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Síndrome da Morte Súbita do Lactante



A Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) conhecida também como morte do berço é bastante divulgada em todo o mundo e justificadamente muito temida. A síndrome envolve uma convergência de fatores que resultam em asfixia dos bebês vulneráveis. Bebês submetidos a condições como pobreza, exposição ao fumo, álcool e drogas ilícitas na vida intrauterina, ou à fumaça do cigarro depois do nascimento, são especialmente propensos. 

No Brasil, o costume de deitar os bebês de lado, posição que protege mais do que deixá-los de bruços, mas menos do que se estivessem de barriga para cima, explica por que a incidência é mais baixa: 5 a 10 em cada 10 mil crianças nascidas. Porém ainda não está claro se a morte ocorre durante o sono ou nos períodos de transição entre sono e vigília que se sucedem durante a noite e por a criança para dormir de barriga para baixo (em pronação) aumentaria o risco. 

O maior pico de incidência está entre dois e quatro meses de idade, sendo mais comum em meninos. No entanto, a má notificação nas declarações de óbito quando ocorre a SMSL, em vista que muitos profissionais da saúde ainda não sabem reconhecê-la e o óbito acaba sendo classificado como broncoaspiração ou morte sem assistência médica ou morte de causa desconhecida. Quando realizada avaliação em Instituto Médico Legal, quase sempre é classificada como broncoaspiração ou pneumonia porque também nestas instituições a SMSL é desconhecida. 

Pode servir de gatilho para disparar a síndrome também: 

1) a asfixia por compressão das vias aéreas ou inalação excessiva do gás carbônico exalado na posição com o rosto para baixo; 

2) a hipertermia causada pela compressão da face contra o travesseiro ou o colchão; 

3) o nascimento prematuro e a imaturidade dos mecanismos cardiorrespiratórios e de controle térmico. 

Mesmo assim, a síndrome pode surgir em bebês que não apresentam essas características. Um estudo recente mostrou que 85% dos casos acontecem com crianças que dormem de barriga para baixo ou compartilham o leito com outras pessoas, aumentando o risco. Deixando o bebê mais vulnerável ao estresse provocado pela falta de oxigênio.

Estas informações são muito importantes para que nossos bebês durmam com segurança!


Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

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