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Férias! Tempo do quê?



As férias chegam após um longo período de trabalho e/ou estudo continuados. A vida teve se organizando durante esse tempo com atividades, compromissos, afazeres, rotinas que ocupam uma grande parte de nosso tempo e também suscitam grandes investimentos de energia física, psíquica e cognitiva. Nas férias, os trabalhos e os estudos passam a ficar em tempo de espera e nossa energia se volta para outras coisas. Nesse sentido, férias tem sido tempo do que para você?

Se buscarmos o significado de férias no dicionário Aurélio, encontraremo

s a seguinte definição: dias seguidos para descanso de empregados, estudante, etc.; dias em que se suspende os trabalhos oficiais. Nesse contexto, férias, então, está relacionado a um período de tempo, a descanso e interrupção de trabalhos e estudos.

E para você, férias é o que? É tempo do quê?

Para algumas pessoas, férias é tempo de viajar, de ficar com a família, de conhecer novos lugares, já para outras, férias é tempo de arrumar os armários, de ler livros, de caminhar, saborear comidinhas, de brincar... Muitas são as possibilidades de atividades, lazer e de ocupar nossos dias de descanso. Porém, com o que mesmo você quer se ocupar nessas férias? Como viver o tempo livre que se apresenta?

E para seus filhos, férias tem sido tempo do quê? Como eles tem lidado com o tempo livre?

O período de férias pode ser de muitas preocupações para os pais. O que fazer com o tempo livre das crianças? Porém, essa preocupação não deve ser somente dos pais, os pequenos precisam, de alguma forma, se envolver com isso também, já que diz respeito a suas vidas.

Para muitas crianças o momento das férias é tempo de brincar, de fazer novas amizades, experimentar coisas novas, conhecer novos lugares, ter experiências de maior autonomia. No entanto, esse momento pode ser também de muitas angústias para algumas crianças frente ao não saber o que fazer com o seu tempo livre, com uma rotina sem compromissos, sem atividades pré-estabelecidas.

O tempo livre sucita algumas interrogações: “O que eu quero?” “O que me satisfaz?”. As dificuldades de lidar com o tempo livre e com essas interrogações estão relacionados com o não encontro de uma zona de conforto interna que suporta o estar consigo mesmo, e o avaliar o que se quer para si em determinado momento.

Dificuldades de lidar com tempo livre podem também estarem relacionadas com as formas de viver da atualidade. É cada vez mais frequente as crianças terem uma agenda de muitos compromissos, atividades que as impedem de se depararem com o vazio, com o estar consigo própria, e com o simples brincar.

Quando a criança simplesmente brinca, sem se preocupar com resultados ou com objetivo, ela está alimentando o seu ser, está nutrindo seu mundo interno. Você sabia que o brincar é a base para que, na adultez, o sujeito possa se sentir alimentado emocionalmente quando se depara consigo, com sua vida, sentir-se feliz? Aqui, entende-se o brincar como espaço-tempo de criação, de elaboração da realidade interna e externa, como campo de construção do simbólico e berço da fantasia e da criatividade.

Para o psicanalista e pediatra D.W.Winnicott, o que num momento inicial de vida foi o brincar, conduz-se, naturalmente na adultez, para as experiências culturais e a capacidade de desfrutar a vida de forma criativa e satisfatória.

Você já observou como seus filhos experimentam esse momento das férias?

Algumas crianças podem viver esse momento de forma saudável, buscando brincar, jogar, criar. Já algumas crianças podem, ansiosamente, preencher esse tempo com muitas atividades. Outras crianças podem ficar perdidas, sem saber o que fazer. Outras podem se entristecer, pois esse também é um momento de separação, já que se distancia dos colegas e professores. Enfim, pode-se lidar de muitas formas.

O importante é os pais ficarem atentos a como seu filho tem lidado com seu tempo livre, e principalmente aos movimentos que ele tem feito no sentido de se questionar sobre o que quer, ou seja, por onde sopra o ar de suas vontades, o que lhe interessa, o que ele busca e como faz suas buscas. Conversar com as crianças sobre isso é importante. Ajudá-las a escolher, considerando o que elas querem e o que é possível e viável, torna-se fundamental.

Os pais podem ajudar a organizar o tempo das crianças, podem se dedicar a pensar atividades e programas que sejam interessantes e agradáveis para elas. Porém, também é do mesmo valor que as crianças possam se deparar com o tempo livre de possibilidades de escolhas.

Entre tantos assuntos que tocamos: férias, supensão de trabalho e estudos, tempo livre, brincar, alimento para a alma, infância, experiência cultural, adultez, filhos, pais ... vamos agora retornar aos tempos de infância: O que você gostava de fazer nas férias quando criança? O que lhe dava prazer? Como era esse momento para ti? Do que você brincava em suas férias? Que lembranças agradáveis você tem?

O momento das férias pode ser tempo de encontro entre pais e filhos. Pode ser um momento de transmitir para seus filhos as brincadeiras que você gostava de fazer, os passeios, as aventuras, os lugares, as pessoas, os sabores e travessuras, enfim as experiências que vivenciou em suas férias. As suas histórias podem ser contadas ou até mesmo propostas a revivê-las junto com seus filhos. Essa é uma maneira de você conectar-se com o que lhe deixou marcas, lhe faz sentido e talvez possa constituir vivências de satisfação tanto para ti, como para teu filho.

Thais C. Chies

Psicóloga do Espaço Dom quixote

thaispsico@espacodomquixote.com.br


*fotos da oficina de férias do Espaço Dom Quixote

Terapia Ocupacional e Teoria Ecológica do Desenvolvimento Humano


De acordo com a Teoria Ecológica do Desenvolvimento Humano de Urie Bronfenbrenner (1994), as redes sociais que se formam a partir das relações entre o ambiente e o comportamento, enfatizam a influência do ambiente ecológico no desenvolvimento humano e na família. Ainda segundo este autor não apenas o ambiente imediato influenciará no comportamento do indivíduo, mas a interconexão entre este ambiente (microssistema) e outros mais amplos (mesossistema, exossistema, macrossistema) o afetará. Há também a influência do indivíduo no ambiente, caracterizando relações de reciprocidade. A participação da criança em mais de um ambiente a introduz em um mesossistema, que é definido como um conjunto de microssistemas. A transição do bebê de um para vários microssistemas abrange o conhecimento e participação em diversos ambientes (a família - nuclear e extensa -, a escolinha, a vizinhança, etc), consolidando diferentes relações e exercitando papéis específicos dentro de cada contexto. Este processo de socialização promove seu desenvolvimento. Esta passagem, chamada por Bronfenbrenner de transição ecológica, é mais efetiva e saudável na medida em que o bebê se sente seguro e tem a participação de suas relações significativas neste processo.

Entretanto, o ambiente hospitalar ainda é visto como um espaço inóspito e com intensa exposição a estímulos nociceptivos como o estresse e a dor. Não se tratando de um ambiente ecológico e sensibilizado. Por isso é preciso compreender a dinâmica própria do bebê e avaliar seu desenvolvimento neuropsicomotor, além de estabelecer/restabelecer a rede social a sua volta (pais, família, médicos, enfermeiros) que influenciará no seu desenvolvimento através experiências positivas e negativas.

Dentro deste contexto, a Terapia Ocupacional aliada a psicomotricidade busca avaliar a rede social que se forma em torno do recém nascido pré–termo, a fim de compreender como o ambiente externo poderá influenciar no seu desenvolvimento dentro do ambiente hospitalar.

A Terapia Ocupacional utiliza a Integração Sensorial e procedimentos avaliativos para identificar o grau de estresse do recém nascido e de seu desenvolvimento para então proporcionar um programa de reabilitação e prevenção no ambiente hospitalar. Além disso, ajuda na elaboração de conteúdos emocionais da criança e da sua família, além de proporcionar maior integridade de funções no leito, avaliar e estimular sensoperceptocognitivamente o bebê, possibilitando maior segurança e facilitando o processo de alta hospitalar.

Entende-se por Integração Sensorial o processo neurológico que organiza as sensações do corpo e do ambiente e torna possível usar o corpo efetivamente dentro do ambiente. Como recurso terapêutico visa desenvolver a capacidade de perceber, aprender e organizar as sensações recebidas do seu corpo e responder de maneira adaptativa, melhorando assim as demandas motoras necessárias para o recém-nascido.

Enquanto a Escala de Avaliação Comportamental Neonatal desenvolvida por Brazelton em 1973 e revisada em 1984, tem como propósito original descrever o sistema autônomo, a atividade motora, os estados de consciência e a atenção social, vistos como integrativos e interativos no bebê a termo e saudável. (Straatmann, 2006, p.24).

Com isso, é possível reverter situações de risco, como o afastamento dos pais e o estresse do bebê quanto à manipulação constante. Nesse momento se faz importante à intervenção psicomotora precoce possibilitando restabelecer o vínculo entre pais-bebê fortalecendo a relação interpessoal, através do toque tranquilizador, principalmente da mãe, já que é através dela que o bebê se percebe. Assim como o toque sensibilizado dos profissionais da saúde nos cuidados médicos, através de momentos de confiança, prazer, voz materno-paterna, sossego, adequações ambientais na Unidade de Terapia Intensiva (UTIN) e humanização da equipe multidisciplinar. Assim o mesossistema influenciará positivamente nos ganhos do desenvolvimento infantil.

Através dessa teoria é possível observar a importância da relação pais-bebê, principalmente a relação mãe-filho, no desenvolvimento do recém nascido. É possível ver também o quanto o atendimento psicomotor precoce desenvolvido dentro dos preceitos terapêuticos ocupacionais psicomotrizes vem a facilitar a sociabilização e ganhos efetivos para o desenvolvimento normal do recém nascido e para todos aqueles que estão a sua volta. Dentro da perspectiva de que o ambiente influencia o meio é possível compreender a relação entre bebê – pais – profissionais da saúde. Sendo assim, é possível observar que o desenvolvimento infantil ocorre conforme a criança se envolve ativamente com o ambiente físico e social, assim como ela o compreende e como o interpreta.

A Terapia Ocupacional e principalmente a Psicomotricidade tem muito a fazer neste ambiente ficando clara, a importância do profissional que alia estas duas técnicas juntamente com os preceitos ecológicos tende a facilitar o processo de internação, para pais, bebês e familiares. Além favorecer o ambiente saudável para os profissionais. Só assim o bebê de alto risco consegue vencer esta condição e se tornar um bebê saudável dentro do desenvolvimento normal.


Priscila Straatmann Mórel - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Dez passos para uma alimentação saudável nos primeiros anos de vida


Passo 1
Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

Passo 2
Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

Passo 3
Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.

Passo 4
A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.

Passo 5
A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

Passo 6
Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida

Passo 7
Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

Passo 8
Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinho e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

Passo 9
Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

Passo 10
Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.


Fonte: Ministério da Saúde, 2010.



Daniele Santetti – Nutricionista do Espaço Dom Quixote
danielenutri@espacodomquixote.com.br

Música: uma proposta de inclusão


A Musicoterapia cada vez mais mostra sua eficácia para pessoas com deficiência. É um grande meio de inclusão, onde pessoas com e sem deficiência podem participar de uma mesma atividade musical, cada um com suas capacidades e limitações.

Pessoas com deficiência reagem às experiências musicais exatamente da mesma forma que pessoas sem deficiência. Na Musicoterapia, a música facilita as potencialidades das pessoas com deficiência e isso é de grande importância, pois pode amenizar ou até resolver as dificuldades que apresentam, sejam elas de expressão, de comunicação, de socialização e/ou motoras.

A dificuldade em alguma das áreas (sensorial, emocional e/ou intelectual) prejudica as outras, pois todas estão interligadas. A música oferece experiências que estimulam todas as áreas ao mesmo tempo, integrando-as, oferecendo deste modo a melhor maneira de desenvolvê-las. Consegue-se assim, através da música, um desenvolvimento mais abrangente, pois desenvolve mente, corpo e emoção e ameniza as limitações físicas, sociais ou mentais que a pessoa possui.

A música é uma forma de comunicação não verbal, trazendo assim uma gama de possibilidades para uma pessoa com dificuldades de expressão e comunicação, permitindo o estabelecimento ou restabelecimento de contato social sem o uso da fala. Neste caso, a Musicoterapia se torna mais eficaz do que outras terapias. A fala também é desenvolvida através de canções, jogos musicais, entre outros. Há muitos casos de pessoas que recuperaram parcialmente ou totalmente a fala através da Musicoterapia.

A Musicoterapia também se mostra eficaz para aliviar tensões, promover o equilíbrio emocional, aumentar a autoestima, a autonomia e motivação. A música trabalha a razão e a emoção, proporciona momentos lúdicos e libera endorfinas. Há comprovações de que a música aciona a mesma área do cérebro ativada pelo prazer da alimentação, sexo e drogas, trazendo um significante benefício para o bem estar físico e mental.

Por ser prazerosa, a música motiva as pessoas com deficiência a desenvolverem as áreas que apresentam maiores dificuldades. Na deficiência física a vontade de tocar um instrumento permite a estimulação do desenvolvimento motor. O campo motor é trabalhado com o ritmo, movimentos associados à música, dança, instrumentos musicais e expressão corporal, estimulando a coordenação motora, tônus muscular, entre outros.

A integração social é desenvolvida na Musicoterapia, pois a música permite que todos participem da mesma atividade de diferentes maneiras, em diferentes níveis e diferentes tipos de participação, acolhendo a todas e todos.

Além disso, a música estimula o aprendizado global, trabalhando a memória, a atenção e concentração, o que reflete positivamente nos processos de alfabetização e escrita.

O autor Willems relaciona o ritmo com a vida fisiológica, estando ligado e sendo capaz de desenvolver as questões corporais, a harmonia com o lado intelectual, estimulando a ordem e lógica ao pensamento e a melodia com a vida afetiva, expressando e influenciando-a.

A autonomia é desenvolvida através da independência do paciente no fazer musical, das escolhas (escolher um repertório, um instrumento) entre outros, e essas questões perpassam o ambiente terapêutico refletindo em uma pessoa com mais autonomia no seu dia a dia. Quanto maior a autonomia, mais a pessoa aprende a se virar sozinha, mais independente se torna. O desenvolvimento das relações intra e interpessoais, da autoestima, do âmbito motor e da comunicação contribui para a integração da pessoa com deficiência na sociedade.

Assim, a Musicoterapia contribui no processo integral de todo ser humano, sendo de importância tanto para pessoas com deficiência, como sem deficiência. Os benefícios que a Musicoterapia traz para pessoas com deficiência são: aumento do contato visual, maior vocalização, maior interação social, melhora na memória e atenção, maior desenvolvimento motor, aumento da capacidade de aprendizagem, maior expressão e desenvolvimento emocional, entre outros.

Pessoas com deficiência podem também aprender um instrumento musical, havendo dificuldades nos membros superiores, podem aprender a tocar um instrumento com os pés, como o violão, apresentando uma agilidade incrível. Pessoas não alfabetizadas podem aprender a ler a notação musical e também se alfabetizar através da música.

Para saber mais:

Blood AJ and Zatorre RJ. Intensely pleasurable responses to music correlate with activity in brain regions implicated in reward and emotion. Proc Natl Acad Sci U S A. 2001 September 25; 98(20): 11818-11823.
WILLEMS, Edgar. El valor humano de la educación musical. Barcelona: Paidós, 1981.
RUUD, Even. Caminhos da Musicoterapia. São Paulo: Summus, 1990.

Fique atento! Em breve o Espaço Dom Quixote irá promover o curso “INCLUSÃO: uma prática possível”, um curso transdisciplinar envolvendo diferentes deficiências com atividades práticas para pais, professores e demais profissionais e interessados.


Luciana Steffen – lucianamt@espacodomquixote.com.br
Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote

Tempo de férias!


As férias representam um período de descanso após um ano de trabalho ou de estudos. Esta parada e mudança de rotina são fundamentais para a saúde física e mental de todas as pessoas – crianças e adultos. O corpo está cansado, o cérebro não consegue mais armazenar informações com precisão e agilidade, o nível de estresse aumenta e as manifestações e sintomas desta sobrecarga estão por toda parte.

Pessoas mal- humoradas, irritadas, descarregam sua energia negativa em qualquer situação e no primeiro que aparecer. Percebemos isso no trânsito, no supermercado, na fila do banco e até do cinema. Está na hora de parar, descer desta locomotiva desenfreada e mudar a direção dos trilhos.

Toda mudança é saudável quando estamos cansados e estressados. As férias são esta mudança possível e necessária para descansar, repor as energias e reorganizar-se. Infelizmente entrar em férias não significa toda esta parada para descanso, muitos continuam num ritmo alucinado: planejam festas, limpeza de armários, casa, atividades a toda hora. É necessário planejamento para aproveitar as férias.

É importante, nos primeiros dias, cuidar do corpo: descansar, dormir, ficar de “pernas para o ar”. Gradativamente inicie ou retome uma rotina de exercícios leves e agradáveis envolvendo toda a família para tornar estes momentos especiais. Experimentem caminhar explorando a paisagem, pedalar, brincar no parque ou na praia, piqueniques, acampamentos no pátio de casa... atividades ao ar livre e que envolvam mais prazer e diversão do que obrigação de ter um corpo “sarado”.

Estar em férias não significa abandonar todas as rotinas de estudante, é importante manter alguns hábitos e torná-los parte da rotina da família pode torná-los mais agradáveis durante o ano. A leitura é um hábito saudável e importante em todas as idades, além de ampliar o vocabulário, melhorar o raciocínio, desenvolver competências necessárias para a aquisição de aprendizagens, amplia o conhecimento e possibilita a imaginação, fundamental para a saúde mental. Fazer da leitura um momento onde a família pode discutir assuntos importantes e criar vínculos mais estreitos é importante para o desenvolvimento e acompanhamento da vida dos filhos.

Outra atividade importante são os momentos de jogos de mesa no qual as crianças podem desenvolver estratégias e melhorar seu raciocínio. O mercado está repleto de jogos interessantes e inteligentes, mas podemos também resgatar jogos da nossa infância para criar um momento de confecção e criação. Colocar a cabeça e o corpo para funcionar na hora de confeccionar peças, jogos, brinquedos, ambientes, onde todos irão se divertir pode ser bem interessante.

Este é um período para ser bem aproveitado, sem estresse. Todas estas atividades podem representar momentos de prazer e diversão, mas terão seu limite, porque afinal, as férias são curtas e não conseguimos fazer tudo o que gostaríamos. Hora de voltar à cidade onde os pais retomam a rotina de trabalho, mas e os filhos? Eles ainda estão de férias. Bem, se vocês não possuem uma rede de apoio familiar para ajudá-los na tarefa de entreter crianças e adolescentes por um período maior de tempo, fica a sugestão de visitar o site do Espaço Dom Quixote e conhecer as oficinas de férias que montamos para ocupar, de forma saudável, a rotina das crianças que estão na cidade e precisam de atividades criativas num espaço seguro e cercado de pessoas responsáveis.

Aguardamos vocês ou então, boas férias, aproveitem o tempo onde estiverem para descansar e brincar bastante.


Janete Cristiane Petry – janetepp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Cuidado com a dor de ouvido no verão!


Verão combina com praia e piscina, duas ótimas opções para enfrentar o calor desta estação. Não existe criança que não goste de passar o dia brincando na água, mas nesta época os pais devem tomar cuidado com possíveis casos de otite, as conhecidas dores de ouvido, que aumentam com o contato com a água. Há registros de que a incidência de casos de otite aumenta em até 70% no verão.

Os principais fatores que influenciam no aparecimento da otite externa são o calor e a umidade excessiva. O contato com a água pode retirar a cera do conduto auditivo que protege o nosso ouvido, por isso preste atenção se seu filho começar a reclamar de coceira, dor e sensação de orelha tapada, além de perceber a presença de secreção em excesso.

O diagnóstico é feito pelo médico e o tratamento baseia-se em limpeza do conduto, utilização de analgésicos e antiinflamatórios e a eliminação do contato com a água.

Como sempre é melhor prevenir do que remediar, alguns cuidados são essenciais para evitar a dor de ouvido. Secar os ouvidos após o contato com a água apenas com uma toalha, evitando o uso de cotonetes que podem ocasionar traumas no conduto ou retirar em excesso a cera, que não é sinal de sujeira, e sim a proteção do nosso ouvido; observar o aspecto da água e evitar o mergulho em locais em que possa haver contaminação de fungos e bactérias. Em alguns casos, o uso de tampões e protetores auriculares podem ser úteis para a prevenção da otite.

A doutora Tânia Sih, conhecida pelos vários livros publicados em otorrinolaringologia, sugere que após o banho, os ouvidos da criança sejam secados com o auxílio de um secador de cabelo, em temperatura morna e a 10 cm de distância do ouvido. Assim a água que pode estar retida no ouvido é evaporada e a incidência de otite diminui.

Prestando atenção nestes cuidados, seu filho poderá aproveitar a praia e a piscina com tranquilidade.


Fernanda Helena Kley - fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote