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Teste da Orelhinha: o que é isto?

A deficiência auditiva, segundo o Censo 2000 do IBGE, acomete aproximadamente 5 milhões de brasileiros, número que ocupa o terceiro lugar entre todas as deficiências do Brasil.

A Organização Mundial da Saúde estima ainda que cerca de 42 milhões de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva.

Dados preocupantes como estes são o estímulo para trabalharmos e divulgarmos cada vez mais a importância do diagnóstico precoce da surdez. Um teste que dá conta deste diagnóstico é o teste da orelhinha, também conhecido como Triagem Auditiva Neonatal.

O teste da orelhinha é um importante teste para verificar a função auditiva. Simples, rápido e indolor o fonoaudiólogo introduz superficialmente uma sonda, semelhante a um fone de ouvido na orelha do bebê que irá emitir um som em forma de “clics” de fraca intensidade.

Esta sonda que estará conectada a um computador irá captar e recolher as respostas que a orelha interna do bebê produzirá.

O teste pode ser realizado em ambiente hospitalar, em domicilio ou ainda em uma clínica que preste este serviço, como o Espaço Dom Quixote. O importante é que seja realizado após dois dias de nascimento e até 28 dias de idade.

Mas por que é importante diagnosticarmos a surdez tão cedo? A audição é uma das principais ferramentas para a aquisição da língua. A fala da mãe, dos familiares e cuidadores é o modelo que a criança tem para escutar e aprender sua língua.

Em geral, as crianças passam por uma fase de balbucio que é o “gugu - dadá”, quando a criança não tem a audição plena, não escutará sua própria fala, não irá brinca com sua voz, fazendo diferentes entonações e assim ela provavelmente irá interromper o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem pois nunca teve o modelo ou recebeu um estímulo auditivo positivo para suas brincadeiras com a voz.

Quando a deficiência auditiva é diagnosticada previamente, a criança poderá receber tratamento adequado, entre eles estão o implante coclear e a protetização. Ambos tratamentos irão melhorar a qualidade de vida da criança para que ela possa receber os estímulos auditivos e desenvolver-se adequadamente.

Ananda Ramos
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

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