Você certamente precisa sacudir o joelho ou mascar um chiclete para ficar acordado ou mergulhar em uma banheira de água quente para relaxar, certo? E certamente você nunca pensou que crianças também precisam de algo para se engajar na estabilização, focando-se em suas atividades. É cada vez mais freqüente déficits sensoriais entre crianças e adultos. Apresentando variações de leve a graves e que podem beneficiar-se de uma dieta sensorial personalizada.
Na dieta sensorial, que pode ser comparada a uma dieta alimentar, as crianças precisam comer regularmente para manter sua energia e foco. Porém, ao invés de comida temos um regime de atividades planejadas e programadas para estimular as várias sensações a serem experimentadas ao longo do dia. Com o objetivo de ajudar a criança a conhecer suas necessidades de processamento sensorial e sentir-se calma, alerta e organizada na maior parte do tempo, sendo que os efeitos são imediatos e cumulativos, pois ajudam a reestruturar o sistema nervoso da criança.
Auxilia em situações como:
- tolerar sensações e situações desafiadoras;
- regular o seu estado de alerta e aumentar a capacidade de atenção;
- lidar com as transições com menos estresse.
É altamente recomendável que você procure um terapeuta ocupacional especialista em questões de processamento sensorial. Esta dieta deve abordar os sete sentidos (propriocepção, vestibular, tato, audição, visão, olfato e gustação).
Alguns ingredientes importantes e divertidos:
- Abraço sanduíche;
- Empurrar e puxar;
- Pular amarelinha ou pular no mini trampolim;
- Massagem firme;
- Balançar / girar o corpo;
- Dar cambalhotas;
- Movimentar o corpo;
- Água com gás – bolinhas na boca, gostos e texturas de alimentos diferentes;
- Brincar com texturas (sabonete ou creme de barbear espumoso e adicionar areia para textura extra, caixa com arroz e feijão para brincar, massa de biscoito, pintura a dedo);
- Vestir-se;
- Pintura de rosto;
- Entrar em contato com a natureza;
- Passatempos táteis (tecer, costurar, esculpir);
- Ir para a rua e ouvir os ruídos;
- Incentivar a musicalidade e dar algum comando;
- Explorar os cheiros;
- Envolver a criança na preparação dos alimentos.
Deixo uma pequena amostra de dieta sensorial criado para uma criança com transtorno de processamento sensorial (http://sensorysmarts.com/sensory_diet_activities.html). A receita deve ser individualizada e modificada com freqüência para atender às necessidades. O tratamento fica completo com um programa voltado para a escola também.
Pela manhã:
- Massagem podal para ajudar a acordar;
- Ouvir um CD tranquilizador;
- Usar escova de dentes que vibre e / ou escova de cabelos que vibre;
- Comer cereal crocante com frutas e algumas proteínas;
- Rotação sobre Dizzy Disco Jr. como indicado (disco de equilíbrio);
- Salto em mini-trampolim como indicado.
Depois da escola:
- 30 minutos na pracinha;
- Empurrar carrinho de supermercado;
- Movimentos de balanço e giro, conforme indicado;
- No mini trampolim fazer com que lance brinquedos em uma cesta ao saltar;
- Massagem podal para reorganizar, andar de carrinho de mão;
- Fazer exercícios de bola, conforme indicado;
- Ouvir um CD tranqüilizador;
- Trabalho Oral - sugar líquidos de espessura através de um canudo, mastigar lanches crocantes ou mascar chiclete antes e / ou durante as atividades de mesa.
Na hora do jantar:
- Ajudar a cortar, cozinhar, misturar ingredientes, etc;
- Ajudar a organizar a bandeja, usando as duas mãos para carregar;
- Comer alimentos crocantes.
À noite:
- Tempo para a família: projetos de barro, de pintura, etc;
- Banho quente com bolhas e óleo essencial calmante;
- Massagem durante o tempo de leitura.
Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote
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