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Missão Pais: gerenciar estresse


No momento em que descobrirmos que seremos pais, uma onda de estresse positivo toma conta de nós. Começamos a imaginar seus passos, choros, idealizar o quarto, produção de roupas, enfim tudo gira em torno da missão de serem pais. Como educar, como brincar, como lidar com birras e como lidar com perguntas e respostas.

Mas às vezes, esse estresse acaba se tornando um tanto negativo. Quando a missão pais se torna mais desafiadora do que nunca. Ou seja, quando percebemos que nosso filho precisa de atendimento diferenciado e cuidados diários. Exigindo de nós pais mais atenção, assim temos que minimizar outros interesses e maximizar o tempo de cuidado com a criança e o adolescente.

Mas é fundamental nessa “missão pais”, conseguir controlar e gerenciar o estresse que é produzido diariamente. Estresse significa uma resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo que procura adaptar-se e ajustar-se às pressões internas e externas, ou seja, é subjetivo e pessoa! Por isso pais que estão bem consigo mesmo, contribuem e aumentam o rendimento do filho no processo de tratamento.

Como então reverter o estresse negativo em positivo e ainda ficar bem mentalmente para poder auxiliar no progresso do tratamento?

O essencial é poder tirar pelos menos 05 minutos só para si. Isso quer dizer, que nesses 05 minutos é possível fazer tudo aquilo que gosto e não consigo. Pintar o cabelo, pintar as unhas, olhar programa na televisão, tomar um banho bem demorado, cantarolar embaixo do chuveiro.

Só nesse cuidado, já conseguimos ouvir nosso corpo e dar um tempo para ele se restabelecer e diminuir o risco de doenças cardíacas, musculares, disfunções de apetite, alterações de sono, perdas de memórias, entre outros.

Outra dica é aprender técnica como relaxamento muscular, relaxamento respiratório ou meditação. Além de poder conversar com alguém sobre o que sente, o que pensa, poder trocar idéias.

Fica como dica, para pais em missão de aprendizado, um tipo de relaxamento. Um simples treino de relaxamento diário, com uma duração de 10 a 15 minutos, pode fazer maravilhas. Eis uma técnica muito simples:

Instala-se confortavelmente, feche os olhos, procure tomar consciência das diferentes partes do seu corpo que estão em contato com o solo, o colchão, a cadeira, etc, respire normalmente e fique atento a essa respiração, quando sentires mais calmo e concentrado, procure relaxar cada grupo muscular do corpo, contraindo os músculos dos pés, da barriga, das pernas e das coxas. Fique atento às sensações e repita o exercício duas ou três vezes.


Priscila Straatmann Mórel - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Como criar filhos felizes?


Esta é uma pergunta e uma dúvida que acompanham os pais que procuram educar e criar seus filhos para a vida e para a felicidade. Educar e possibilitar a felicidade em sujeitos que aprendam a viver no coletivo, respeitando sua individualidade, relacionando-se com seus pares e demais membros da sociedade é uma tarefa desafiadora e nada simples.

Numa sociedade onde impera o individualismo, o desrespeito e o preconceito, precisamos de exemplos e atitudes que contribuam para uma educação de crianças e jovens capazes de tomar decisões na vida e para a vida.

Um recente estudo, baseado em pesquisa realizada com cerca de 2 mil pais que se submeteram a um teste on-line, apontou as dez competências necessárias para educar filhos felizes.

1. Amor e carinho. Os pais precisam demonstrar afeto pelos filhos, respeitando suas diferenças e suas ideias próprias;

2. Administração do estresse. Investir em técnicas de relaxamento e bem-estar para compreender-se melhor e ter mais qualidade de vida;

3. Habilidades do relacionamento. Desenvolver relacionamentos saudáveis e melhorar as relações afetivas;

4. Incentivo à autonomia e à independência. Estimular os filhos na busca da autonomia para tornarem-se cada vez mais confiantes e motivados a tomar iniciativa;

5. Acompanhar a aprendizagem. Participar da vida escolar e de aprendizagem dos filhos incentivando o gosto pelos estudos e a curiosidade;

6. Preparação para a vida. Manter diálogo sensível e honesto sobre temas delicados e importantes, auxiliando assim a desenvolver a maturidade e a responsabilidade;

7. Atenção ao comportamento. Reforçar e elogiar as boas atitudes e recriminar o uso da violência como forma de educação. Substituir o castigo pelo diálogo e usar punições somente quando a conversa falhou mais de uma vez;

8. Saúde. Ter boa saúde para incentivar hábitos saudáveis na vida dos filhos;

9. Espiritualidade. Desenvolver a espiritualidade, a consciência ecológica, o respeito às diferenças, evitando todas as formas de preconceito;

10. Segurança. Proteger os filhos de situações de risco e conhecer as atividades e amizades deles.

Os pais concluíram, durante a pesquisa, que ao conhecer e desenvolver as competências necessárias para serem bons educadores, aprenderam a observar e desenvolver melhor as competências dos próprios filhos.

Talvez as dez competências apontadas pela pesquisa para ser um bom pai e uma boa mãe não estejam de acordo com aquilo que você ou eu acreditamos, mas servem como reflexão para melhorarmos nossa atuação como educadores.


Janete Cristiane Petry - janetepp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Desenvolvimento da Linguagem


Para falarmos sobre desenvolvimento da linguagem é importante percebermos que a linguagem é uma habilidade imprescindível para que a comunicação ocorra e é ela que permite que o homem se comunique e se integre social e culturalmente. Ou seja, é através da linguagem que conseguimos conviver em sociedade.


A aquisição e o desenvolvimento da linguagem dependem de alguns fatores que se, por algum motivo, apresentarem algum prejuízo, podem acarretar dificuldades de linguagem.


A grande maioria dos estímulos para a linguagem que são recebidos se dá através da audição e para que a linguagem oral se desenvolva é essencial que a audição esteja dentro dos padrões de normalidade. Além disso, é preciso que haja uma integridade e maturidade neurológica, ou seja, lesões neurológicas também afetam esse desenvolvimento. Outro fator importante é ter um desenvolvimento cognitivo adequado, já que a linguagem não é um processo que ocorre de maneira isolada, ela interage e depende de processos como memória, atenção, percepção.


Fatores sociais também exercem influência em um bom desenvolvimento da linguagem, pois este desenvolvimento se dá através do estabelecimento de diálogos e o incentivo por parte da família, principalmente, é fundamental para que a criança possa ter iniciativa de comunicação e perceber que a linguagem é uma habilidade que deve ser desenvolvida para conseguirmos ter relações sociais. Ainda é um fator importante para a linguagem que todos os órgãos fonoarticulatórios, ou seja, lábios, língua, bochechas, não apresentem alterações em sua estrutura para garantir uma fala adequada, isto quer dizer que uma criança com fissura labiopalatina ou com “língua presa” (o termo correto é freio lingual curto) provavelmente terá dificuldades na fala.

Marcos do desenvolvimento da linguagem

O que se espera que ocorra conforme a faixa etária da criança:

- 1º trimestre (0 a 3 meses de idade): choro e grito são suas formas de comunicação, tem resposta reflexa ao som, discrimina sons familiares;


- 2º trimestre (3 a 6 meses de idade): produz vocalizações e inicia com silabações;


- 3º trimestre (6 a 9 meses de idade): compreende palavras familiares, fala com balbucio;


- 4º trimestre (9 a 12 meses de idade): emissão das primeiras palavras com significado;


- De 1 ano a 1 ano e 6 meses: utiliza uma palavra representando uma frase inteira, fala substantivos e verbos de ação (dá, pega, quer);


- De 1 ano e 6 meses a 2 anos: tem vocabulário de cerca de 50 palavras, produz frases com mais palavras;


- De 2 anos a 3 anos: melhora as frases, usa “eu” e “tu”, refere a si mesmo através do seu nome.

Crianças que tem um desenvolvimento mais lento ou não atingem o esperado para a sua faixa etária, podem estar com algum atraso ou distúrbio de linguagem e uma avaliação fonoaudiológica é necessária para um diagnóstico preciso.


Quanto mais a criança for estimulada, mais tranqüilo será o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, por isso quanto mais conversarmos com as crianças e estimularmos que elas utilizem a linguagem, melhor será a eficiência de sua comunicação.


Fernanda Helena Kley – fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

Hábitos alimentares X Mídia


Estudos epidemiológicos indicam que comportamentos sedentários, como assistir televisão, estão associados com sobrepeso entre crianças. A prevalência de obesidade é menor entre crianças que assistem uma hora ou menos de televisão por dia e maior entre aquelas que assistem quatro horas ou mais.

Segundo as recomendações da American Academy of Pediatrics (2001), o número de horas assistindo televisão não deve ultrapassar duas horas diárias para as crianças.

O ato de assistir televisão durante a semana parece estar relacionado positivamente com o consumo de alimentos advindos de redes de fast-food entre adolescentes.

É observada também uma relação entre propaganda e obesidade infantil, uma vez que nesta faixa etária a grande maioria dos alimentos divulgados em comerciais de televisão são aqueles com altas concentrações de açúcar e gorduras.

É preciso que a família fique atenta aos comerciais de produtos alimentícios industrializados vinculados nos veículos de comunicação com apelo ao público infantil. Muitos destes produtos são nutricionalmente inadequados para a faixa etária pediátrica, mas acabam tornando-se populares por estarem associados a personagens de desenhos que as crianças gostam.

A dica é trocar uma hora de televisão por uma hora de atividade física e/ou recreacional em família sempre que possível.


Fonte: CRESPO, C. et al. Television watching, energy intake, and obesity in US children: Results from the Third National Health and Nutrition Examination Survey, 1988-1994. Arch Pediatr Adolesc Med, v. 155, p. 360-365, 2001.


Daniele Santetti - danielenutri@espacodomquixote.com.br
Nutricionista do Espaço Dom Quixote

Andanças de Dom Quixote neste verão

Nos meses de janeiro, fevereiro e março muitas crianças e adolescentes estão em férias, a maioria dos professores está curtindo seu merecido descanso... mas quem pensa que o Espaço Dom Quixote parou neste período, está enganado! Muitas atividades aconteceram no Espaço neste verão!
Vamos dividir com vocês alguns de nossos trabalhos nestes três meses:
10 a 14 de janeiro ocorreu o Curso de Autismo no Espaço. Turma lotada! 20 pessoas muito interessados abriram mão desta semana de descanso para aprender como lidar com crianças e adolescentes com espectro autista. Professores, psicólogas, cuidadoras de modo geral estavam presentes. Uma parceria do Espaço com o La Salle!





Tamanho foi o sucesso do curso que foi “pedido Bis” e de 17 a 21 de janeiro outra turma participou do curso de Autismo no Espaço. Mais uma turma muito interessada e motivada! Mais uma parceria com o La Salle!


Enquanto as adultos aprendiam nos cursos, as crianças se divertiam nas oficinas... Durante janeiro e fevereiro muitas oficinas ocorreram no Espaço para divertir as crianças nas férias!



Na segunda quinzena de fevereiro os profissionais do Espaço Dom Quixote participaram de várias jornadas pedagógicas nas escolas da região metropolitana.
15 de fevereiro – Workshop de Distúrbios na Infância e Adolescência que afetam a aprendizagem – Colégio Sinodal Tiradentes em Campo Bom
17 de fevereiro – Palestra Motivacional para professores Escola ACM Porto Alegre


17 de fevereiro turno da tarde – Workshop de Inclusão Escola ACM Porto Alegre



17 de fevereiro turno da tarde – Workshop motivacional para professores Escola Fernando Ferrari Estância Velha


As jornadas pedagógicas terminaram, mas o trabalho do Espaço não... No sábado do dia 12 de março iniciaram as Oficinas de Músicas e Brincadeiras e uma turma muito dedicada abriu mão do descanso no sábado à tarde para aprender como trabalhar com crianças e adolescentes!

Muitos cursos, palestras, oficinas e grupos esperam por você no Espaço Dom Quixote! Confira nossos eventos e atividades no site!!!

Aula de Música no Espaço Dom Quixote


O Espaço Dom Quixote está oferecendo aulas de música! Venha conferir as aulas de musicalização para bebês, de violão, teclado e composição! É um espaço para a criança ou adolescente aprender se divertindo e se aperfeiçoar como pessoa.

Cada vez mais estudos indicam a importância do estudo da música e que a experiência musical precoce facilita o desenvolvimento integral e aumenta a capacidade cerebral.

A música ativa o cérebro por inteiro e seu efeito é tão intenso que os músicos apresentam um superdesenvolvimento em determinadas áreas de seu cérebro, como maior quantidade de massa cinzenta, aumento do corpo caloso (responsável pela transmissão de informações entre os dois hemisférios cerebrais) principalmente em pessoas envolvidas com música antes dos sete anos, e outras áreas cerebrais, associadas com o processamento auditivo, sistema motor, desenvolvimento da linguagem, emoção e memória.

Assim, a música facilita a capacidade de aprendizagem por manter os neurônios em atividade, aumentando a atenção, melhorando e tornando mais rápidas as sinapses (conexões entre neurônios) e estimulando a absorção de informações. A memória também é estimulada pela memorização de textos, melodias, células rítmicas... Há também efeitos importantes na escrita e alfabetização.

Além de ganhos cognitivos, surge uma melhora na coordenação motora e observam-se diferenças no comportamento das pessoas que estudam música, como maior tranquilidade e concentração. O contato com a música pode ser um importante meio de expressar as próprias emoções, aumentando a estabilidade emocional e contribuindo para o bem estar, pois ativa também as áreas responsáveis pelo prazer no cérebro, diminui o estresse (diminuindo o cortisol) e aumenta a autoestima.

A música torna a criança e o adolescente mais preparados para a vida. Desafios aparecem no aprendizado musical, como tocar e/ou cantar sozinho, e assim, aprendem a lidar com eles, a lidar com o erro, precisando encontrar formas criativas de solucionar os problemas, tornando-se mais desinibidos, independentes e tolerantes.

As crianças e adolescentes também desenvolvem habilidades e competências como disciplina, sensibilidade, critérios estéticos musicais, paciência, cooperação e respeito com o outro, melhorando a comunicação, e as aulas de música ou musicalização desenvolvem a linguagem através das canções, tornando o aprendizado da linguagem e o processo de alfabetização mais rápido.

Aulas de música e musicalização contribuem para o desenvolvimento integral da criança e do adolescente, melhorando sua qualidade de vida. Encontra-se na música uma fonte de interesse, prazer, desejo e estimulação que acarreta em mudanças importantes em todos os aspectos de suas vidas.


Informe-se também sobre os atendimentos em Musicoterapia!


Luciana Steffen - lucianamt@espacodomquixote.com.br
Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote


Infância Fascinante


A infância é o período mais fascinante de nossa vida. Pois é neste período que exteriorizamos nossos sentimentos, nossas experiências e, fundamentalmente, nossa criatividade da forma mais espontânea. Através do jogo, a criança interage com a realidade e estabelece relações com o mundo em que vive. Podendo assim se desenvolver, além de serem estimuladas de diversas formas. Brincar muitas vezes significa fazer sujeira, e fazer sujeira significa experenciar o mundo a sua volta de diferentes formas e texturas, além de proporcionar desafios e estimular a criatividade e a coordenação.

Ao relembrarmos da nossa infância, a brincadeira da nossa época vem com facilidade à mente. Onde quer que a criança se encontre, independente do local, acontece uma brincadeira, um jogo. Basta um pequeno estímulo para que sua imaginação a leve para um mundo repleto de criatividade e movimento, expressando o seu interior. Assim aprimorando o seu desenvolvimento psicomotor através da relação do corpo com o meio.

Segundo Negrine, a criança organiza o mundo a partir do seu próprio corpo e através da expressão e função simbólica o ser humano expressa afetividade espontânea através do gesto. As sessões são pensadas de forma diferente de até então, o lúdico tem caráter decisivo no desenrolar da mesma e não são apenas as crianças que passam por tratamento diferenciado, o adulto assume nova postura frente às mesmas. Este passa a desempenhar o papel de facilitador do processo, sendo necessário repensar sua formação.

Por isso, muito da constituição do sujeito vem da qualidade das experiências que temos na infância. Brincar de construir brinquedos, desmontar e remontar os mesmos, criar novas funções para eles auxilia no processo criativo e imaginativo da criança e assim aprimorando o desenvolvimento do processo de aquisição da aprendizagem.


Priscila Straatmann Mórel - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Bebê no balde


O banho no balde = tummy tub, permite que e o bebê ative sua memória e relembre do espaço uterino, ou seja do lugar protegido, aquecido, meio aquático e escuro. Além de permitir o relaxamento integral do corpo e a interação entre pai e filho, balde simula o útero materno, dando a sensação de conforto e segurança. O bebê fica imerso e na posição vertical. É importante que a mãe apóie a cabeça do bebê durante o banho. Por estar sempre assistido pela mãe, o bebê pode inclusive dormir durante o banho. Não tem contra-indicação e pode ser dado em bebês de qualquer idade, desde o seu nascimento, só traz benefícios para a criança e é um grande estímulo pela relação que o bebê tem com a água.

O TummyTub foi desenvolvido por holandeses e possui o aspecto de uma banheira terapêutica especialmente elaborada para bebês recém nascidos até os 06 meses de vida. Os bebês, dentro do TummyTub, adaptam-se facilmente à posição fetal e permanecem calmos e relaxados. O plástico usado é transparente, para facilitar a visualização do bebê. O TummyTub não é tóxico e é reciclável. Não existem arestas cortantes, a sua base é anti-derrapante e na parte inferior há um centro de gravidade que permite grande estabilidade e segurança. O fato de ser um reservatório de reduzidas dimensões permite poupar água e energia, mantendo-a quente durante cerca de 20 minutos. Mesmo quando está cheio é fácil de transportar, não só pelo seu reduzido peso, mas também porque têm alças ergonômicas. (retirado do site www.tummytub.com.br)

Mas então, como realizar o banho no balde?

1ª O balde deve ter 12 ou 15 litros. Pode ser um simples balde transparente, sem rebarbas internas, feito de material atóxico e matéria prima virgem;

2ª A água deve estar aquecida entre 37 e 38 graus e na quantidade suficiente para cobrir o corpo, só a cabeça para fora da água;

3ª Prepare o bebê para o banho. Aqui vale uma massagem tranqüilizadora, muito carinho;

4ª Coloque o bebê no balde com carinho;

5ª Deixe que ele experimente e curta o banho. Vale lembrar que os pais devem ter muito atenção. O bebê pode ficar na água até que comece a esfriar.

Curta o momento com o seu bebê!!!!


Priscila Straatmann Mórel – priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote




Autocontrole na infância, sucesso na vida adulta!


Como psicóloga especialista em Infância e Adolescência não posso deixar de indicar esta leitura aos visitantes do blog do Espaço Dom Quixote! Boa leitura! Boas reflexões!


Pesquisa recente indica que crianças capazes de tolerar frustrações e esperar por sua vez têm mais chances de ser bem-sucedidas quando maiores

(New York Times | 06/02/2011 09:27)

Autocontrole: crianças podem ser ensinadas a esperar

Nova pesquisa mostra que crianças que apresentam maior autocontrole aos 3 anos de idade se tornam adultos mais saudáveis e bem sucedidos. Por outro lado, aquelas que apresentam menor autocontrole são mais propensas a abandonar a escola, infringir a lei e ter problemas financeiros, concluíram os autores do estudo.

9 passos para impor limites

Dossiê: limites, essenciais para a criança

Pesquisadores analisaram dados de cerca de 1.000 crianças neozelandesas nascidas nos anos de 1972 e 1973 e acompanhadas até os 32 anos de idade. O autocontrole dos participantes do estudo foi medido em diversos pontos da vida, desde os 3 anos de idade, através de avaliações feitas por professores, pais e pelos próprios participantes.

De acordo com o estudo, publicado online no final do mês passado no “Proceedings of the National Academy of Sciences”, crianças com alto QI e de famílias mais favorecidas em termos socioeconômicos se mostraram mais propensas a ter mais autocontrole.

As crianças com menores índices de autocontrole mostraram maior propensão a adotar comportamentos negativos – como engravidar na adolescência, fumar e ficar desempregado. As crianças que aos 3 anos apresentaram baixo índice de autocontrole também foram mais propensas a enfrentar dificuldades financeiras e problemas de saúde na idade adulta. Elas também se mostraram mais propensas ao vício de fumar, consumir álcool e drogas mais pesadas.

O autocontrole é essencial para examinarmos o horizonte e nos prepararmos para o que pode acontecer, para planejarmos com antecedência onde queremos chegar, para desenvolvermos bons relacionamentos, atraindo o apoio e a ajuda do próximo, e para esperarmos pelas coisas realmente boas que valem a pena ser aguardadas – em vez de corrermos atrás da diversão a curto prazo. Todos nós usamos nosso autocontrole todos os dias, mas algumas pessoas têm mais habilidade que outras”, disse Terrie Moffitt, professora de psicologia e neurociência da Duke University e principal autora do estudo.

Os pesquisadores encontraram uma ligação semelhante entre o autocontrole aos 5 anos de idade e o sucesso mais tarde. Ao usar dados de 500 pares de gêmeos na Inglaterra, eles constataram que os irmãos com índices mais baixos de autocontrole aos 5 anos de idade apresentaram maior propensão a fumar, ter baixo desempenho escolar e adotar comportamentos anti-sociais aos 12 anos de idade.

Sem dúvida crescer em uma família rica ou pobre faz diferença. E se somos dotados de inteligência e talento, isso certamente também faz diferença. Mas o que também importa é o comportamento que geramos, a forma como lidamos ou controlamos nossos impulsos e as decisões que tomamos. Somos agentes ativos, pilotando o avião de nossas vidas”, comentou Terrie.

Se você já presenciou seu filho esperneando no chão porque você disse que era hora de ir embora do parquinho, ou dando socos e pontapés enquanto você tentava levá-lo para o chuveiro, talvez você esteja se perguntando: isso é um exemplo de pouco autocontrole?

Talvez, mas pesquisadores ressaltam que somente se isso acontece com frequência e em situações diversas. O estudo classificou o baixo autocontrole como pouca tolerância a frustrações, falta de persistência para alcançar objetivos, dificuldade de finalizar tarefas, impulsividade, agitação e dificuldade de aguardar por sua vez.

Uma criança de 3 anos de idade e bom autocontrole consegue concentrar-se em um quebra-cabeça ou em um jogo até solucioná-lo. Ao passo que é provável que a criança com pouco autocontrole irá se recusar a jogar qualquer coisa que demande algum esforço, abandone o quebra-cabeça incompleto para correr pela sala, perca a paciência, jogando o quebra-cabeça na outra criança e acabe caindo no choro ou fazendo birra, em vez de sentir alguma satisfação”, explicou Terrie.

A boa nova é que o autocontrole pode ser ensinado, disse Alex Piquero, professor de criminologia da Florida State University. De acordo com a pesquisa, as crianças que conseguiram melhorar o autocontrole com a idade se saíram melhores na vida adulta do que indicavam seus resultados iniciais.

Muitas pesquisas já mostraram que existem treinamentos eficazes que podem ser adotados por pais e professores nos primeiros 10 anos de vida, para melhorar o autocontrole das crianças. Se conseguirmos detectar cedo estas falhas, estas crianças poderão melhorar o autocontrole e os resultados negativos serão evitados”, explicou Piquero.


Fabiola Scherer Cortezia - fabiola@espacodomquixote.com.br

Psicóloga do Espaço Dom Quixote