O termo Paralisia Cerebral vem sendo usado como o significado do resultado de um dano cerebral, que leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. O termo Cerebral quer dizer que a área atingida é o próprio Sistema Nervoso Central e a palavra Paralisia refere-se ao resultado do dano ao mesmo, afetando os músculos e coordenação motora, dos portadores desta condição especial de ser e estar no mundo.
A incidência das formas moderadas e severas da Paralisa Cerebral está entre 1,5 e 2,5 por 1000 nascidos vivos nos países desenvolvidos; mas há relatos de incidência geral, considerando todos os níveis de comprometimento de até 7 a cada 1000 nascidos vivos.
CAUSAS
Há 3 tipos de fatores que predominam:
a) Fatores pré-natais: São aqueles que aparecem antes do nascimento e tem como principais causas: alterações genéticas e/ou congênitas, sendo as mais importantes doenças infecciosas contraídas durante a gravidez (toxoplasmose, rubéola, herpes, sífilis), exposição prolongada e inadequada ao Raio-X, uso de drogas e/ou álcool durante a gravidez, hidrocefalia, hemorragias do período gestacional, eclâmpsia, diabetes gestacional, etc.
b) Fatores peri-natais: Os problemas seriam causados por complicações ocorridas no momento do parto, que causariam sofrimento fetal com baixa oxigenação cerebral e conseqüente lesão do Sistema Nervoso Central, um exemplo clássico é a falta de oxigênio.
c) Fatores pós-natais: Ocorrem após o nascimento da criança e secundariamente a processos infecciosos do Sistema Nervoso Central, principalmente encefalites e meningites, abscessos cerebrais, traumatismos cranianos, dentre outros.
TIPOS
Quanto aos tipos de Paralisia Cerebral, são fundamentalmente quatro:
- Espástica – Caracteriza-se por tônus predominantemente alto. A movimentação é restrita em amplitude e é feita com grande esforço.
- Atetósica - Apresenta sempre um tônus muscular instável e flutuante. Aparecem movimentos involuntários e incoordenados que dificulta a atividade voluntária. São características as trocas bruscas de tônus muscular, passando de um tônus diminuído ou normal à hipertonia ou vice-versa.
- Atáxica - Caracteriza-se por transtornos de equilíbrio, hipotonia muscular e falta de coordenação em atividades musculares voluntárias.
- Mista - É a combinação de dois tipos citados acima.
TRATAMENTO
Não há medicamentos nem operações que possam curar uma paralisia cerebral, havendo, porém, diversas e inovadoras possibilidades de melhorar e minimizar seus efeitos. Muitas crianças progridem para experimentar vida adulta quase normal se suas incapacidades forem administradas apropriadamente. Em geral, quanto mais cedo o tratamento começa, melhores são as chances da criança superar incapacidades de desenvolvimento ou aprender novas formas de realizar tarefas desafiadoras. O tratamento consiste em atendimento por uma equipe multidisciplinar incluindo o médico neuropediatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, entre outros.
A Fisioterapia como parte da equipe multiprofissional tem papel fundamental na habilitação da criança. A Fisioterapia motora é importante no tratamento de crianças com paralisia cerebral, atua na estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor, prevenção de deformidades e encurtamentos, aquisições das etapas motoras, melhorando e facilitando suas atividades de vida diária. Já a Fisioterapia respiratória é indicada para os pacientes que apresentam complicações pulmonares secundárias à paralisia cerebral, visando a higiene brônquica, manutenção da permeabilidade de vias aéreas superiores, melhora da mecânica respiratória, além de oferecer orientações aos familiares para complementação do tratamento a domicílio.
A criança com Paralisia Cerebral tem o direito de crescer, e ser o mais independente possível. Cada etapa do progresso no tratamento da criança com Paralisia Cerebral, por menor que seja, permite manter viva a esperança de haver um novo passo à frente.
Priscila Votto Fernandes – priscilafisio@espacodomquixote.com.br
Fisioterapeuta do Espaço Dom Quixote
A incidência das formas moderadas e severas da Paralisa Cerebral está entre 1,5 e 2,5 por 1000 nascidos vivos nos países desenvolvidos; mas há relatos de incidência geral, considerando todos os níveis de comprometimento de até 7 a cada 1000 nascidos vivos.
CAUSAS
Há 3 tipos de fatores que predominam:
a) Fatores pré-natais: São aqueles que aparecem antes do nascimento e tem como principais causas: alterações genéticas e/ou congênitas, sendo as mais importantes doenças infecciosas contraídas durante a gravidez (toxoplasmose, rubéola, herpes, sífilis), exposição prolongada e inadequada ao Raio-X, uso de drogas e/ou álcool durante a gravidez, hidrocefalia, hemorragias do período gestacional, eclâmpsia, diabetes gestacional, etc.
b) Fatores peri-natais: Os problemas seriam causados por complicações ocorridas no momento do parto, que causariam sofrimento fetal com baixa oxigenação cerebral e conseqüente lesão do Sistema Nervoso Central, um exemplo clássico é a falta de oxigênio.
c) Fatores pós-natais: Ocorrem após o nascimento da criança e secundariamente a processos infecciosos do Sistema Nervoso Central, principalmente encefalites e meningites, abscessos cerebrais, traumatismos cranianos, dentre outros.
TIPOS
Quanto aos tipos de Paralisia Cerebral, são fundamentalmente quatro:
- Espástica – Caracteriza-se por tônus predominantemente alto. A movimentação é restrita em amplitude e é feita com grande esforço.
- Atetósica - Apresenta sempre um tônus muscular instável e flutuante. Aparecem movimentos involuntários e incoordenados que dificulta a atividade voluntária. São características as trocas bruscas de tônus muscular, passando de um tônus diminuído ou normal à hipertonia ou vice-versa.
- Atáxica - Caracteriza-se por transtornos de equilíbrio, hipotonia muscular e falta de coordenação em atividades musculares voluntárias.
- Mista - É a combinação de dois tipos citados acima.
TRATAMENTO
Não há medicamentos nem operações que possam curar uma paralisia cerebral, havendo, porém, diversas e inovadoras possibilidades de melhorar e minimizar seus efeitos. Muitas crianças progridem para experimentar vida adulta quase normal se suas incapacidades forem administradas apropriadamente. Em geral, quanto mais cedo o tratamento começa, melhores são as chances da criança superar incapacidades de desenvolvimento ou aprender novas formas de realizar tarefas desafiadoras. O tratamento consiste em atendimento por uma equipe multidisciplinar incluindo o médico neuropediatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, entre outros.
A Fisioterapia como parte da equipe multiprofissional tem papel fundamental na habilitação da criança. A Fisioterapia motora é importante no tratamento de crianças com paralisia cerebral, atua na estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor, prevenção de deformidades e encurtamentos, aquisições das etapas motoras, melhorando e facilitando suas atividades de vida diária. Já a Fisioterapia respiratória é indicada para os pacientes que apresentam complicações pulmonares secundárias à paralisia cerebral, visando a higiene brônquica, manutenção da permeabilidade de vias aéreas superiores, melhora da mecânica respiratória, além de oferecer orientações aos familiares para complementação do tratamento a domicílio.
A criança com Paralisia Cerebral tem o direito de crescer, e ser o mais independente possível. Cada etapa do progresso no tratamento da criança com Paralisia Cerebral, por menor que seja, permite manter viva a esperança de haver um novo passo à frente.
Priscila Votto Fernandes – priscilafisio@espacodomquixote.com.br
Fisioterapeuta do Espaço Dom Quixote
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