindo algumas deficiências e a partir delas criar novas brincadeiras para que todos consigam realizar estas atividades com êxito. A experiência que temos mostra que incluir estas atividades em sala de aula, auxilia não apenas aos alunos com alguma dificuldade, mas a todos nesse processo tão especial que é o de descobrir o mundo das letras.

No mês de julho foi ministrado no Espaço Dom Quixote o curso Consciência Fonológica como método de alfabetização para um grupo de professores de diversas cidades da nossa região. No curso foram vistas e debatidas algumas reflexões a cerca da consciência fonológica e principalmente atividades práticas para serem aplicadas em sala de aula.

Veja as fotos do encontro e querendo maiores informações não deixe de nos procurar!


Fernanda Helena Kley – fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

Semana Mundial do Aleitamento Materno


Em declaração recente, a top model gaúcha Gisele Bündchen posicionou-se dizendo que acredita que amamentar nos primeiros seis meses de vida do bebê deveria ser uma lei para todas as mães. Essa declaração veio ao encontro da Semana Mundial do Aleitamento Materno - comemorada anualmente na primeira semana de agosto -, na qual são debatidas estratégias de divulgar a prática da amamentação e incentivá-la, de modo a aumentar sua prevalência no mundo.

O aleitamento humano é um ato natural que, além de constituir a melhor forma de nutrição para o bebê, é um importantíssimo agente de criação e reforço do vínculo entre mãe e criança. A amamentação possui diversas vantagens para o bebê, para a mãe, para a família e para a sociedade.

Para o bebê, podemos citar a prevenção de otites (dor de ouvido), alergias, pneumonias, bronquiolites e diarréia, um melhor crescimento e desenvolvimento (físico e cognitivo), facilidade na digestão (já que o leite materno possui a quantidade ideal de todos os nutrientes para o bebê nos primeiros seis meses de vida), entre muitos outros benefícios, já extensamente comprovados.

Mães que amamentam reduzem o sangramento pós parto, têm menores chances de desenvolver câncer de mama e de ovários, melhoram o vínculo afetivo com o/a filho/a e retornam mais rápido ao peso habitual. Além disso, amamentar é prático e não exige a higienização prévia e o aquecimento, como ocorre com a mamadeira.

A sociedade se beneficia do aleitamento materno à medida que este ato é ecológico e econômico, uma vez que dispensa mamadeiras, não gera resíduos, é livre de contaminação e já vem pronto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo (ou seja, sem oferta de água, chá ou outros alimentos) para todas as crianças até os seis meses de idade. A partir dessa idade, alimentos complementares necessitam ser introduzidos, porém a amamentação deve ser continuada até os dois anos de idade ou mais.
Agora que já conhece os benefícios do aleitamento materno, seja mais um/a engajado/a nessa causa!

Conhece alguma grávida? Incentive-a a amamentar.

Alguém que recentemente ganhou bebê? Estimule a amamentação, reforçando a importância dessa prática. Seja um multiplicador desse ato que salva milhões de vidas todos os anos e que melhora a qualidade dos indivíduos, prevenindo doenças na infância e na idade adulta.

Tem dúvidas sobre amamentação? Quer compartilhar alguma experiência? Deixe seu comentário clicando no link localizado logo acima do texto. Será um prazer interagir com você.

Débora Kilpp – deboranutri@espacodomquixote.com.br
Nutricionista do Espaço Dom Quixote

Paternidade na Adolescência


Antigamente quando se falava em gravidez na adolescência, as preocupações estavam muito voltadas para a questão da maternidade. Hoje, se reconhece que as dificuldades não são vividas somente pelas meninas, mas também pelos meninos, que além de se verem diante das questões específicas da adolescência, se deparam com a paternidade, situação complexa e individual.


Biologicamente falando, o adolescente já produz espermatozóides, portanto tem as condições físicas para ser pai. Contudo, no que diz respeito ao aspecto psicológico o adolescente se encontra mergulhado em si mesmo, na construção de sua identidade, com seus dramas existenciais. Então como ele poderia oferecer suporte emocional, presença paterna a um filho que também necessita se estruturar e, portanto, precisa de cuidado?


Ser pai não é apenas ser uma pessoa do sexo masculino, sobretudo é alguém com um lugar definido na família, principalmente na vida do filho, na construção da sua personalidade, formação da identidade sexual e emocional. Inconscientemente, o pai representa disciplina e precisa exercer o difícil equilíbrio entre permitir e proibir para mostrar determinação quando necessário.

Isso deve acontecer a despeito da idade, morando na mesma casa ou não, o importante é que qualifique o relacionamento. Pai e mãe têm funções emocionais distintas na família. A paternidade é exercida por um homem com a função de lei, proteção, auxílio e representação social: jeito de ser, pensar, sentir, desejar, particularidades biológicas e culturais masculinas.

Significa que pai é tudo o que a mãe não pode ser. Na ausência de um homem que o substitua, o lugar fica vazio. As crianças criadas sem pai, ou crescido junto a um pai psicologicamente ausente ou muito fraco, apresentam transtornos psíquicos, emocionais ou orgânicos. Essa carência de contato com o pai pode ser uma das raízes do sentimento de rejeição no filho, podendo gerar quando adulto, uma busca de substituto paterno.

Está comprovado que a falta de normas e a consequente falta de limites, gera uma imagem ruim do pai, e uma sensação de abandono e solidão na criança. É como se o filho quando adulto, continuasse procurando dentro de si os limites que o pai não soube colocar.

Independente da idade, a paternidade efetiva não é fácil de assumir. O pai precisa resolver suas questões enquanto filho para então se tornar pai e não vir a se confundir com o filho; precisa separar o que é seu ou será eternamente filho e amigo dos seus filhos, abrindo mão de vivenciar sua identidade paterna.

Tal dificuldade não é exclusiva dos adolescentes, nem representa necessariamente uma experiência negativa e fracassada para eles, por mais que venham a enfrentar sofrimento consequente do despreparo e precisem arcar com o ônus de ter transgredido e apressado a ordem natural das coisas.

Apesar de tudo, a paternidade na adolescência não é uma coisa intransponível, nem seu êxito impossível, desde que possam receber apoio, confiança e amor dos familiares e que assim o melhor aconteça.

Andréa de Espíndola – andreapsico@espacodomquixote.com.br

Psicóloga e psicomotricista do Espaço Dom Quixote.

Curso Distúrbios da Adolescência


O Espaço Dom Quixote estará oferecendo o curso Distúrbios da Adolescência: uma visão transdisciplinar com o primeiro módulo ocorrendo no dia 10 de agosto (terça-feira) das 18h30min às 22h.

O curso oferece uma visão transdisciplinar sobre os Distúrbios da Adolescência e será ministrado por psicóloga, psicopedagoga, fonoaudióloga, nutricionista, terapeuta ocupacional, e psicomotricista que discutirão sobre os distúrbios oferecendo propostas de tratamento, atividades e forma de lidar com os adolescentes.

Maiores informações pelo fone 3037-7167 ou em:
http://www.espacodomquixote.com.br/evento037.php

Temos descontos para inscrições em grupo! Inscreva-se!


Fast food aumenta risco de asma


Estudo recente publicado no Thorax (jornal internacional de medicina respiratória) concluiu que crianças que comiam três ou mais hambúrgueres por semana tinham maior risco de desenvolver asma e chiados, enquanto que uma dieta saudável, rica em frutas e peixes, pareceu prevenir essa situação.

Pesquisadores da Alemanha, Espanha e Inglaterra estudaram dados de 50 mil crianças (pré-escolares) entre 8 e 12 anos, de todo o mundo, e encontraram que a relação entre o consumo de hambúrgueres e asma foi mais forte em países desenvolvidos, cuja presença de fast food nas dietas é mais significativa.

Segundo os pesquisadores, não é a elevada ingestão da carne em si que aumenta o risco de ocorrência de asma, mas o consumo frequente de hambúrguer pode ser indicativo de que aquele indivíduo apresenta um estilo de vida composto por outros fatores de risco, como o sedentarismo e a obesidade.

Por outro lado, sabemos que uma dieta rica em vegetais, frutas e peixes possui abundância de nutrientes antioxidantes - atuam contra o envelhecimento de nossas células (como a vitamina C, por exemplo) e antiinflamatórios (como as gorduras presentes no peixes) sendo, portanto, indicada para praticamente todos os indivíduos, independente da idade, sexo ou nível de atividade física.

A partir de mais este estudo, reforça-se a certeza de que alimentos não saudáveis, em grande parte representados pelo fast food (alimentos pré-prontos, hambúrgueres, sorvetes, frituras, refrigerantes, entre outros), influenciam muito mais a vida das crianças do que podemos imaginar.

Quando produtos alimentícios de baix(íssim)o valor nutricional passam a ocupar o papel de refeição principal, e não mais de lanches muito eventuais, certamente há um problema iminente não só para a criança, mas também para a família e para a sociedade de um modo geral, que é quem arca com as futuras consequências desses tão desejados e aparentemente inocentes produtos alimentícios.


Débora Kilpp – deboranutri@espacodomquixote.com.br
Nutricionista do Espaço Dom Quixote