
Autismo e o programa Son-rise

Espaço Dom Quixote na Escola Sagrado Coração de Jesus

Palestra: Adolescência e Drogas

Supervalorização do Corpo

Atualmente os homens têm experimentado a mesma pressão que as mulheres no sentido de adquirir a forma física perfeita. Se isso não bastasse, também é cada vez mais cedo que tal preocupação se inicia.
Cresce diariamente o número de adolescentes do sexo masculino buscando alternativas para satisfazer o padrão determinado para os músculos, a pele e os cabelos, na maioria das vezes ultrapassando o interesse benéfico para tornar-se uma aflição constante.
Até parece estranho quem consegue escapar dessa armadilha. E se consegue, não demora a ser cobrado por alguém, afinal esse é o modelo esperado de comportamento exigido pela sociedade consumista, competitiva e fanática que vivemos. Cultura essa que impõe o padrão estético desde os brinquedos, nada ingênuos, que são fabricados para nossas crianças.
Aliás, estudos sobre a popular boneca Barbie confirmam o que todo mundo já sabe. A boneca foi ficando cada vez mais magrinha no decorrer dos anos. Qualquer um pode ver que se a boneca tivesse a altura de uma mulher de verdade, hoje ela teria uma cintura de apenas 40 centímetros. À medida que a Barbie foi ficando cada vez mais fina, os bonecos e os heróis masculinos também foram ficando muito mais musculosos.
Assim são enviadas as mensagens para as crianças desde muito cedo sobre quais são as regras de beleza impostas no mundo adulto. E o pior é que esse corpo ideal, de magreza para as mulheres e músculo para os homens, é muito complicado para a pessoa comum atingir.
Mesmo para as pessoas que podem investir e dedicar a vida exclusivamente para se tornarem mais belas, mais jovens e mais fortes, a satisfação não é permanente. Assim como não é fácil nem para os atletas e bailarinos, que também se queixam sobre como é difícil manter por longos períodos tais obrigações estéticas, torna-se compreensível, portanto, que milhões de adolescentes se sintam infelizes com o que vêem no espelho.
O que eles precisam entender, principalmente no caso de ganho de massa muscular, é respeitar a sua origem biológica, que todo corpo tem um limite genético, um potencial de crescimento próprio, quando o desenvolvimento muscular atinge o máximo possível. Para ultrapassar a natureza, acelerar o seu crescimento, só de forma artificial, com anabolizantes, o que muitos modelos de perfeição fazem e não admitem. Ninguém quer reconhecer que usa uma droga que pode causar distúrbios psiquiátricos, infertilidade, impotência sexual, sobrecarga dos rins, câncer de fígado e de próstata, ainda que só se perceba a longo prazo.
De fato, as pessoas que recorrem aos perigos da beleza artificial, que buscam a imagem ideal como único objetivo de vida, se tornam reféns de todo esse contexto de cobrança contínua, e os seus prejuízos virão mais cedo ou mais tarde, dado que o ideal de perfeição é inatingível.
Justamente nesse ponto que a indústria da vaidade aposta. Ela é a que mais lucra e comemora fazendo as pessoas se sentirem inseguras quanto aos seus corpos. Por isso é imprescindível se conversar sobre o assunto com as crianças e os adolescentes. Ninguém discorda que a autoestima é importante, a pessoa se sentir bonita é bom, mas nada que a faça sofrer demais, obrigando-a a arriscar a saúde para ser saudável. Até porque, na vida real há muito mais que quantidade de músculos ou tamanho de cintura para se admirar nas pessoas.
Andréa de Espíndola
Psicóloga e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote
Espaço Dom Quixote no Colégio Sinodal da Paz de Novo Hamburgo
19 de abril: Dia do Índio e brincadeiras que desenvolvem

O Dia do Índio foi criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540 de 1943. Sabe-se que o povo indígena é ligado à terra, não para ter dinheiro, mas para sua sustentabilidade. Infelizmente, muitas comunidades indígenas perderam grande parte do seu território.
No entanto, as crianças indígenas possuem muitos brinquedos feitos de palha, madeira e barro. Normalmente, os adultos fabricam para as crianças animais de palha para iniciarem as suas brincadeiras. Em geral, os brinquedos representam os objetos usados na sociedade e, além de fazerem as crianças se divertir, esses objetos as educam para as tarefas que terão de realizar quando se tornarem adultas.
Poder brincar de arco e flecha, jogar pião, caminhar com perna de pau ou aprender a jogar cama de gato, envolve muitos movimentos motores na sua realização além de proporcionar conhecimento e desenvolvimento.
Nas aldeias não existe vídeo-game ou televisão, mas existem partidas de pião e corridas de perna de pau.
Você já imaginou a sensação de alegria e prazer ao realizar essas atividades em conjunto com a sua turma ou até mesmo com o seu filho?
Cada uma dessas brincadeiras proporciona o aumento de adrenalina no sangue, torna emocionalmente confiante a criança, possibilita o aprimoramento dos movimentos motores amplos e finos, como segurar lápis e borracha, segurar pratos e talheres. Assim como, ao jogar peteca, o equilíbrio é desenvolvido e as percepções do espaço à sua volta se aprimoram.
Entretanto, em todas essas brincadeiras, as noções básicas de educação e sensibilidade (como as regras sociais) são passadas e absorvidas pelas crianças maior tranqüilidade e aceitação. Assim, o jogo, a brincadeira se torna mais divertida e os conceitos fundamentais de ensino-aprendizagem são mais facilmente absorvidos.
Aproveite o Dia do Índio e divirta-se!
Priscila Straatmann
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote
Pai Canguru

Atualmente, ao falar-se em bebês de alto risco ou prematuros, logo pensamos no Método Mãe-Ganguru. Neste método valoriza-se o contato pele a pele e formação de vínculo familiar. Normalmente o bebê é colocado junto ao peito da mãe envolvido por uma fraldinha que “abraça” os dois. Neste momento, o bebê se acalma e aceita melhor os toques invasivos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). É importante fazer a ressalva que somente bebês com um quilo podem participar do método.
Assistindo a uma cena da novela Cama de Gato, percebi que outro termo anda circulando pelas UTIs neonatais: o pai-canguru. Tão importante quanto a mãe nesta fase de recuperação e ganho de peso para enfim sair da incubadora. Mas, é importante que o pai esteja seguro para abraçá-lo.
Ao contrário do que se pensa, os homens não se assustam com a responsabilidade de serem pais-canguru. O choque inicial, ao ver o bebê cheio de fios é superado pela segurança ao pegar o bebê. Neste momento, ocorre a perda do sonho do bebê saudável e passa-se a sonhar com aquele pequeno bebê que necessita de auxilio.
O desenvolvimento da criança, neste período depende muito da díade primária (mãe-filho/ pai-filho) que o conecta ao mundo externo permitindo que ele tome consciência de cada ambiente. A díade primária, depois de consolidada pelo apego emocional, resignifica a dor dando condição para a existência ou não da situação sofrida. Essa relação se estabelece através do olhar e do reconhecimento da voz materna e paterna. Depois, ao longo da internação, a relação funciona pelo toque prazeroso e pelo aconchego do colo proporcionando a estruturação do sujeito e a valorização do vínculo amoroso tão essencial neste momento.
Interessante pensar que esse contato, essa troca de olhares e de conversas baixa, consideravelmente, o nível de cortisol no sangue do bebê (o hormônio do estresse), deixando o bebê mais calmo e menos choroso. Mais receptivo ao tratamento e ganhando 100 gramas ao dia. Suas condições vão melhorando e a quantidade de aparelho e fios vão diminuindo.
Gosto de pensar que nesse momento são três corações batendo em prol de um, um pequeno ser em desenvolvimento, frágil e envolvido no corpo do pai agora já que a mãe o levou por alguns meses em seu corpo.
Trabalho bonito. Aos pais com carinho.
Priscila Straatmann
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote
NÃO PERCA!!! Palestra hoje: Como as crianças aprendem a falar e o que pode prejudicar esse desenvolvimento

A comunicação é essencial em nossas vidas. Saiba como algo tão complexo pode ser adquirido por crianças tão pequenas!
Tema: aquisição de linguagem e distúrbios de comunicação
Conteúdo Abordado:
• O que é linguagem?
• Etapas do desenvolvimento da linguagem;
• Produção das primeiras palavras e sons;
• Porque meu filho fala errado?
• Distúrbios da comunicação que atuam durante os períodos pré escolar e escolar.
Data: 14 de abril
Horário: 19h
Público Alvo: Pais, educadores e profissionais de saúde.
Informações: as atividades têm duração de 1h com direito a certificado. Para realizar sua inscrição, basta entrar em contato com o Espaço Dom Quixote e manifestar interesse – tel: 51 3037.7167.
Investimento: R$ 18,00
Problemas de aprendizagem, o que são?

Já que atualmente estão ocorrendo dois cursos sobre os transtornos da infância em nossa clínica, leia um pouco mais sobre os problemas de aprendizagem que podem ocorrer durante o período escolar.
Num primeiro momento da história, percebe-se que os problemas de aprendizagem estavam vinculados a problemas orgânicos, que poderiam ser facilmente detectados.
Problemas de aprendizagem já foram associados ao QI baixo, ou seja, a um déficit intelectual. Alguns autores, não contentes e não concordando com a idéia de que a dificuldade de aprendizagem seja atribuída apenas ao déficit intelectual, passaram a relacioná-la a um contexto maior, envolvendo: dificuldades afetivas da criança, tanto com a família quanto com professores e colegas na escola, bem como a inadequação dos métodos utilizados pela educação escolar, ampliando, assim, a compreensão do sujeito da aprendizagem para além do orgânico associado ao contexto da aprendizagem.
Na década de 70, os problemas de aprendizagem, principalmente de crianças economicamente desfavorecidas, eram relacionados aos problemas sociais, uma vez que essas crianças viviam em carência de nutrição, saúde e cultura considerando que as mesmas eram menos capazes de aprender.
Psicopedagogia entende as dificuldades de aprendizagem como a manifestação de um sintoma, considerando o sujeito da aprendizagem nas dimensões do corpo, organismo, inteligência e desejo e, também, como uma manifestação de fracasso escolar.
Com o passar do tempo e com os estudos realizados podemos perceber, a partir de novas teorias, a compreensão de que essas dificuldades podem ser expressas pelo sujeito de diversas formas e a partir de várias causas. A Psicopedagogia, por exemplo, refere que a dificuldade de aprendizagem é um sintoma que surge a partir das relações entre a criança e o meio em que vive, podendo também ser explicada pela inadaptação da prática escolar às necessidades do aluno, ou seja, os chamados processos reativos, configurando-se como o fracasso escolar.
Alguns professores idealizam os alunos para os quais eles querem ensinar e tal atuação faz com que todos os alunos que não se enquadrem no padrão estabelecido não consigam adaptar-se à metodologia do professor. Essa postura dificulta o processo de relações e construção da aprendizagem pelos alunos, assim como as trocas com professores e alunos, necessárias para que o processo de aprendizagem ocorra de forma tranqüila. Outro fator que dificulta as relações de aprendizagem das crianças na escola refere-se à falta de importância dada às vivências e construções anteriores, sendo tratadas como papéis em branco que precisam ser preenchidos ao entrarem na escola.
A escola, como um espaço de construção do conhecimento tanto para alunos quanto para professores, deve ser um local agradável, sedutor e prazeroso, para que a aprendizagem seja um processo tranqüilo. A escola como um todo precisa ter clareza da concepção que sustenta as relações de aprendizagem.
Clarissa Paz de Menezes
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote
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Fisioterapia pediátrica no Espaço Dom Quixote

A fisioterapia pediátrica estimula a criança através de situações funcionais vivenciadas no dia a dia, reabilitando suas funções e habilidades já existentes e estimulando outras. Ela tem como base a avaliação, o planejamento e a execução do programa, as orientações e as reavaliações periódicas. O início da fisioterapia, geralmente, ocorre por meio da avaliação, buscando identificar as limitações, as dificuldades, as alterações, as capacidades, os interesses e as necessidades de cada criança. A partir da avaliação, deve ser elaborado o programa terapêutico, de acordo com as necessidades da criança, em conjunto com os pais.
O brincar deve ser utilizado ao máximo, em todos os procedimentos, como uma estratégia útil para incentivar a participação da criança na realização das atividades desejadas na fisioterapia. Dessa forma, os jogos e as brincadeiras podem estar presentes tanto na avaliação, quanto nos atendimentos de fisioterapia. A presença das atividades lúdicas deve ocorrer de maneira intencional e planejada pelo fisioterapeuta, durante os atendimentos. O lúdico na fisioterapia caracteriza-se como uma atividade-meio, ou seja, um recurso que tem como finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos. Embora para a criança a atividade lúdica possa ser considerada como brincar, busca-se o alcance dos objetivos estabelecidos.
Portanto, o grande objetivo da fisioterapia pediátrica é reabilitar, prevenir através de atividades que a criança goste e se divirta!
Priscila Votto Fernandes
Fisioterapeuta do Espaço Dom Quixote
Dia Mundial da Saúde

O chocolate de Páscoa...
