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Professores


Nos ultimos meses, podemos observar uma enxurrada de propagandas e reportagens nos meios de comunicação com o intuito de valorizar os professores, talvez com a intenção de trazer mais gente para atuar nesta profissão, a qual me atrevo a dizer... está em extinção. Cada vez menos alunos procuram as salas de aula do Magistério, cada vez menos jovem buscam os cursos de licenciatura. Deixo aqui então as palavra do Thedy Correa, sobre os professores. Ah! se todos pensassem assim...

PROFESSORES

28 de fevereiro de 2011

Na última sexta o Nenhum de Nós fez algo pouco usual para uma banda de rock: um show às 10:30h da manhã!!!

O motivo é mais do que honroso. Fomos tocar para professores (professoras na imensa maioria) da rede pública municipal de Canoas – que fica do lado de Porto Alegre. Uma bela iniciativa da secretaria da educação de Canoas e um presente para nós.

Os professores.

Minha lista de professores inesquecíveis é loooooonga e, com certeza, me esqueço dos nomes de alguns, mas não da sua importância para mim.

É o caso de minha professora da 4ª série. Eu estudava em uma escola pública e tinha dificuldades de aprendizado. Ia rodar… Acabei fazendo aulas particulares justamente com minha professora da escola mesmo. Todos os sábados pela manhã lá ia eu encontrá-la em seu apartamento. Ela me recebia sempre comendo uma banana. Não sei porque… Eu ficava muito impressionado com isso. Como ela gostava de bananas! No intervalo de nossa aula ela ia até a cozinha e voltava com duas bananas. Eu tentava degustá-la com a mesma paixão que ela. Acabei passando de ano. Nunca mais deixei de apreciar bananas. Não consegui guardar o nome dela.

Depois fui para um colégio de “padres”, o lassalista Nossa Senhora das Dores. Lá conheci o Sady e o Carlão.

Ali começou a longa lista. Wagner Dotto, o melhor professor de artes que já tive. Na na geografia, o professor Tolloti – que lembrava um pouco o Fred Flintstone. História, Miriam Diva e sua paixão por Napoleão. Física, o aloprado Nei Kissman. Na química, o implacável e dedicado Sérgio Borba. Na língua portuguesa o quase gaulês Romeu, e aquele que nos fazia ler e ler e ler Canali… Vera Kramer por suas pacientes aulas de biologia. Otávio Rojas por suas aulas de biologia, com pouca paciência…hehe. Ainda o Valmir, Matias, Norma, Wanderley, Lessa… tantos…

Mas existe um, em especial. O maior e melhor professor de MATEMÁTICA que eu já tive: o Emilião!

Ele era um dos irmãos lassalistas que morava na escola. Tinha uma paixão por ensinar e uma vontade desesperadora que nós aprendêssemos. Seu talento era incrível. O que parecia indecifrável – a matemática – ganhava clareza a cada aula sua. Ele era durão. Exigente. Não nos subestimava. Desafiava. Estava sempre disposto a explicar mais uma vez, mas não sem nos inspirar um certo medo. Era o preço por “mais uma vez” nos conduzir no rumo dessa clareza e nos colocar de pé onde antes engatinhávamos. Sua postura e atitude me servem de inspiração até hoje.

Professores deveriam ser apontados na rua como quem aponta um membro da realeza. Olha! Ali vai um professor.

Professores são, na minha opinião, o ponto mais alto dentro de uma escala imaginária que caracteriza nossa sociedade.

Infelizmente, não é assim. Bem pelo contrário.

Enquanto isso não mudar, não me sinto capaz de dizer que vivemos em uma sociedade civilizada.

Thedy Corrêa

Texto retirado do site: http://wp.clicrbs.com.br/astrothedy/?topo=77,1,1


Clarissa Paz de Menezes - clarissapp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Próximos Cursos do Espaço Dom Quixote





Estes são os próximos cursos que o Espaço Dom Quixote oferecerá:



- CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA COMO MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO: dias 29 e 30 de abril. Sexta-feira das 19h às 22h e sábado das 8h às 16h. Valor do investimento: R$ 120,00


- MUSICOTERAPIA - importância da música e atividades que desenvolvem: dia 14 de maio. Sábado das 8h às 16h. Valor do investimento: R$ 80,00


- DISTÚRBIOS DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA - uma visão transdiciplinar: dias 9, 11, 16, 18, 23, 25 de maio. Segunda-feira e quarta-feira das 19h às 22h. Valor do investimento: R$ 180,00


- DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: dias 7, 14, 21, 28 de junho. Terça-feira das 19h às 22h. Valor do investimento: R$ 120,00


- OFICINA DE BRINCADEIRAS: dia 13 de junho. Segunda-feira das 19h às 22h. Valor do investimento: R$ 40,00


- CURSO DE GESTANTES: dias 4, 6, 11, 13 de julho. Segunda-feira e quarta-feira das 19h às 22h. Valor do investimento: R$ 120,00




Todos os nossos cursos podem ser realizados nas escolas também.



Maiores informações pelo fone (51) 3037-7167 ou pelo e-mail recepcao@espacodomquixote.com.br

Consciência Fonológica na Aprendizagem


Quando se fala em aprendizagem e em como as crianças podem passar por este processo de maneira mais tranquila e eficiente, fala-se também em consciência fonológica.

Consciência fonológica é a capacidade de refletir sobre os sons da fala e sua organização na formação das palavras e aparece desde muito cedo nas crianças. Antes de ingressar na Educação Infantil, algumas crianças já conseguem reconhecer rimas, uma das habilidades que a consciência fonológica compreende.

A criança normalmente aprende primeiro as noções relacionadas à consciência dos sons em palavras, depois através das rimas, nas aliterações (repetição de sons no início das palavras, como “o rato roeu a roupa do rei de Roma”), nas sílabas e por último adquire as habilidades relacionadas ao fonema.

Há sempre uma discussão a respeito do que é causa e o que é consequência. A consciência fonológica antecede a alfabetização ou será que isto se dá de maneira inversa? O que se tem encontrado em literatura especializada é que “a aprendizagem do sistema alfabético da leitura e da escrita pressupõe a capacidade de reconhecer, decompor, compor e manipular os sons da fala, o que corresponde à consciência fonológica”, dando a impressão de que estas habilidades devem ser adquiridas antes do processo de alfabetização. Mas, ao mesmo tempo, sabe-se que algumas tarefas de nível de fonema como a transposição (identificar a palavra ouvindo os fonemas de trás para frente), só atingem um nível de acerto alto após o ingresso da criança no nível alfabético, ou seja, a consciência fonológica não está totalmente adquirida antes da alfabetização.

Pode-se concluir então que alguns níveis de habilidades da consciência fonológica precedem a aprendizagem da leitura e da escrita, e outros níveis podem acompanhar e/ou ser resultado de tal aprendizagem. À medida que a alfabetização vai se concretizando, a consciência fonológica também se aprimora, auxiliando o aperfeiçoamento das funções cognitivas e o processo de construção do aprendizado.

Incluir atividades em sala de aula que estimulem estas habilidades pode auxiliar em muito no processo de aprendizagem, as atividades são simples e podem ser feitas em forma de brincadeiras divertidas!


Fernanda Helena Kley – fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

Quer saber mais? O Espaço Dom Quixote está oferecendo o curso CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA COMO MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO que ocorrerá nos dias 29 e 30 de abril! Informe-se e participe!

Bullying - brincadeiras que machucam a alma


Todos os dias, alunos no mundo inteiro sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de brincadeira: risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos maldosos. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas - bullying (“bully”, quer dizer brigão, tirano). São atitudes agressivas intencionais e repetitivas com o desejo de maltratar uma pessoa e colocá-la sob tensão.

No entanto, diante do fato ocorrido na semana passada numa escola pública do Rio de Janeiro, os nossos olhos se voltaram para o assunto de maneira mais particular. Todas as crianças que sofrem bullying se tornam agressivas assim? Foi por que o menino sofria bullying na escola que ele acabou cometendo todos esses crimes? Não, com certeza o bullying por si só não transforma um sujeito “normal” numa pessoa esquizofrênica. Mas o contrário é verdadeiro, muitos alunos esquizóides podem estar sofrendo bullying nas escolas. Crianças com uma pré-disposição para desenvolver uma doença psíquica podem estar sendo vítima de bullying diariamente e esse pode ser mais um agravante para desenvolver a doença na adolescência. Outros tantos que sofrem bullying podem nunca se tornarem esquizofrênicos ou psicopatas, mas podem passar a desenvolver verdadeira fobia à escola ou, em menor grau, passar a ver na escola um local de muito desprazer e tristeza.

Uma criança que sofre bullying na escola tenderá a sentimentos negativos com possibilidade de tornar-se um adulto com problemas de relacionamento. Os efeitos do bullying incluem ansiedade, resistência ou mal-estar na hora de ir à escola, baixo rendimento escolar, opiniões depreciativas sobre si, roupas ou cadernos danificados, isolamento, pesadelos, pânico, agressividade, queixas orgânicas e outros.

É uma questão social e educacional, interfere na autoestima, e qualquer um com características específicas (timidez, insegurança, diferenças físicas, culturais ou raciais) torna-se alvo facilmente. Não são poucas as vítimas do bullying que, por medo ou vergonha, sofrem em silêncio. Além de haver alguns casos com desfechos trágicos, esse tipo de prática também está preocupando por atingir faixas etárias cada vez mais baixas, como crianças dos primeiros anos da escolarização. Trata-se de uma forma de ataque perversa que extrapola os muros da escola e pode deixar seqüelas para a vida adulta.

Todos podem estar pensando: “No meu tempo isso já existia e não era falado sobre o assunto, era “normal”, usual... e nada mais grave ocorria. Podemos pensar que há tempos atrás muitas outras situações não existiam e hoje o bullying ou as “brincadeiras que machucam a alma”, como gosto de chamar, se unem a tantos outros agravantes, como a desestruturação familiar, a violência social, as drogas, o estímulo da mídia... o que agrava – e muito – a situação! Além do mais, não sabemos que fim levou aquele colega que mal respondia a chamada na escola, ou que vivia levando ovos na cabeça no final da aula... Será que ele está mesmo bem hoje?

A ideia não é fazer “tempestade em um copo d’água”, nem tornar as pequenas brincadeiras cotidianas um grande problema. A ideia é alertar, é ficarmos atentos para o limite entre a brincadeira e a humilhação. A ideia é olhar com outros olhos para a criança e o adolescente quietinhos do fundo da sala que, muitas vezes, nem chegam nas salas da psicologia porque não atrapalham a aula.

Para quem é vítima de algum desses tipos de humilhação, a saída é “se abrir”, ou seja, procurar ajuda, começando pelos próprios pais. E quem tem um filho ou aluno passando por esse problema precisa mostrar-se disponível para ouvi-lo. Nunca se deve aconselhá-lo a revidar a agressão; mas esclarecer que ele não é culpado pelo que está acontecendo, pois é uma questão de respeito às diferenças individuais que se aprende em família e na sociedade. Trabalhar com as turmas o respeito ao outro, a necessidade de compreender a limitação do outro e a importância do apoio ao colega que mais precisa, é uma grande saída. Afinal, sabemos que, no fundo, nossas crianças e adolescentes podem ter um coração gigante quando estimulados para tal envolvimento!

Fabíola Scherer Cortezia - fabiola@espacodomquixote.com.br

Psicóloga do Espaço Dom Quixote – Especialista em Infância e Adolescência

Dia Mundial da Voz

Hoje, dia 16 de abril, é o Dia Mundial da Voz!


Assista o vídeo da campanha "Minha voz tri legal" do Conselho Regional de Fonoaudiologia.




Veja também o vídeo produzido por uma acadêmica de Fonoaudiologia da Faculdade Fátima de Caxias do Sul!


http://www.youtube.com/watch?v=r0gO5dziE04&feature=email



Oficina de Páscoa


A Oficina de Culinária Saudável de Páscoa foi transferida para o dia 20 de abril, próxima quarta-feira, acontecendo das 14 horas às 17 horas.

O investimento é de R$ 50,00.
Maiores informações pelo e-mail recepcao@espacodomquixote.com.br ou pelo telefone 3037-7167


Venha comemorar a Páscoa no Espaço Dom Quixote!

Musicoterapia e cérebro


Os efeitos da música no cérebro têm sido cada vez mais desvendados pela ciência. Sua influência no cérebro pode ser vista como uma das justificativas do uso da música como terapia.

Por ativar praticamente todas as áreas corticais e subcorticais do cérebro, como muitas pesquisas têm demonstrado, a Musicoterapia pode trabalhar diversas funções terapêuticas, como a melhora da atenção, a estimulação do desenvolvimento motor e cognitivo, as habilidades comunicativas, a expressão emocional e a capacidade de reflexão.

Há importantes ganhos cerebrais nos bebês que são estimulados com música, estimulando todo o seu desenvolvimento. Além de exercitar o cérebro, o fazer musical reforça as sinapses e mantêm os neurônios em atividade. Os músicos apresentam um superdesenvolvimento de determinadas áreas cerebrais como maior quantidade de massa cinzenta, aumento do corpo caloso (responsável pela transmissão de informações entre os dois hemisférios cerebrais) e outras áreas cerebrais, associadas com o processamento auditivo, sistema motor, desenvolvimento da linguagem, emoção e memória.

Outras pesquisas mostram que cantar aumenta a atividade cerebral, desenvolvendo diversas de suas funções, ativa áreas cerebrais ligadas à atenção, às emoções positivas, à linguagem, ao prazer (ativando a mesma área responsável pelo prazer causado por drogas, sexo ou comida) além de diminuir o nível de cortisol (hormônio do estresse), liberar endorfinas, diminuir a pressão arterial, aumentar as concentrações de imunoglobulina A (hormônio responsável pelo sistema imunológico), equilibrar o sistema neurovegetativo, reforçar a atividade dos nervos parassimpáticos (responsáveis pelo relaxamento do corpo), melhorar a concentração e a memória, entre outros benefícios.

A música é capaz de evocar e provocar emoções, ativa regiões responsáveis pela produção e liberação de dopamina e noradrenalina e a amídala, principal área do processamento emocional. Ativa também o hipocampo, responsável pelas memórias, e o córtex frontal inferior, e na execução musical, ativa os lobos frontais, córtex motor e sensorial. Assim, em uma sessão de Musicoterapia, o paciente faz música junto com o musicoterapeuta e esse fazer musical ativa as áreas envolvidas com emoções, com funções intelectuais, motoras e habilidades comunicativas, sendo que o Musicoterapeuta traça objetivos terapêuticos e oferece situações musicais que podem envolver uma ou mais dessas áreas a fim de alcançar os objetivos traçados.

A Musicoterapia auxilia na estimulação sensorial, onde o paciente redescobre o contato com o meio ambiente ao seu redor de forma prazerosa, na orientação da realidade, com canções relacionadas ao tempo e espaço, no aumento da autoestima, quando consegue realizar uma atividade com sucesso, no bem estar, diminuindo o estresse e a ansiedade, além de diminuir a quantidade de medicação e auxiliar o paciente a se engajar no tratamento.

Traz benefícios também no alívio da dor, aumentando o nível de resistência à dor, e, por envolver todo o cérebro, é eficaz na reabilitação, recuperando funções, como na reabilitação da fala, onde a pessoa pode não conseguir falar, mas consegue cantar e recuperar parcialmente ou totalmente a fala. Na reabilitação motora, através do ritmo, a Musicoterapia auxilia na marcha, pois há uma reação motora inconsciente a estímulos acústicos, que facilita o andar. Além disso, a Musicoterapia se mostra eficaz em diminuir movimentos involuntários.

No Transtorno de Espectro Autista, a atividade musical é capaz de organizar as redes de neurônios interconectados, já que essas pessoas apresentam uma desorganização nas redes neuronais, e ativar os neurônios espelho, que apresentam menor atividade. Além de melhorar a interação social, promover autonomia, entre outros benefícios.

Para concluir, a música apresenta uma incrível influência no cérebro que auxilia em diversas patologias e se mostra eficaz como terapia, abrangendo todos os níveis do desenvolvimento e aumentando a qualidade de vida das pessoas que procuram a Musicoterapia.


Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote

É tempo de Páscoa!


Páscoa é sinônimo de festa, alegria, fé e chocolate, muito chocolate! É um período onde já é esperado um aumento no consumo de chocolates e conseqüentemente uma maior dificuldade de manter um equilíbrio nas escolhas alimentares, principalmente entre as crianças. E cabe aos pais a tarefa de auxiliar os pequenos na manutenção dessas escolhas e no controle do consumo desta irresistível tentação.

De acordo com Francisco Brust, responsável pelo setor de imprensa da Associação Gaúcha de Supermercados, em 2010 foram vendidos 7,5 milhões de ovos de chocolates e 4 milhões de caixas de bombons. E o clima mais frio de abril faz com que as projeções de vendas para este ano cresçam 8,2% nas vendas de Páscoa.

Se pensarmos que a cada 100g de chocolate temos aproximadamente 600 Kcal, podemos entender porque é tão fácil aumentar alguns quilos durante a Páscoa.

Sabemos que o consumo de chocolate traz benefícios para a saúde, tanto ao corpo quanto à mente se ingerido com moderação. Mas o que significa comer com moderação quando há tanto à disposição? A Organização Mundial de Saúde preconiza que crianças menores de um ano não devem consumir nenhum tipo de doce. Já o Ministério da Saúde orienta através dos “dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois anos” que deve se evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros dois anos de vida.

Sugere-se que a partir dos dois anos o consumo máximo de chocolate não ultrapasse a quantidade de 20g diárias e a partir dos 3 anos, 30g diárias de chocolate. Crianças de 6 anos ou mais não devem ultrapassar o limite de 50g diárias.

Portanto aí vão algumas dicas para não exagerar na dose durante a Páscoa:

• Converse com os familiares mais próximos, (avós, tios, padrinhos) de que qualquer presente será mais bem-vindo do que os chocolates, não somente porque vai economizar calorias como também porque não vai acabar com o término da Páscoa.

• Combine com as crianças de armazenar os chocolates ganhos longe do alcance de suas mãozinhas. Muitas crianças não conseguem controlar a tentação de comê-los todos de uma só vez, podendo ocasionar intoxicação alimentar, desconforto abdominal, náuseas, vômitos, gases e diarréia.

• Combine também a porção diária de chocolate que a criança pode ingerir. Não entregue o ovo inteiro. Divida em porções conforme a faixa etária da criança.

• Se abusou um dia, compense no outro. Evite o excesso de chocolate no dia seguinte, opte por refeições mais leves e muita água.

• Aproveite também para aumentar a atividade física da criança neste período. Evite muitas horas de TV, videogame ou computador. Caminhe mais, vá à pracinha, mexa-se, corra e brinque com seu filho.

• Jamais proíba a criança de comer chocolate. Tudo o que é proibido fica mais tentador. Aproveite ao máximo para curtir com seu filho essa Páscoa. Ingerindo chocolate com moderação vocês poderão apreciar as delícias da Páscoa com saúde.

Boa Páscoa!



Daniela Schneider – danielanutri@espacodomquixote.com.br Nutricionista do Espaço Dom Quixote

Ser canhoto


Como todos nós canhotos bem sabemos, o mundo ainda é dos destros. Muitos utensílios de vida diária prática e de lazer como tesouras, abridores de lata, saca-rolhas, acessórios de computador, carteiras escolares e até colheres tortas para bebês são feitas para a mão direita. A causa do canhotismo ainda é desconhecida, mas há várias teorias a esse respeito. De maneira geral as funções motoras são comandadas pelo lado direito do cérebro.


Mas quando se é criança e ainda se é canhota, muitas vezes é preciso se contorcer para usar o caderno e no momento da alfabetização a criança poderá não enxergar o que está escrevendo uma vez que a mão esquerda tampa o que foi escrito. Outro problema para os canhotos é o material escolar: como a espiral atrapalha o punho, réguas têm a numeração da esquerda para direita (para canhotos o mais fácil é traçar uma linha no sentido contrário) e as tesouras impedem que vejam a linha sendo cortada. Pode parecer bobagem, mas não é nada fácil para uma criança canhota usar esse tipo de utensílio, uma vez que eles foram desenvolvidos para destros.

Algumas considerações levam em conta fatores diferentes como:

1- a genética, já que é sabido que há famílias com alta incidência de preferência pela mão esquerda, muito acima dos 8-10% da população em geral. A chance de ter uma criança canhota é de 10% quando pai e mãe são destros, 20% quando ou o pai ou a mãe é canhoto (especialmente se for a mãe), e 26% quando ambos são canhotos.;

2- hormônios, como a testosterona, que influenciam tanto a lateralização funcional do cérebro quanto a diferença entre os sexos, já que há mais canhotos (12.6% dos homens) do que canhotas (9.9% das mulheres) no mundo;

3- a influência sócio-cultural como a repressão do uso da mão esquerda ou mesmo a conversão forçada;

4- fatores mecânicos, como a posição do feto no útero, que influenciam o desenvolvimento da lateralização funcional no cérebro antes mesmo do nascimento, já que ao nascer o cérebro já tem assimetrias, e já existem diferenças no movimento das duas mãos;

5- patologias ou problemas no parto que perturbam o desenvolvimento normal da lateralização funcional do cérebro.

Apesar de muitas pesquisas e muitas adaptações, as crianças que estão entrando na fase de alfabetização escolar precisam de auxílio nessa hora. Poder perceber a tendência e conversar com a escola para ajudar nessa descoberta, adequar a carteira escolar, não "corrigir" a criança mudando os objetos da mão esquerda para a direita. Senão ela pode ter dificuldade de aprendizado. Na hora de comprar o material, compre o que for desenvolvido para ele. Alguns cuidados melhoram o desempenho escolar. Para manter bem a autoestima do filho, invente histórias de reis, rainhas, heróis e heroínas canhotas e conte sobre os famosos na história que são canhotos.



Priscila Straatmann Mórel - priscilato@espacodomquixote.com.br

Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Por que meu filho não está conseguindo acompanhar as atividades da escola?


Mal o ano começou e os bilhetes na agenda já estão surgindo? Seu filho não consegue acompanhar as atividades da escola, deixa o caderno incompleto, se distrai com facilidade, conversa muito com os colegas... E o pior, estas reclamações não são novidade?

É melhor não esperar chegar o final do ano para buscar auxílio! Pode ser que a criança não esteja conseguindo se organizar na rotina escolar, ou talvez algo da ordem emocional esteja atrapalhando sua concentração e/ou a criança não esteja conseguindo sublimar suas pulsões para o aprendizado, o que seria esperado para sua faixa etária. Pode ser muito mais do que falta de vontade e falta de limites, é preciso ficar atento!

Muitos são os motivos que podem levar uma criança a não aprender: segredo familiar, conflito familiar, fobias, desatenção, TDAH, dislexia, depressão, não adaptação à escola, entre tantos outros. Uma conclusão precipitada pode ser perigosa e não auxiliar em nada a criança. Não basta também termos um diagnóstico.

Os pais precisam acompanhar os seus filhos na hora do tema para poderem perceber o que está acontecendo. Ajudar a organizar a mochila e acompanhar diariamente os temas também é fundamental, mesmo que o tempo seja curto. Incentivar a leitura e a pesquisa, sendo um bom exemplo, lendo na frente dos filhos e mostrando para que serve aprender também é um motivador importante. Caso os pais já façam tudo isso e não estejam vendo resultados, um bom psicodiagnóstico pode avaliar onde está o problema e qual o melhor acompanhamento a ser feito, o que evita muitos sofrimentos futuros.


Procurar um profissional especializado para avaliar a criança evita os apertos no final do ano! Afinal, não conseguir aprender na escola ou não trazer o caderno completo para casa gera muito sofrimento para a criança, além de rótulos, apelidos e impressões que são difíceis de desconstruir mais tarde.

Fabíola Scherer Cortezia – fabiola@espacodomquixote.com.br Psicóloga especialista em Psicoterapia Psicanalítica de crianças e adolescentes