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Psicomotricidade



A psicomotricidade é uma modalidade de atendimento que se ocupa do sujeito que fala, através do seu corpo em movimento, ou seja, um sujeito que se expressa com os movimentos, as variações tônico-motoras, os gestos e esquema corporal. 

Para isso, o terapeuta psicomotricista deve estar disponível para olhar e escutar o sujeito/criança que se apresenta. O psicomotricista também deve disponibilizar o seu corpo no brincar pois, com as crianças, a clínica psicomotora se utiliza de brincadeiras para possibilitar colocar em cena os significados que a marcaram, ou seja, ela coloca em jogo seu desejo, sua história, medos e angústias para serem lidas pelo outro. 

O brincar é, assim, fundamental, pois é o meio mais importante de expressão das crianças, constituindo sua imaginação, seus pensamentos, seu campo simbólico. As brincadeiras abrem espaço para as crianças criarem, expressarem-se, relacionarem-se com os outros e com os objetos. 

A psicomotricidade procura, portanto, abrir espaço para a escuta do sujeito, de um olhar para cada criança, considerando sua história e sua individualidade, propiciando também experiências corporais sustentadoras do campo simbólico. 


Mayara C. Smaniotto – mayara@espacodomquixote.com.br 
Psicomotricista e Ed. Física do Espaço Dom Quixote

Nicolau ou menino Jesus

O Natal é a celebração cristã do nascimento de Jesus. Todos os anos as famílias comemoram esta data das mais variadas maneiras, independente da crença de cada uma. Em algumas casas o momento mágico é quando se monta o pinheirinho, enfeitando-o com bolas coloridas e brilhantes, colocando o presépio representado pelas figuras de José, Maria, o menino Jesus na manjedoura, pastores, ovelhas e os reis magos. Em outras o Advento, tempo de refletir e se preparar espiritualmente para o Natal, enche os lares com hinos de louvor, leitura de passagens bíblicas, cultos familiares. 

Os preparativos para as festas natalinas incluem, para muitos, a procura do presente ideal, a decoração da casa, a preparação da ceia e a visita do Papai Noel para as crianças. Aliás, em muitas casas, ele faz uma visita relâmpago dias antes do Natal. Trata-se de São Nicolau, ou Santa Claus, que passa deixando nas botinhas pequenas lembranças. 

Mas, de onde vem este costume? E quem é Nicolau? 

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. 

A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus e no Brasil de Papai Noel. 

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho mostrando-o com uma roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto. 

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo. 

Curiosidade: o nome do Papai Noel em outros países 

- Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal");
- Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel);
- Chile (Viejito Pascuero);
- Dinamarca (Julemanden);
- França (Père Noël);
- Itália (Babbo Natale);
- México (Santa Claus);
- Holanda (Kerstman, "Homem do Natal);
- Portugal (Pai Natal);
- Inglaterra (Father Christmas);
- Suécia (Jultomte);
- Estados Unidos (Santa Claus);
- Rússia (Ded Moroz).

Talvez por haver tantas representações de Papai Noel fica difícil explicar para as crianças porque o Papai Noel da loja da esquina é magro, com barba falsa; o do shopping é tão simpático e verdadeiro, com barba e tudo e aquele da propaganda da TV tem uma voz diferente dos dois primeiros e por aí vai. 

Com tanta variedade de Noéis, nossas crianças, cada vez mais cedo, perdem a fantasia deste personagem simpático e dizem que ele não existe. Afinal, quem compra os presentes é o pai e a mãe, e não o Papai Noel. 

Sempre que uma criança me pergunta se Papai Noel existe eu digo que sim, mas que ele precisa de muitos ajudantes. Por isso encontramos tantos Noéis diferentes nas lojas e nas propagandas. Ah, e quem paga os presentes são os pais, mas quem coloca embaixo do pinheirinho é Papai Noel. Também explico que podemos ajudar Papai Noel a distribuir presentes para as crianças e idosos que não tem família ou não tem condições de ter um Natal com alguns presentes e comida gostosa. Sendo assim, Papai Noel faz parte do nosso Natal, ele pode ser incorporado a esta festa cristã, basta darmos a ele um sentido como na história de Nicolau. 

Qualquer um de nós pode brincar de ser Papai Noel, São Nicolau, Santa Claus e sair por aí distribuindo “Oh, oh, oh!”, presentes, carinho e brilho no olhar. 

Mas ninguém pode substituir o menino Jesus na manjedoura. Ele é o verdadeiro Natal, os votos de paz e esperança, a renovação e a confiança, a certeza da vitória porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. (Isaías 9: 6) 

Neste Natal podemos chamar Papai Noel, mas não podemos esquecer de manter nosso olhar na manjedoura. É dela que se renova a esperança de um mundo melhor, mais justo, mais verdadeiro, com paz e harmonia. 

Feliz Natal a todos e que 2013 inicie trazendo a renovação da união e amor nas famílias, saúde e trabalho para todos.

Oficina de Férias



Hábitos alimentares nas férias



As férias escolares estão chegando, época em que a rotina e os hábitos alimentares são modificados, sendo necessário tomar alguns cuidados para que alimentação dos pequenos seja equilibrada e que não falte nenhum nutriente. Uma alimentação variada é responsável pelo desenvolvimento físico e intelectual e para fornecer a energia necessária para brincar, correr, pular, enfim, para que eles possam aproveitar muitos as férias. 

Junto com as férias vem o verão, onde o calor requer cuidados especiais, pois o corpo necessita de um consumo maior de líquidos nesse período, para compensar as perdas de água e sais minerais pela transpiração. Sendo assim, a alimentação nessa época do ano deve ser leve, com muitas frutas e líquidos, vale ressaltar que refrigerantes e sucos industrializados contém muito açúcar, podendo ser um facilitador do desenvolvimento da obesidade infantil. A preferência deve ser por sucos naturais, chá gelado, água de coco,  e uma boa saída é oferecer água aromatizada com pedaços de frutas como laranja, morango, melancia e hortelã. 

Nessa época as crianças costumam ter mais acesso à geladeira e à guloseimas como sorvetes, picolés, fast foods, que são ricos em aditivos e gorduras trans. O ideal é ter ao alcance delas alimentos saudáveis e uma dica é manter as frutas já cortadas e higienizadas em potes na geladeira, água em garrafinhas e preparações atraentes e saudáveis como gelatinas com frutas picadas em porções individuais, picolés caseiros feito com suco natural, estes agradam a criançada e são ricos em vitaminas e antioxidantes. 

Quanto às guloseimas que são inevitáveis, não devemos proibir,  mas sim impor limites. Escolha um dia para que as crianças possam escolher o cardápio, neste dia vale a pizza, sorvete e até o hambúrguer. Mas é muito importante os pais darem o exemplo, não adianta incentivar seu filho a comer frutas e saladas se esses alimentos não fazem parte do hábito dos pais. 

Vamos colocar em prática uma das dicas?

GELADO DE FRUTAS
Ingredientes:  
1 copo de iogurte natural;
1/2 xícara (chá) de leite;
3 colheres (sopa) de açúcar;
1 envelope de gelatina incolor sem sabor;
1/2 xícara (chá) de suco de laranja;
2 kiwis picados;
6 morangos picados;
1 manga picada.

Modo de Preparo:
Hidrate a gelatina com o suco de laranja. Leve-a ao banho-maria para dissolver por completo. Em uma vasilha, bata com o batedor de arame o iogurte, o leite e o açúcar e misture com a gelatina dissolvida. Junte as frutas picadas, mexendo cuidadosamente. Coloque a mistura em tacinhas individuais e leve à geladeira por 2 horas. Decore com frutas.

Cristine Cassel - cristinenutri@espacodomquixote.com.br
Nutricionista do Espaço Dom Quixote

Tolerância



“O cume da tolerância é mais rapidamente alcançado por aqueles que não andam carregados de convicções”. 
 Alexander Chase 

A palavra tolerância é oriunda do latin, tolerare (sustentar, suportar). No dicionário* quer dizer: disposição de admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos. É um termo que define o grau de aceitação frente a uma contradição: moral, religiosa, cultural, civil ou física. 

O ato de tolerar é variável de pessoa a pessoa e pode ser mutável. A tolerância é derivada das experiências vividas de cada um e de seus valores. Nos dias de hoje, você já parou para pensar como está seu limiar de tolerância em relação as pessoas, trânsito, política, religião?

Instigo a esta reflexão com algumas frases: 

"A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos." Gandhi

"A necessidade de fazer tomar consciência às pessoas de que podem mudar a sociedade não é incompatível com a necessidade de torná-las tolerantes para com as fraquezas humanas." Wesker 

"A tolerância é sempre um indício de que um poder é visto como seguro; quando se sente em perigo, nasce sempre a pretensão de ser absoluto; nasce, portanto, a falsidade, o direito divino do seu privilégio, a inquisição." Frisch 

“Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância”. Dalai Lama 

“A primeira lei da natureza é a tolerância - já que temos uma porção de erros e fraquezas”. Voltaire

*http://www.dicio.com.br/tolerancia/  

Fernanda Soares Fernandes - fernandapsico@espacodomquixote.com.br
Psicóloga do Espaço Dom Quixote
Especialista em Psicologia Clínica - T.C.C

Oficina de Férias


Barulho do vizinho



Na semana passada uma notícia movimentou as redes sociais e os jornais. A escritora gaúcha Cintia Moscovich ganhou uma ação judicial contra a escola do Grêmio Naútico União que funciona ao lado de sua casa. A escritora alegou que o barulho que as crianças fazem durante o recreio tem tirado o sossego da vizinhança e atrapalha o trabalho dela. A medida determina que a escola não faça mais atividades que gerem barulho no pátio, ou seja, não haverá mais recreio para os alunos. A perícia realizada no local conclui que "o ruído médio é muito acima do valor máximo estabelecido pela legislação vigente."

Por se tratar de uma escola, muitas pessoas se manifestaram contra a escritora. A escola diz que o barulho é pequeno e a direção está preocupada com a situação, pois teme que a qualidade no ensino caia por não poder proporcionar atividades no pátio. Sem entrar na discussão gerada, pode-se aproveitar a situação para refletir sobre ela. 

Dados da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre mostram que as denúncias de ruído são na maioria contra casas noturnas, mas também há denúncias contra comércios, indústrias, oficinas, postos e lavagens, principalmente. O nível de ruído permitido em zonas residenciais é de 60 decibel entre 7h e 19h e de 45 decibel das 19h às 7h. Isto representaria o barulho de uma conversação ou de um escritório de trabalho. Para se ter uma ideia, o tráfego em uma avenida já atinge de 70 a 90 decibel.

Ruído significa um conjunto de sons desagradáveis e frequentemente irritantes. Quando este ruído é exagerado, torna-se incômodo, sendo um obstáculo à comunicação e contribui para o aumento da fadiga, podendo provocar alterações no sistema nervoso. Ruído em excesso atrapalha os vizinhos e causa danos à nossa audição. É importante ressaltar que a exposição exagerada a sons muito intensos pode causar perda auditiva, por isso o bom senso é indispensável para determinar o que é aceitável e o que perturba os outros e, se há reclamações, o melhor é reduzir a intensidade.

* Algumas informações foram retiradas do jornal Zero Hora de 01 de dezembro de 2012.


Fernanda Helena Kley - fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote
Pós-Graduanda em Neuropsicologia UFRGS