
A Páscoa: os alimentos e sentimentos envolvidos

PÁSCOA: é possível escapar dos excessos alimentares?

Vem chegando a Páscoa! Novamente começa a aventura dos pais, padrinhos, tios, irmãos, avós nas gôndolas de supermercados, atrás dos tão desejados ovos de chocolate, cestas, guloseimas, com os quais as crianças já começaram a sonhar faz tempo. Nas embalagens, a estampa dos personagens e heróis preferidos. Do lado de dentro, um requisitado brinquedo, mas, além disso, também muito açúcar e gordura, principalmente saturada e trans (aquelas, prejudiciais ao coração). Mesmo assim, fica difícil dizer ‘não’ aos pequenos (às vezes, nem tão pequenos!).
Vale o questionamento: como ajudar as crianças com excesso de peso, ou com algum problema de saúde (como colesterol ou glicemia elevados), ou mesmo aquelas com o peso adequado, porém com uma alimentação pobre em frutas, verduras e rica em guloseimas (doces, frituras, salgadinhos...) a controlarem a ingestão alimentar das “delícias de Páscoa”?
O primeiro ponto é a moderação. Converse com os outros familiares, acorde que NÃO é necessário cada “dindo/a” ou tio/a dar uma cesta cheia de chocolates à criança. Quem sabe não dão uma cesta em conjunto? Ou então se combina que alguns dão outro presente, de necessidade e/ou desejo da criança (mochila, roupa, calçado...)? Que tal?
Outro aspecto é que o exemplo vem de casa. Reflita: é necessário preparar um churrasco, “salada” de maionese, arroz e mais duas ou três variedades de sobremesa? Além, é claro, do café da tarde, com bolos, chocolates, refrigerante, cappuccino, sorvete? Acho que você me entendeu. A conduta a ser cuidada não deve ser somente a do filho que “come muito chocolate na Páscoa”, mas também (e por que não dizer, principalmente) a do pai/mãe, que além de comer, prepara, oferece e é conivente com a oferta de excessos nessa época do ano. Vamos guardar uma caixa de bombons e doar algumas das guloseimas para crianças que não receberam nada nesta Páscoa? É uma atitude solidária e que faz bem à saúde!
Que tal envolver seu filho em atividades sadias desde a época que precede a Páscoa? Pintura de ovos, recortes, colagens e montagens/dobraduras de motivos de Páscoa, preparo de receitas caseiras práticas e saborosas, elaboradas com ingredientes saudáveis, em conjunto com seu filho, são certamente ações que irão aumentar a interação com seu filho/a, o conhecimento e desenvolvimento dos pimpolhos, além de reduzir as expectativas e a importância daquele antes tão desejado ovo de Páscoa com brinquedo. São momentos como esses que ajudam a ensinar e/ou resgatar o real significado da Páscoa. Vamos tentar?
Caso não seja possível escapar totalmente dos doces e chocolates (porque ninguém é de ferro), lembre-se: escolha sempre aqueles sem gorduras trans e com a menor quantidade de gorduras saturadas e de açúcar (infelizmente, poucos produtos brasileiros discriminam a quantidade de açúcar contido nos produtos alimentícios). Os chocolates ‘meio-amargo’ e ‘ao leite’ (nessa ordem) são preferíveis ao ‘branco’ (esses últimos mais ricos em gordura e açúcar).
Segue abaixo uma receita para inspirá-los a criar e a inovar nessa Páscoa:
Bolo de cenoura integral
Ingredientes:
2 ou 3 cenouras médias
meia xícara de óleo
3 ovos
11/2 xícara de açúcar mascavo
2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral ou 1 xícara de farinha integral e ½ xícara de aveia em flocos finos
1 colher (sopa) de fermento em pó
Modo de preparo:
Bater muito bem as cenouras, o óleo, os ovos e o açúcar mascavo no liquidificador, por mais ou menos 5 minutos em velocidade alta. Em uma vasilha misturar a farinha e o fermento
Débora Kilpp
Nutricionista do Espaço Dom Quixote
Entendendo as mudanças e necessidades da adolescência atual

Oficina de Brincadeiras que desenvolvem

“Brincar é como um rio que corre e nós adultos somos as margens que servem para ele correr, é uma força da natureza, não podemos ensinar para a água, ela corre por si.” Amarante (2009)
Estas oficinas possuem como foco atividades, jogos e brincadeiras que promovam o auxílio na vivência plena da infância; permitindo que pais curtam mais o tempo com seus filhos e que educadores consigam desenvolver ainda mais seus alunos, focando na concentração, limites e noção de estrutura corporal e ambiental.
FIQUE ATENTO!
30 de Março: culinária divertida
20 de Abril: brinquedos com sucata
25 de Maio: brincando com os sentidos e as palavras
22 de Junho: atividades para acalmar
PÚBLICO ALVO: pais, educadores, cuidadores
HORÁRIO: 19h
INVESTIMENTO: 1 oficina - R$ 30,00 / Pacote com 4 oficinas - R$ 100,00
As oficinas acontecem uma vez por mês e você pode optar por fazer apenas uma delas ou o pacote todo, por um valor mais acessível! Para se inscrever, entre em contato conosco pelo fone 3037.7167 ou pelo e-mail recepcao@espacodomquixote.com.br
Curso DISTÚRBIOS NA INFÂNCIA: Uma visão Transdisciplinar

NÃO PERCA ESTE CURSO PROMOVIDO PELO ESPAÇO DOM QUIXOTE!!!
OBJETIVO: Colaborar com o entendimento dos distúrbios na infância, através de uma visão transdisciplinar, compreendendo a criança como um sujeito biopsicossocial, oferecendo aos profissionais da saúde e educação e aos pais um entendimento a respeito destes transtornos e dicas de um manejo apropriado para cada situação.
PÚBLICO ALVO: educadores, profissionais da área da saúde e pais.
DATAS: segundas-feiras – 12, 19 e 26 de abril, 03 e 10 de maio
HORÁRIO: 19 h às 22h
TURMA: até 20 participantes. Vagas limitadas.
INVESTIMENTO: R$100,00 à vista ou 2x R$ 50,00
CARGA HORÁRIA: 15 h/aula - com emissão de certificado!
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Como se dá o processo de aprendizagem?

O sujeito inicia seu processo de aprendizagem no momento em que nasce, mas é na escola que se dá mais ênfase a este processo, causando muitas discussões sobre qual a melhor maneira de facilitar a aprendizagem do sujeito.
Há quem acredite que a melhor maneira de ensinar uma criança é através do Empirismo, ou seja, o professor fala, o professor manda, o professor é o detentor de todo o conhecimento, o aluno torna-se um mero receptor, considerado uma folha em branco a qual somente o professor poderá completar.
Outra forma de aprendizagem é o apriorismo, modelo que é mais difícil de se aplicar, pois vê o professor somente como um facilitador, que se envolve com o aluno o mínimo possível, transferindo para o sujeito praticamente toda a responsabilidade sobre a sua aprendizagem.
Piaget, a partir de estudos, chegou ao construtivismo, pressuposto muito utilizado em escolas que acreditam que é a partir das relações do ser humano com este mundo, sendo com pessoas ou objetos, repleta de trocas indispensáveis, que a construção de conhecimentos é realizada pelo ser humano. Todas as nossas relações com o outro, seja pessoa, objeto ou animal, são dotadas de afetividade. E é a partir dessas relações que se dará o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral da criança.
Segundo Piaget (1985), para construir seu conhecimento, a criança passa pelos processos de assimilação e acomodação para transformar a sua realidade, adequando-a aos novos conhecimentos. Quando surge um novo interesse e/ou necessidade, a criança primeiramente assimila o objeto buscando o máximo de informações possíveis sobre o que se trata. Após essa assimilação, ela acomoda suas novas descobertas fazendo um equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, adaptando esse novo conhecimento à sua realidade, para a sua incorporação.
Cabe ao professor facilitar este processo de aprendizagem da criança, oferecendo recursos e apoio necessário para que esta construção se de maneira tranqüila e prazerosa.
Clarissa Paz de Menezes
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote
Estimular a Leitura

Em muitas famílias o início do ano escolar gera ansiedade não apenas nas crianças, mas também muitos pais acabam passando por momentos de angústia. Sempre há muita preocupação com relação ao processo de aprendizagem das crianças, situação bastante verificada entre os pais com crianças em fase de alfabetização. A dúvida “será que meu filho vai aprender a ler e escrever?” já preocupa os pais desde o início do ano.
É importante ressaltar que o processo de aquisição da linguagem escrita é lento e o tempo de cada criança deve ser respeitado. Ansiedade em demasia só atrapalha o desenvolvimento da aprendizagem.
Mas de que maneira os pais podem auxiliar nesta etapa?
Sabe-se que a leitura é fundamentalmente aprendida na escola, mas a quantidade e o tipo de apoio que a criança recebe em casa afeta significativamente o seu progresso. Sem a preocupação dos pais em serem professores de seus filhos, eles podem através de brincadeiras estimular as crianças.
Quanto mais as crianças estiverem em um ambiente rico em informações e estímulos, melhores serão seus resultados escolares. Estimular o hábito da leitura já pode ser iniciado antes mesmo da alfabetização. Deixe ao alcance das crianças livros de histórias infantis e utilize eles nas brincadeiras. Incentive seu filho a folhear os livros e a imaginar as histórias sem precisar ler, chame a atenção para as imagens e indague a criança sobre o que está acontecendo e o que pode acontecer a partir de uma determinada gravura. Conte histórias e peça que seu filho as repita, faça perguntas a respeito dos personagens. Crie novas histórias a partir de uma já conhecida.
A estimulação do diálogo, da construção de frases, da intenção de se comunicar é muito importante para o desenvolvimento da aprendizagem. Estimule a linguagem oral de seu filho de uma maneira geral. Alguns sinais de dificuldade de linguagem como vocabulário pobre e sem variedade, frases muito simples e trocas na fala podem ser indicativos de dificuldades de aprendizagem futuras.
Não se esqueça que a criança é fortemente estimulada pelo ambiente, se ela vê o pai ou a mãe lendo o jornal, um livro ou revista, ela se interessará mais pela leitura. Não transmita preocupações para seus filhos, mostre o mundo das letras e viva junto com seu filho esta etapa tão fascinante do desenvolvimento da aprendizagem.
Fernanda Helena Kley
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote
Dia Internacional da Mulher: atenção para a precocidade das meninas!

Inclusão de alunos com deficiência em sala de aula

Mais um ano letivo se inicia e com isso novos alunos chegam. Cada qual com sua individualidade e necessidade. Alguns necessitam de um olhar mais específico e um auxílio maior para realizar as atividades propostas de sala de aula.
Atualmente, os alunos com deficiência estão passando uma crescente parte de seus dias incluídos em salas de aula regulares. No entanto, o ambiente escolar continua inacessível para esses alunos com deficiências físicas ou sensoriais. O professor deve ficar atento à participação ativa e passiva desse aluno.
A participação ativa envolve manipular materiais de aprendizado, fazer escolhas, interagir com os professores e colegas. Enquanto na participação passiva o aluno permite que outro colega tome decisão por ele, complete suas tarefas, ficando inativo no ambiente escolar.
O professor deve tomar cuidado na hora escolher suas atividades a modo de poder adaptá-las à necessidade não só da turma, mas também do aluno especial que está inserido nesse contexto.
Além de proporcionar o ensinamento de conteúdo, o professor estará trabalhando conceitos de cidadania, respeito, coleguismo, união, quebrando pré-conceitos, além de proporcionar o crescendo individual de cada criança para o futuro.
O professor que ainda não se sente preparado a trabalhar com tantas diferenças, pode começar se questionando como está a participação de cada aluno nas áreas abordadas em sala de aula. Depois, pode refletir o quanto o aluno com deficiência necessita de auxílio para realizar suas tarefas em aula
Concluído esse pensamento, você professor pode solicitar auxílio de um profissional que ajude no andamento da turma e do aluno especial. Assim, todos serão incluídos de forma integral dentro de suas necessidades e o professor se sentirá mais tranqüilo em seguir seus projetos com auxílio e cooperação dos alunos, dentro e fora de sala de aula.
Cada deficiência tem um tipo de absorção maior do conteúdo, por exemplo, alunos com deficiência auditiva, não percebem o som com tanta clareza, os deficientes visuais, lêem com as pontas dos dedos, os deficientes físicos podem jogar e brincar com sua imaginação.
Leve seus alunos para passear em um jardim sensorial, por exemplo, e permita que eles explorem seus sentimentos e atitudes. Em meio a sons, cheiros e texturas diferentes as crianças podem explorar, através de trilhas, o contato com o ambiente, podem experimentar angústias, surpresas, alegres, medos e tranqüilidade!
Priscila Straatmann
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote
Dicas de volta às aulas

As aulas recomeçaram! É hora de retomar a rotina!
Volta às aulas é motivo de felicidade, é hora de rever os amigos e contar as novidades: sala nova, professores novos, materiais novos... mas sempre resta aquele sentimento de tristeza porque as férias acabaram.
Nada mais de festas todo final de semana, encontros diários com amigos e poder dormir e acordar a hora que quiser. As férias vão passando e quando nos damos conta, as aulas já começaram. Pode acontecer até mesmo de você não ter nem comprado os materiais escolares e o quarto estar tão bagunçado que é impossível você achar o que procura. Enfim, a confusão está formada e você já está ficando mal humorado! Depois de alguns meses de descanso, é natural que você demore um pouco para voltar ao ritmo normal de estudo e fique disperso, desatento e mais lento.
Pois bem, chega de reclamar! É hora de parar e pensar a melhor maneira de se preparar para o ano letivo que está iniciando!
1. Comece dando “uma geral no seu quarto”. Coloque fora papéis usados que não irá mais precisar, separe nas prateleiras os materiais, coloque etiquetas nas pastas, separando materiais de cada disciplina diferente e providencie um mural para colocar os horários das aulas, dias de provas e compromissos que não poderá esquecer!
2. Aprenda a administrar seu tempo para que consiga realizar tanto as atividades prazerosas quanto cumprir as obrigações relacionadas à escola. Fazer uma tabela com seus horários e separar a hora de estudo da hora do lazer em frente ao computador, é uma idéia!
3. Programe-se para não deixar tarefas para a última hora. A melhor saída é ir organizando-se aos poucos com relação a como estudar ao longo do ano: com calma e sem pressões, fica mais fácil aprender e estudar.
4. Não espere as aulas ganharem ritmo acelerado para se organizar. Comece, desde já, a mexer no material diariamente e a dar uma “espiadinha” nos conteúdos que vai aprendendo. Assim, você já entra no ritmo das aulas e quando as provas começarem você já estará preparado!
Seguindo essas dicas, o ano certamente vai correr bem, vai sobrar tempo para o lazer, para o computador, para ir na casa dos amigos e não será preciso passar pelo “aperto” do final do ano passado, lembra?
Fabíola Scherer Cortezia
Psicóloga do Espaço Dom Quixote