Frequentemente me perguntam, como musicoterapeuta, qual música é a mais indicada para dormir? Que tipo de música se escuta para isso, qual música é boa para aquilo?
Uma música não é como um remédio a ser receitado para todas as pessoas. Não se pode simplesmente receitar músicas para determinadas situações, como induzir o sono ou para curar doenças. Imagine se você está com dor de cabeça e como “remédio” lhe “receitam” uma música que você não gosta? Será que a dor de cabeça iria diminuir ou aumentar?
A nossa respiração e batimentos cardíacos acompanham a música, assim músicas calmas tendem a baixar os batimentos cardíacos e o nível da respiração e músicas mais agitadas tendem a aumentá-las, tornando o sono mais agitado. Porém, o gosto musical tem que ser considerado, uma música calma que não seja do gosto musical da pessoa, pode aumentar os batimentos e a respiração. Conheço muitas pessoas que gostam de dormir ouvindo metal pesado. Cada um é diferente. Enquanto outros só conseguem suportar músicas calmas, melodias, e outras ainda, que preferem dormir sem música, que se incomodam com diversos tipos de sons.
A Musicoterapia não trabalha com músicas pré-definidas. São utilizadas músicas, ritmos, melodias, instrumentos que sejam do agrado do paciente, pois pesquisas mostram que as músicas que gostamos ativam praticamente todas as áreas do nosso cérebro. Já as músicas que não gostamos, não ativam praticamente nenhuma área.
Uma pesquisa em Taiwan mostrou que um grupo de pessoas que podia escolher entre seis fitas com músicas suaves e lentas antes de dormir tiveram uma melhora de 35% no seu sono, incluindo uma noite de sono mais longa e melhor, e menos disfunções durante o dia. Observa-se que as pessoas puderam escolher entre diversas músicas as que mais lhe agradavam, o timbre (instrumento musical, voz, etc) a velocidade, o andamento e a intensidade que naquele momento mais lhe provocavam relaxamento.
Cada um tem suas preferências. Sons agudos de violino ou pássaros cantando podem relaxar para alguns e irritar para outros. Há músicas que são consideradas relaxantes para alguns e não para outros. E as preferências variam. Além do gosto musical variar com o tempo, variam também nosso estado de humor e as situações que estamos vivenciando. A mesma música que escutei ontem para dormir pode não funcionar hoje, pois meu estado de humor é outro. Um dia vamos dormir tristes, outro com raiva, outro animados, outro exaustos. E possivelmente uma mesma música não tenha o mesmo efeito relaxante nessas diferentes situações.
Músicas podem trazer lembranças que, ao invés de nos fazer adormecer, podem nos deixar mais acordados. Por todas essas questões, a escolha de músicas na hora de dormir deve ser criteriosa para não provocar o efeito contrário, nos deixando mais acordados. E quem melhor poderá decidir qual é a música mais indicada para dormir é a própria pessoa. Se estamos agitados talvez começar escutando uma música agitada e aos poucos músicas mais calmas, provocará um efeito relaxante maior que escutar somente músicas calmas.
É inviável pensar em receitar uma única música que induza todas as pessoas ao sono. Depende de cada um. Não é a música clássica ou a música orquestrada como muitos recomendam, são as músicas que provocam relaxamento para cada um e que condigam com o gosto musical e o momento que se está passando. Poderia-se pensar em avaliar os gostos musicais da pessoa e o que ela gostaria de ouvir em cada estado de humor, e só assim, indicar algumas músicas, ainda correndo o risco das músicas não induzirem ao sono sempre, já que o gosto musical e estado de humor variam.
Para os bebês existem diversos cd’s com músicas para o bebê dormir, algumas são canções com o timbre de caixinhas de música. Cabe à mãe escolher um cd de músicas calmas que realmente transmitam conforto e relaxamento para seu bebê, podendo ajudar muito na hora de dormir. Importante também são as canções de ninar cantadas pela figura da mãe, que fortalecem a relação mãe-bebê oferecendo segurança e tranquilidade na hora de dormir.
Luciana Steffen - lucianamt@espacodomquixote.com.br
Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote
Uma música não é como um remédio a ser receitado para todas as pessoas. Não se pode simplesmente receitar músicas para determinadas situações, como induzir o sono ou para curar doenças. Imagine se você está com dor de cabeça e como “remédio” lhe “receitam” uma música que você não gosta? Será que a dor de cabeça iria diminuir ou aumentar?
A nossa respiração e batimentos cardíacos acompanham a música, assim músicas calmas tendem a baixar os batimentos cardíacos e o nível da respiração e músicas mais agitadas tendem a aumentá-las, tornando o sono mais agitado. Porém, o gosto musical tem que ser considerado, uma música calma que não seja do gosto musical da pessoa, pode aumentar os batimentos e a respiração. Conheço muitas pessoas que gostam de dormir ouvindo metal pesado. Cada um é diferente. Enquanto outros só conseguem suportar músicas calmas, melodias, e outras ainda, que preferem dormir sem música, que se incomodam com diversos tipos de sons.
A Musicoterapia não trabalha com músicas pré-definidas. São utilizadas músicas, ritmos, melodias, instrumentos que sejam do agrado do paciente, pois pesquisas mostram que as músicas que gostamos ativam praticamente todas as áreas do nosso cérebro. Já as músicas que não gostamos, não ativam praticamente nenhuma área.
Uma pesquisa em Taiwan mostrou que um grupo de pessoas que podia escolher entre seis fitas com músicas suaves e lentas antes de dormir tiveram uma melhora de 35% no seu sono, incluindo uma noite de sono mais longa e melhor, e menos disfunções durante o dia. Observa-se que as pessoas puderam escolher entre diversas músicas as que mais lhe agradavam, o timbre (instrumento musical, voz, etc) a velocidade, o andamento e a intensidade que naquele momento mais lhe provocavam relaxamento.
Cada um tem suas preferências. Sons agudos de violino ou pássaros cantando podem relaxar para alguns e irritar para outros. Há músicas que são consideradas relaxantes para alguns e não para outros. E as preferências variam. Além do gosto musical variar com o tempo, variam também nosso estado de humor e as situações que estamos vivenciando. A mesma música que escutei ontem para dormir pode não funcionar hoje, pois meu estado de humor é outro. Um dia vamos dormir tristes, outro com raiva, outro animados, outro exaustos. E possivelmente uma mesma música não tenha o mesmo efeito relaxante nessas diferentes situações.
Músicas podem trazer lembranças que, ao invés de nos fazer adormecer, podem nos deixar mais acordados. Por todas essas questões, a escolha de músicas na hora de dormir deve ser criteriosa para não provocar o efeito contrário, nos deixando mais acordados. E quem melhor poderá decidir qual é a música mais indicada para dormir é a própria pessoa. Se estamos agitados talvez começar escutando uma música agitada e aos poucos músicas mais calmas, provocará um efeito relaxante maior que escutar somente músicas calmas.
É inviável pensar em receitar uma única música que induza todas as pessoas ao sono. Depende de cada um. Não é a música clássica ou a música orquestrada como muitos recomendam, são as músicas que provocam relaxamento para cada um e que condigam com o gosto musical e o momento que se está passando. Poderia-se pensar em avaliar os gostos musicais da pessoa e o que ela gostaria de ouvir em cada estado de humor, e só assim, indicar algumas músicas, ainda correndo o risco das músicas não induzirem ao sono sempre, já que o gosto musical e estado de humor variam.
Para os bebês existem diversos cd’s com músicas para o bebê dormir, algumas são canções com o timbre de caixinhas de música. Cabe à mãe escolher um cd de músicas calmas que realmente transmitam conforto e relaxamento para seu bebê, podendo ajudar muito na hora de dormir. Importante também são as canções de ninar cantadas pela figura da mãe, que fortalecem a relação mãe-bebê oferecendo segurança e tranquilidade na hora de dormir.
Luciana Steffen - lucianamt@espacodomquixote.com.br
Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote
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