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Campanha Nacional do Teste da Orelhinha


A campanha "Teste da Orelhinha: rápido, não dói e gratuito" foi lançada pelo Senado em outubro deste ano em parceria com associações da Fonoaudiologia e da Pediatria.

O site criado para esta campanha está muito bom e traz informações importantes sobre a Triagem Auditiva Neonatal (o Teste da Orelhinha).

Com o slogan "Dê ouvidos ao direito do seu filho", é explicado que a partir da Lei nº 12.303/10 todos os hospitais e maternidades do país são obrigados a realizarem gratuitamente o teste em todos os recém-nascidos.

O Teste da Orelhinha é um exame simples para saber se está tudo bem com a audição do seu filho. Um aparelho eletrônico é colocado no ouvido do bebê e permite ao fonoaudiólogo verificar se a criança ouve normalmente. O exame não tem contraindicações e pode ser feito com o bebê dormindo. Recomenda-se que o teste seja feito no primeiro mês de vida, mas todos os bebês devem passar pelo exame.

É importante que este exame seja feito, pois caso o ouvido do bebê não responda aos estímulos do exame é necessário que sejam feitas outras avaliações para esclarecer se o problema é temporário ou permanente.

Em casos de comprometimento auditivo, quanto antes forem realizados os procedimentos necessários, como colocação de aparelho auditivo, cirurgia de implante coclear, terapia fonoaudiológica e aprendizado da Língua Brasileira de Sinais, melhor será o desenvolvimento da criança.

Assista ao vídeo da campanha


Mais informações em:
www.senado.gov.br/senado/campanhas/orelhinha/default.html


Fernanda Helena Kley - fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudiológa do Espaço Dom Quixote
Pós-Graduanda em Neuropsicologia (UFRGS)




Sugestões de Músicas para crianças e adolescentes?


Dicas para pais, cuidadores, padrinhos, educadores, profissionais, avós, etc.

Seguem algumas sugestões de discografia para crianças:

- Arca de Noé – Vinícius de Moraes
- Casa de Brinquedos - Toquinho
- Adriana Partimpim - produzido por Adriana Partimpim, Dé Palmeira e Sacha Amback
- Os Saltimbancos - Luiz Enriquez, Sérgio Bardotti e Chico Buarque
- Quem Canta, Seus Males Espanta - Theodora Maria Mendes De Almeida
- As 100 Mais da Pré-Escola – Patati Patatá
- Dois a Dois – Grupo Rodapião
- Pedro e o Lobo
- Tempo de Brincar - Valter Silva
- Abre a Roda Tindolelê - Lydia Hortélio
- Hélio Ziskind - MCD World Music
- Villa-Lobos Para Crianças - Coro Infantil do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e Quinteto Villa-Lobos
- Coleção Disquinho – Histórias Infantis

Outras dicas valiosas:

O Palavra Cantada tem diversos cd’s como “Cantigas de Roda”, “Pandalelê”, “Pé com Pé” com canções tanto para crianças como adolescentes.

Beto Hermann, Bia Bedran, Thelma Chan e Teca Oficina de Música também têm diversos trabalhos que vale a pena conferir, os dois últimos também tem um trabalho atraente para adolescentes.

Para crianças e adolescentes:

- Músicas daqui, ritmos do mundo - Zezinho Mutarelli e Gilles Eduar
- Corpo do Som - Barbatuques - MCD World Music

Que música colocar na hora de dormir?

Não é a toa que existem as cantigas de ninar. Pais de crianças de todo o mundo relatam que música na hora de dormir acalma seus filhos, muitas vezes fazendo-os dormir mais rápido e mais tranquilos. Porém, é importante salientar que cada um tem um gosto musical, podendo determinadas músicas ou timbres (como o de instrumentos musicais ou a altura da voz) não provocarem tranquilidade, e sim trazerem um certo incômodo que será prejudicial para uma boa noite de sono.

Tente perceber quais músicas agradam e desagradam seu filho. Escolhas não faltam, músicas instrumentais, com sons de piano, com orquestras, músicas com o som de “caixinhas de músicas”, músicas cantadas. Resta investigar quais realmente deixarão seu filho tranquilo. Seguem algumas sugestões:

- Happy Baby Series – Good Night
- Baby Einstein – Lullaby Classics
- MPBaby – Canções de Ninar
- Palavra Cantada – Canções de Ninar
- Zilda Azevedo – Nana Nenê
- Caixinha de Dormir – Angels Records
- Acalantos Brasileiros – Jane Duboc

Lembrando que as primeiras três coleções têm diversos outros cd’s que vale a pena conferir!


O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volume 3: (http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf) traz também dicas de cd’s e livros na parte da educação musical.

Na internet encontram-se alguns sites interativos relacionados à música com os diferentes sons da orquestra ou jogos musicais, muito ricos de serem explorados com as crianças.


Luciana Steffen - lucianamt@espacodomquixote.com.br
Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote

Instabilidade psicomotora: um distúrbio psicomotor complexo


O que fazemos ou pensamos quando vemos uma criança com movimentos descontrolados ou ações destrutivas? Que mexe em tudo e não guarda nada, tem momentos agressivos e não se consegue impor limites?

Primeiramente pensamos que essas crianças são hiperativas ou são muito agitadas. Depois é necessário entender o contexto de tanta agitação e desorganização corporal.

É então que percebemos um quadro de sintomas psicomotores como defesa de algo que vem acontecendo e se visualiza no corpo (na sua imagem e esquema corporal). A criança que apresenta um sintoma psicomotor cai numa armadilha. Armadilha essa que impede a criança de conquistar seu próprio espaço separado do Outro.

Com isso chegamos a um dos quadros de distúrbios psicomotores mais complexos – a Instabilidade Psicomotora. Tendo como características clinicas: atividade muscular contínua e incessante, criança desajeitada, sua aparência cheia de torpor e inabilidade, instabilidade emocional e intelectual, falta de atenção e concentração, as tarefas não são concluídas, falta de coordenação geral e coordenação motora fina, hiperatividade e equilíbrio prejudicado, deficiência na formulação de conceitos e no processo de percepção, alteração da palavra e da comunicação, alterações do sono, alterações no processo do pensamento abstrato, dificuldades de escolaridade.

Dentro deste contexto de sintomas que é dado a ver pelo olhar do Outro do qual não se consegue separar, a criança fica situada na turbulência do seu movimento e do seu corpo que continuam no olhar do Outro. Sendo assim, é necessário oferecer um espaço diferente, onde a criança possa criar e recriar, fazer e desfazer, um espaço aberto ao seu desejo onde a criança possa se ver na posição em que ocupa e na que é situado pelo Outro.

Nada melhor do que dar voltas em torno de uma coisa. É poder criar, transformar e se transformar dentro de atividades que promovam a aventura da descoberta de objetos, texturas e muita imaginação. Onde a criança se envolva em sua totalidade.

Dica de leitura:
A clínica psicomotora: o corpo na linguagem – Esteban Levin. Editora Vozes/2009


Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Exercitando o cérebro!


O título acima não é uma metáfora, mas uma necessidade para manter as funções cerebrais ativas e em bom desenvolvimento. Nesta época do ano, com a aproximação das avaliações finais nas escolas, muitos estudantes estão às voltas com o estresse, cansaço físico e mental que impede que obtenham os resultados necessários ou desejáveis para um desempenho positivo.

Como manter-se atento em sala de aula, com disposição e energia para dar conta de tantas tarefas, trabalhos, períodos longos de estudos e reter todas as informações para que a memória não pregue uma peça e dê o famoso “branco” na hora da prova?

Estudos científicos comprovaram que uma rotina de exercícios associada a uma alimentação saudável estimulam e mantém a saúde do corpo, fortalecendo coração e músculos, mas também fortalecem a capacidade mental, ajudando a criança/adolescente a se desenvolver melhor.

Por muito tempo dizia-se que para desenvolver seu potencial intelectual a criança/adolescente deveria exercitar preferencialmente o cérebro com atividades como leitura, tocar um instrumento musical, aprender um novo idioma, fazer palavras cruzadas ao invés de praticar um esporte. Na verdade, as atividades físicas e mentais estão estreitamente ligadas e devem ser desenvolvidas juntas, de acordo com as características de cada indivíduo.

Um estudo coordenado pela Universidade de Illinois e publicado em 2008 mostra que crianças que se movimentam mais, em geral, obtêm as melhores notas na escola. O desempenho em cálculo ou leituras, por exemplo, aumenta proporcionalmente à atividade física. Apesar desta pesquisa, não é possível, ainda, comprovar a influência do esporte sobre o desempenho cognitivo.

Sabemos que crianças incentivadas a brincar, estimuladas e ensinadas de forma lúdica têm uma plasticidade cerebral maior, com melhor desempenho em testes de aprendizagem e de comportamento. Outro benefício da prática esportiva é a elevação da sensação de bem-estar, necessária para o bom desempenho escolar e social.

O exercício e as vivências lúdicas influenciam hábitos e comportamentos que afetam as escolhas de vida de um indivíduo, interferem nas relações sociais e podem contribuir para o projeto de vida do adolescente, bem como melhora os resultados cognitivos.

Com tantos benefícios da prática esportiva para a vida e para o desempenho acadêmico é importante incorporá-lo no dia a dia. Para isso não é necessário nenhum esforço absurdo ou uma rotina de atleta, nem deixar de lado todas as guloseimas, abdicando de pequenos prazeres que também são importantes para manter a autoestima. Trata-se de incluir na rotina diária algumas atividades que contribuam para combater o estresse, aliviando a carga emocional do final de ano e ainda elevando o nível de concentração, atenção e memória.

Se a criança/adolescente não tem por hábito praticar um esporte, pode fazer caminhadas, levar o cachorro para passear, andar de bicicleta, skate, patins, usar as escadas no lugar do elevador, dançar, experimentar mais brincadeiras ao ar livre que naturalmente exigem a movimentação, etc.

Optar por hábitos alimentares saudáveis traz benefícios para o cérebro e para o corpo. Trocar refrigerantes por sucos, chá e água refresca nos dias de calor e hidrata o organismo. Experimentar um sanduíche natural, aumentar a variedade de frutas, optar por alimentos integrais melhora a disposição, renova a energia e potencializa os neurônios. Alimentar-se nas horas certas, sem pular as refeições principais ou substituindo o prato de comida por um lanche mantém a saúde e disposição em períodos de estresse e desgaste físico e mental.

Organizar a rotina de estudos é fundamental neste período onde as tarefas se multiplicam e a criança/adolescente pode perder prazos de entrega de trabalhos, atrasar temas e ficar sem tempo para estudar com qualidade. Montar um mural com todas as datas a serem cumpridas organizando por ordem de entrega e de tempo. Cumprir os horários estabelecidos nesta rotina, evitando distrações com redes sociais, telefones, bate-papos que podem comprometer o rendimento escolar.

Estabelecer momentos de lazer para que o cérebro também possa “descansar” desta maratona de exigências. Este é o momento de encontrar os amigos, bater papo, namorar, ir ao cinema, aproveitar a vida ao ar livre. Todo grande esforço mental necessita de um período de descanso para que o cérebro possa “fazer espaço” para novas aprendizagens.

É importante que a família acompanhe este momento do(a) filho(a) com atenção, participando da vida escolar, acompanhando as tarefas, interessando-se e observando o cumprimento da rotina de estudos estabelecida.

Todos – família, aluno(a), escola – querem comemorar os resultados positivos após um ano letivo de muito estudo, comprometimento e trabalho. Para isso cada um precisa fazer a sua parte, estabelecer objetivos, traçar planos e empenhar-se no cumprimento destas etapas. Os resultados são fruto deste empenho coletivo e, quando não há impedimento de aprendizagem (dificuldade em aprender), a criança/adolescente atinge suas metas.


Janete Cristiane Petry - janetepp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Prato Saudável


Qual a composição ideal de um prato saudável?

Esta é uma questão que está sendo bastante comentada em nosso meio, principalmente pela relação já bem estabelecida entre alimentação e saúde.

De acordo com a Escola de Saúde Pública de Harvard dos Estados Unidos, um prato saudável deve ser composto por: verduras, frutas, proteínas magras, grãos integrais e óleos saudáveis, além de água.

As recomendações dietéticas deste grupo de pesquisadores são:

- Óleos: utilize óleos saudáveis como os de oliva e de canola para temperar saladas e para cozinhar. Evite produtos que contenham gorduras trans;

- Verduras e frutas: tanto quantidade quanto qualidade são importantes neste grupo alimentar;

- Grãos integrais: consuma alimentos como arroz, massas e pães integrais. Limite o consumo de alimentos refinados;

- Proteínas magras: dê preferência a peixes, carnes brancas. Limite o consumo de carne vermelha. Evite o bacon e demais carnes processadas;

- Água / Líquidos: tome água, chás e cafés (sem exagerar no açúcar de adição). Evite bebidas adoçadas e gaseificadas.


Daniele Santetti - danielenutri@espacodomquixote.com.br
Nutricionista do Espaço Dom Quixote
Mestranda em Saúde da Criança e do Adolescente - UFRGS