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Uso do fone de ouvido e a audição


Atualmente, casos de perda da audição não são mais só comuns em idosos. Com a popularização do uso de aparelhos portáteis de música digital (mp3, mp4, Ipod), muitos jovens também têm sido prejudicados com a perda da audição.

Os grandes causadores disto são o tempo de utilização e a intensidade da música. A maioria dos jovens não tira mais os fones de ouvido para nada. Estejam na rua, na escola, no ônibus ou até conversando com outras pessoas, o mp3 está sempre ligado e em intensidade altíssima.

Você já parou do lado de alguém que estivesse escutando música no seu mp3 e escutou também? Pode ter certeza que a audição desta pessoa está sendo prejudicada e logo os efeitos disto aparecerão.

Estes aparelhos podem chegar a uma intensidade de 120 dB (decibel), o que equivale à turbina de um avião em decolagem! E tudo isto dentro do ouvido humano! A partir de 85 dB (o trânsito em uma avenida movimentada atinge este nível) podem ocorrer alterações de audição se a exposição for por um período de tempo prolongado.

Há um projeto de lei na Câmara dos Deputados com o objetivo de regulamentar a venda dos tocadores de música digital para evitar maiores danos à população. A idéia é que seja proibida a venda de aparelhos que ultrapassem 90 dB e que haja inscrições de alerta a respeito da exposição prolongada a sons intensos.

Enquanto isto não ocorre, devemos orientar nossos filhos, alunos, amigos e até nós mesmos dos riscos que uma simples música em um fone de ouvido pode provocar. É importante controlar a intensidade da música, dar um descanso para o ouvido de vez em quando e prestar atenção se algum sintoma auditivo como zumbido, sensação de orelha tapada, dificuldade em entender em ambiente ruidoso aparecer. Observando algum destes sintomas, desligue o mp3 e procure ajuda especializada.

Fernanda Helena Kley – fernandafono@espacodomquixote.com.br

Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

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