RSS

E se "a professora" é um homem?



A psicopedagoga do Espaço Dom Quixote, Clarissa Paz de Menezes, contribui com o caderno Meu Filho - Jornal Zero Hora - na reportagem sobre professores homens, nesta semana.

Segue a reportagem que está na íntegra no blog do caderno Meu Filho!


Quando colocamos nossos filhos na escola, em especial na Educação Infantil, esperamos que nos abra a porta da sala uma professora simpática, com um sorriso acolhedor e voz suave. Mas quando ao invés disso nos deparamos com um professor, igualmente simpático, mas… um homem!

Hoje está cada vez mais comum esta cena nas escolas de Educação Infantil. Homens estão voltando à sala de aula em todos os níveis da educação, e atualmente é comum encontrá-los nos bancos das universidades estudando com afinco assuntos relacionados à infância, assim como eles também estão disputando com milhares de professoras as tão sonhadas vagas em concursos públicos.

E quando eles entram em sala de aula, dão banho no carisma e na criatividade de muitas professoras, cumprindo muitas vezes um papel masculino fundamental na vida das crianças, que adoram e respeitam esses professores. Há ainda muito preconceito em relação aos homens em sala de aula, as pessoas esquecem que no inicio dos tempos somente os homens podiam ensinar, e que este papel aos poucos foi delegado às mulheres.

Porém, eles estão voltando às salas de aula e podem ensinar tão bem quanto qualquer professora. Cabe a nós deixarmos os preconceitos de lado e focalizarmos nas necessidades sócioafetivas das crianças. Se o professor realiza um bom trabalho, porque não deixá-lo ensinar?

Será que um homem não pode ser afetivo e atencioso assim como uma mulher? É importante ressaltar que para ensinar basta gostar do que se faz e saber fazê-lo bem, tendo embasamento teórico e sensibilidade. E isso os professores estão mostrando que tem envolvimento e dedicação tanto como uma professora.


Medo de ir para a escola?

Freqüentar a escola é o segundo maior desafio emocional da criança, depois de passar a dormir sozinha. Naturalmente, um pouco de ansiedade é normal como qualquer situação nova. A criança sai da sua zona de conforto para um mundo de exigências com as quais não está acostumada, o que também assusta alguns pais.

Em geral, os pais desejam que a criança tenha contato com pessoas e situações evolutivas, mas às vezes é normal a incerteza em permitir que vá. As razões inconscientes dessa ansiedade de separação variam: é difícil para quem têm filhos pequenos ou retraídos deixá-los aos cuidados de outras pessoas; os pais podem ter dificuldade de ficar sozinhos; também pode ser excesso de proteção, às vezes os pais revivem sua própria ansiedade do tempo da escola e projetam nas crianças; por outro lado também pode ser bem difícil admitir que o filho se sinta feliz longe de casa. A intuição da criança capta isso, reage não querendo ir à escola.

Estar em um ambiente onde teme que não gostem dela e ainda assim estudar e aprender envolve expectativas; crianças com autoestima depreciada frequentemente produzem pouco e sofrem quando suas falhas são ridicularizadas; o que pode se tornar um círculo vicioso, em conseqüência, seu nível de ansiedade também cresce. Este medo é considerado tão forte quanto o de uma agressão física e pode aterrorizá-la ao ponto de caracterizar a condição de aluno como aversiva.

Compreenda o que a criança está sentindo. Você se lembra do colégio? A professora diz: “venha até aqui e mostre para classe”. Ficar em pé, sozinho, em frente à classe é uma oportunidade para que todos os colegas examinem a aparência, roupas, cabelo e se sinta terrivelmente exposto às críticas. A mera expectativa de ser chamado e cometer um erro podem ser fator de pânico e fuga.

Tente saber qual é o problema que está preocupando a criança. É importante que ela sinta confiança para falar de suas dificuldades. Diga-lhe, de maneira firme e compreensiva, que independente do que estiver acontecendo ela terá sempre apoio, mas deve frequentar a escola. Não permita que falte a aula nem atrase, inclusive nos dias de frio e chuva que sempre existirão, lembre-se que a disciplina e a responsabilidade estão sendo desenvolvidas, portanto dê o exemplo.

Se for necessário acompanhe até a escola, deixando claro quando e onde será pega pontualmente na hora da saída; mas não permaneça lá porque sua presença interfere na rotina das outras crianças e dificulta a adaptação às regras que precisa acontecer o mais rápido possível.

O importante é que ela saiba que a situação desagradável vai se transformar à medida que se aproximar das pessoas, realizar as tarefas, sentir confiança em sua capacidade criativa, além de ser incentivada por mérito a cada progresso diário.

Ninguém pode nem deve proteger uma criança de todas as experiências sentidas como negativas. São situações úteis para desenvolver a autonomia. Porém, nunca minimize os seus medos; os sentimentos existem e precisam ser reconhecidos para serem enfrentados. Algumas das mais dolorosas lutas emocionais começam com pais críticos e rígidos, que forçam suas crianças ao confronto com suas ansiedades, sem auxílio por pensarem que dessa forma evitam uma pessoa futuramente frágil. Finalmente o que se verifica é que todos os excessos são nocivos. O ideal é tentar encontrar o equilíbrio, permeado pelo diálogo onde não se fuja dos desafios, mas que eles possam ser compartilhados em família com afetividade que encoraje sucessos e alegrias. Caso o problema persista, procurar um especialista na área é a opção mais indicada!

Andréa de Espíndola – Psicóloga e psicomotricista do Espaço Dom Quixote

ESPAÇO DOM QUIXOTE COM AGENDA LOTADA!

OFICINA PARA OS PROFESSORES DA ESCOLA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
PALESTRANTE PSICOPEDAGOGA CLARISSA NA ESCOLA SAGRADO
PALESTRANTE PSICÓLOGA FABÍOLA NA ESCOLA SAGRADO
PALESTRANTE PSICÓLOGA FABÍOLA SCHERER CORTEZIA NA ESCOLA ACM
PALESTRANTE PSICOPEDAGOGA CLARISSA PAZ DE MENEZES NA ESCOLA ACM
PALESTRANTE FONOAUDIÓLOGA FERNANDA HELENA KLEY - ESCOLA ACM
AUDITÓRIO LOTADO NA ESCOLA ACM - CENTRO - PORTO ALEGRE

O Espaço Dom Quixote esteve com a agenda lotada nesta semana!

No dia 17 de fevereiro esteve na escola Cenecista de Estância Velha, ministrando a palestra: LIMITES - UM DESAFIO POSSÍVEL para os professores na Jornada Pedagógica da Escola.
Ontem, dia 18 de fevereiro, no turno da manhã, a Psicóloga Fabíola, a Psicopedagoga Clarissa e a Fonoaudióloga Fernanda estiveram ministrando um workshop de 3 horas e 30 min sobre DISTÚRBIOS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA QUE AFETAM A APRENDIZAGEM na escola ACM de Porto Alegre, na Jornada de professores.

Também ontem, mas no turno da noite, a Psicóloga Fabíola e a Psicopedagoga Clarissa ministraram outro workshop, mas na escola Sagrado Coração de Jesus - em São Leopoldo, com o tema AVALIAÇÃO E PARECERES DESCRITIVOS, com uma carga horária de 3 horas, para os professores da escola.

Os eventos foram um sucesso e as escolas estão de parabéns, pois os professores se mostraram interessados e participativos! Foi um prazer para o Espaço Dom Quixote participar da jornada Pedagógica destas três escolas conceituadas da região metropolitana!


O Papel da Psicopedagogia


A Psicopedagogia, com a proposta de perceber o sujeito como ator de um processo, no qual tudo e todos a sua volta estão envolvidos, ajuda o professor a perceber essa criança e lançar a ela um olhar investigativo, com o intuito de descobrir suas necessidades, para assim auxiliá-la na superação das dificuldades de aprendizagem e, principalmente na prevenção das mesmas.

A ação do psicopedagogo na escola oportuniza um espaço de reflexões, onde o professor poderá através de diálogos e estudos com o psicopedagogo repensar e adequar a sua pratica de maneira a suprir as necessidades coletivas e individuais das crianças.

Com esse olhar psicopedagógico, é possível perceber as necessidades de cada criança, além de perceber a escola como um todo, incluindo todos os participantes dessa escola como atuantes nas construções das crianças.

Clarissa Paz de Menezes
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Teste da Orelhinha: o que é isto?

A deficiência auditiva, segundo o Censo 2000 do IBGE, acomete aproximadamente 5 milhões de brasileiros, número que ocupa o terceiro lugar entre todas as deficiências do Brasil.

A Organização Mundial da Saúde estima ainda que cerca de 42 milhões de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva.

Dados preocupantes como estes são o estímulo para trabalharmos e divulgarmos cada vez mais a importância do diagnóstico precoce da surdez. Um teste que dá conta deste diagnóstico é o teste da orelhinha, também conhecido como Triagem Auditiva Neonatal.

O teste da orelhinha é um importante teste para verificar a função auditiva. Simples, rápido e indolor o fonoaudiólogo introduz superficialmente uma sonda, semelhante a um fone de ouvido na orelha do bebê que irá emitir um som em forma de “clics” de fraca intensidade.

Esta sonda que estará conectada a um computador irá captar e recolher as respostas que a orelha interna do bebê produzirá.

O teste pode ser realizado em ambiente hospitalar, em domicilio ou ainda em uma clínica que preste este serviço, como o Espaço Dom Quixote. O importante é que seja realizado após dois dias de nascimento e até 28 dias de idade.

Mas por que é importante diagnosticarmos a surdez tão cedo? A audição é uma das principais ferramentas para a aquisição da língua. A fala da mãe, dos familiares e cuidadores é o modelo que a criança tem para escutar e aprender sua língua.

Em geral, as crianças passam por uma fase de balbucio que é o “gugu - dadá”, quando a criança não tem a audição plena, não escutará sua própria fala, não irá brinca com sua voz, fazendo diferentes entonações e assim ela provavelmente irá interromper o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem pois nunca teve o modelo ou recebeu um estímulo auditivo positivo para suas brincadeiras com a voz.

Quando a deficiência auditiva é diagnosticada previamente, a criança poderá receber tratamento adequado, entre eles estão o implante coclear e a protetização. Ambos tratamentos irão melhorar a qualidade de vida da criança para que ela possa receber os estímulos auditivos e desenvolver-se adequadamente.

Ananda Ramos
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

Férias com atividades psicomotoras


Verão lembra praia que lembra brincadeiras ao ar livre. Poder brincar com terra, grama, areia, subir em árvore fica mais fácil neste período de férias escolares.

Melhor ainda quando pensamos que essas atividades transbordam energia, estimulam a criatividade e a capacidade de imaginar da criança. Além de proporcionar um desenvolvimento motor e social qualificado e seguro. Sem falar que ela permite um maior contato entre pais e filhos surpreendente.

Durante a época de veraneio, os pais treinam constantemente seus músculos e desempenho motor ao levar para a beira da praia a sacola de brinquedos do seu filho. Lá na faixa de areia a criança usa seus brinquedos de praia para desenvolver força e equilíbrio.

Ela precisa se equilibrar para não derramar a água do balde e desenvolve movimentos digitais cada vez mais sofisticados para fazer um bolo de areia. Sem contar que pisar na areia desenvolve a musculatura do pé ajudando a formar bons arcos e assim um pé funcional. Permite também uma boa articulação da fala, ampliando seu vocabulário.

A brincadeira une cabeça, mãos e coração. Estreitando as relações de confiança e bem-estar. Mas é necessário deixar a criança respirar em seu benefício mental e emocional. Cabendo aos pais dar sustentação a esse ambiente saudável e prazeroso, ao mesmo tempo em que transmitem segurança, carinho, limites e reforço motivacional.

Sabe-se que as brincadeiras ao ar livre aumentam a rede social da criança. Nesse momento a criança aprende noções de corrida, toque, confiança, autocontrole, equilíbrio, autonomia e independência.

Além disso, a criança começa a formar sua personalidade. Portanto, procure brincadeiras que faça seu filho se movimentar. Ensine a jogar taco, bolinha de gude, pular sapata...

Deixo algumas práticas psicomotoras de referência:

SOU EU MESMO - Deite as crianças sobre um papel Kraft grande e contorne a sua silhueta. Depois, peça para desenharem o rosto e as roupas. Você pode pedir para o amiguinho desenhar o outro e depois trocarem.

PREENSÃO MANUAL - Trabalhe com objetos, como pegador de macarrão de plástico, prendedores de roupas etc. Primeiramente, as crianças os manuseiam trabalhando a preensão e, depois, transportam pequenos objetos de um lugar a outro com o pegador ou prendedor (tem que pegar e soltar o objeto no local solicitado).

LANÇAMENTOS- Desenhe com giz círculos pequenos, médios e grandes no chão. Distribua aos alunos tampinhas de refrigerantes ou objetos similares para que tentem acertar os círculos.

Retiradas do site:http://brincandocomcores.blogspot.com/2009/05/brincadeiras.html

Priscila Straatmann
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Doença Celíaca: Intolerância permanente ao glúten

Para que possamos aproveitar os nutrientes contidos nos alimentos, é preciso que nosso trato gastrointestinal (estômago, intestinos e órgãos auxiliares) modifique os alimentos, quebrando-os em pequenas partes, possíveis de serem digeridas.

O que é doença celíaca?

A doença celíaca, ou intolerância permanente ao glúten, é uma condição autoimune que ocorre em pessoas geneticamente suscetíveis e se caracteriza por uma sensibilidade intestinal ao glúten, o que, por sua vez, desencadeia um processo imunológico (as células de defesa do corpo da pessoa começam a agir de forma muito intensa), prejudicando a digestão e absorção dos alimentos que contenham glúten.

O que é glúten?

O glúten é a principal proteína presente em cereais como trigo, centeio, cevada, malte e aveia. Esses cereais são muitos utilizados na composição de alimentos, em medicamentos, biscoitos, bolos, massas, algumas bebidas alcoólicas (cerveja, whisky, vodca), pizza etc.

Quando e como a doença celíaca se manifesta?

Essa doença costuma se manifestar nos primeiros anos de vida, mas pode aparecer mais tarde, também na idade adulta. Não se sabe ao certo a prevalência dessa doença na população, pela deficiência e demora de seu diagnóstico.

A intensidade dos sintomas é muito variável, podendo uma pessoa passar anos sem apresentar nenhuma manifestação. Comumente ocorrem: diarreia ou constipação, enxaqueca, desnutrição, gases intestinais, estufamento e dor abdominal, perda de peso, anemia, falta de apetite, entre outros.

Quais são as consequências?

Em crianças e adolescentes, a doença celíaca pode acarretar atraso no crescimento e no desenvolvimento. Outras consequências sérias da doença não tratada ou descoberta muito tardiamente são a osteoporose e o desenvolvimento de cânceres intestinais.

Como é feito o diagnóstico da doença?

Através da biópsia do intestino delgado, da dosagem de anticorpos específicos e da resolução total dos sintomas a partir da retirada dos alimentos-fonte de glúten.

Qual é o tratamento?

O tratamento consiste em uma dieta isenta de alimentos que contenham glúten, por toda a vida.

O que se pode utilizar em lugar do trigo e dos outros cereais que contêm glúten?

Os substitutos do trigo mais comumente utilizados são: milho, arroz, batata e seus derivados (ex: amido de milho, creme de arroz, polvilho, fécula de batata...)

Como saber se algum alimento industrializado contém ou não glúten?

Desde 2003, uma lei federal obriga as empresas a descreverem no rótulo se o produto contém ou não glúten.

Receitas isentas de glúten:

BISCOITO DE QUEIJO
Ingredientes:
200 gramas de margarina
1½ xícara de açúcar
1 colher (chá) de sal
2 ovos
1 xícara (chá) de queijo ralado
500 gramas de polvilho doce

Modo de preparo:
Bata em creme a margarina, o açúcar e o sal. Sempre batendo junte os ovos e o queijo. Vá acrescentando o polvilho aos poucos. Amasse bem, até obter uma massa homogênea. Enrole a massa em cordões e corte. Coloque em tabuleiro untado e asse em forno moderado por mais ou menos 20 minutos.

MASSA DE PANQUECA:
Ingredientes:
1 copo (requeijão) de amido de milho
1 copo (requeijão) de leite
1 ovo
1 colher (sopa) de queijo ralado
sal a gosto

Modo de preparo:
Bater tudo no liquidificador e colocar porções da massa em frigideira ou panquequeira, levemente untada. A massa fica melhor se descansar por 1 hora. Recheio e molho de sua preferência.

FONTES DAS RECEITAS: Acelbra (Associação dos Celíacos do Brasil) e www.receitassemgluten.hpg.com.br.

Se você é celíaco, CUIDE-SE! A sua qualidade de vida depende de uma adequada ALIMENTAÇÃO!!

Débora Kilpp
Nutricionista do Espaço Dom Quixote