É mágico ver uma criança brincando, pulando, correndo ou até mesmo encantada com um brinquedo colorido. Podemos utilizar esta magia para proporcionar momentos de aprendizagem. Engana-se quem pensa que o aprender só se dá através de rotinas pesadas e atividades tradicionais. Bem pelo contrário, no momento em que brincamos com objetividade estamos levando o conhecimento para a criança de maneira lúdica e diferenciada.
A criança e o brincar são contextos únicos, o brincar é tão essencial à criança quanto o trabalho é para os adultos. Não se pode pensar na ideia de ter uma criança sem dar-lhe tempo e propiciar-lhe momentos de ser e de se sentir criança. A criança que não brinca não aprende, não tem interesse, não tem entusiasmo, não demonstra sensibilidade e não desenvolve afetividade. Daí a necessidade de compreender o brincar como uma linguagem infantil, uma maneira que as crianças pequenas utilizam para falar não convencionalmente, mas para se expressar e demonstrar seus sentimentos, suas vontades, suas inquietudes.
Ao brincar de carrinho, por exemplo, a criança assimila fatos que ela vê e observa na vida cotidiana; além de repetir o que vê o adulto fazendo, ela incorpora e repete na brincadeira. Se ela brinca com o carrinho de forma agressiva, batendo em objetos, fazendo o carrinho capotar, ela simplesmente está tentando se comunicar, repetindo com seus brinquedos cenas da vida doméstica e comportamentos dos adultos, utilizado-se desta linguagem para dizer que “foi isso que ela aprendeu”, daí a necessidade mediadora nas múltiplas ações do brincar e atenção ao exemplo.
Pretende-se com esse pensamento reavaliar nossas concepções acerca da criança e do brincar, é brincando que a criança aprende, e observando que ela incorpora, é através de brincadeiras que a criança expande seu mundo e amplia seus conhecimentos, nesse sentido escreve Montessori, “façamos de conta que a criança é um operário e que a finalidade de seu trabalho é produzir o homem. Porque o trabalho das crianças não produz um objetivo material, mas cria a mesma humanidade; não uma raça, uma casta, um grupo social, mas a humanidade inteira”.
Texto retirado da Revista Escola
Por Giuliano Freitas - Graduado em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Daniela Pinto - danielafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote
Daniela Pinto - danielafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote
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