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Dom Quixote Responde: Paralisia Cerebral


PARALISIA CEREBRAL: FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
O termo Paralisia Cerebral vem sendo usado como o significado do resultado de um dano cerebral, que leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. O termo Cerebral quer dizer que a área atingida é o próprio Sistema Nervoso Central e a palavra Paralisia refere-se ao resultado do dano ao mesmo, afetando os músculos e coordenação motora, dos portadores desta condição especial de ser e estar no mundo.

Não há medicamentos nem operações que possam curar uma paralisia cerebral, havendo, porém, diversas e inovadoras possibilidades de melhorar e minimizar seus efeitos. Muitas crianças progridem para experimentar vida adulta quase normal se suas incapacidades forem administradas apropriadamente. Em geral, quanto mais cedo o tratamento começa, melhores são as chances da criança superar incapacidades de desenvolvimento ou aprender novas formas de realizar tarefas desafiadoras. O tratamento consiste em atendimento por uma equipe multidisciplinar incluindo o médico neuropediatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, entre outros.

A Fisioterapia como parte da equipe multiprofissional tem papel fundamental na habilitação da criança. A Fisioterapia motora é importante no tratamento de crianças com paralisia cerebral, atua na estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor, prevenção de deformidades e encurtamentos, aquisições das etapas motoras, melhorando e facilitando suas atividades de vida diária. Já a Fisioterapia respiratória é indicada para os pacientes que apresentam complicações pulmonares secundárias à paralisia cerebral, visando a higiene brônquica, manutenção da permeabilidade de vias aéreas superiores, melhora da mecânica respiratória, além de oferecer orientações aos familiares para complementação do tratamento a domicílio.

A terapia ocupacional tem um papel importante por fornecer condições para o estabelecimento e efetivação de programas de tratamento que visam a facilitação do movimento, favorecendo assim as experiências e aprendizado sensoriomotores, estimulando aspectos cognitivos, auxiliando na adaptação e execução das AVDs, incentivando o brincar e o lazer, tornando a criança agente em seu processo de desenvolvimento.

É importante que a família compreenda que a proposta de tratamento é baseada em um trabalho motivador, que buscará evidenciar o potencial da criança.


Priscila Votto Fernandes - Fisioterapeuta
Priscila Straatmann Morél - Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista


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