RSS

AEE – Atendimento Educacional Especializado



A educação da criança deficiente é um desafio constante para pais e educadores que buscam auxiliar os alunos no processo de inclusão. 

O Espaço Dom Quixote oferece o Atendimento Educacional Especializado (AEE), um serviço que busca identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade para os alunos portadores de deficiência ou transtorno do desenvolvimento, considerando suas necessidades específicas. 

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, realizando um trabalho em conjunto com a escola, visando a autonomia e independência na escola e fora dela, através da adaptação de materiais, tecnologias assistivas e atendimento especializado e adequado às necessidades de cada estudante. 

O Atendimento Educacional Especializado é indicado para crianças com deficiência física, intelectual, sensorial, transtornos gerais do desenvolvimento e altas habilidades, atuando com crianças e adolescentes de todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino médio.

Dicas para ajudar seu filho a falar corretamente



- Fale devagar; 

- Articule bem as palavras; 

- Peça para seu filho observar o movimento da sua boca; 

- Converse bastante com seu filho; 

- Leia histórias; 

- Dê o modelo correto das palavras. 

Através das situações do cotidiano podemos criar um mundo de possibilidades para desenvolver a fala das crianças. 

Então... VAMOS CONVERSAR!


Daniela Pinto - danielafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

Por que as crianças vão ao analista?



Muitas vezes, quando me apresento como psicóloga de crianças e adolescentes, escuto a pergunta: “Mas por que as crianças vão ao analista?” Em resposta à duvida de muitas pessoas, encontrei o texto abaixo no livro “Divã: Janelas para o Cotidiano”, da psicanalista Magda Mello e pensei em compartilhá-lo com vocês! Boa leitura! 

Fabíola Scherer Cortezia – Psicóloga, especialista em Infância e Adolescência


Repensando a clinica infantil historicamente, pode-se dizer que, antigamente o analista escutava a partir de um lugar de quem sabia tudo e como iria investigar e localizar a onde os pais teriam “errados” com a criança. Era como se alguém tivesse cometido um “crime”, um erro, ou como se a criança tivesse necessariamente traumatizado com algo. O terapeuta de crianças se parecia mais com um detetive atrás de fatos da história que comprovasse a sintomatologia, do que um profissional de saúde. 

Nos tempos atuais, nós psicólogos / analistas escutamos a criança através dos pais atravessados pela dor psíquica que paira no ambiente familiar. Hoje, na era pós-freudiana, escuta-se de forma mais aberta: ouve-se o que o outro sente, amplia-se o espaço para pensar juntos e a proposta de tratamento ou de intervenção terapêutica resulta de um trabalho a partir do reconhecimento da dor, aliada à curiosidade de conhecer as demandas inconscientes. Decifrar o padecimento de uma criança e de uma familiar é possibilitar a apropriação de uma história singular. Reconhecer os limites de cada um possibilita abrir um espaço para fazer circular o desejo e o prazer de conviver. 

A análise ou terapia possibilita a modificação dos ruídos, sintomas e descompassos na relação criança / pais, a partir da relação terapêutica. Lembrando que, em tempos de volta as aulas, os pais precisam ficar atentos ao retorno de manifestações sintomáticas que ficaram adormecidas durante as férias. Dificuldade na aprendizagem pode ser sinal de bloqueios emocionais. 

A criança que, através do tratamento psicológico recupera a alegria, o prazer em brincar, o prazer em executar as tarefas escolares, que pode ser espontânea respeitando os limites que lhe são impostos pela cultura, na verdade recupera a saúde mental para seguir livre seu caminho. 

Consequentemente, a família se reorganiza e se liberta da culpa ou do sofrimento que carrega ao ver um filho perdido, muitas vezes sem rumo. 

Entender a trama familiar na quais a estão inseridos os infantes é o desfio atual na clínica de crianças, associada à solicitação social de respostas pontuais para sintomas que estruturam gradativamente no núcleo familiar ao longo das cenas relevadas dos mitos escondidos. Desvelar, desvendar e poderem pensar, junto com os pais, os sintomas da criança continua sendo o maior desafio da clínica de crianças na atualidade. É preciso repensar a infância!

Autismo e Nutrição


O autismo infantil tem chamado muito a atenção nos últimos anos, é descrito como uma forma de desordem neurológica de causa desconhecida, caracterizada pela deterioração e demora na interação social e na aquisição da linguagem, bem como déficit de habilidades com padrões de comportamentos repetitivos e de sintomatologia iniciada antes dos 3 anos de idade. 

Inúmeras hipóteses são citadas diariamente sobre a causa do autismo, além das anormalidades associadas com o desenvolvimento motor e comportamental, estudos observam alterações no metabolismo de nutrientes, principalmente das proteínas, do paciente com autismo. 

Pesquisadores acreditam que a nutrição tenha uma grande influência nos transtornos do espectro autístico, e acreditam que a alimentação pode interferir na saúde de uma criança autista, funcionando inclusive como um gatilho para a intensificação dos sintomas. 


A literatura científica tem reportado níveis sanguíneos elevados de gluteomorfina (peptídeos derivados da proteína do glúten) e a caseomorfina (peptídeos derivados da caseína). O aumento da concentração dessas substâncias está relacionado com alteração do nível de acidez estomacal, alteração da motilidade intestinal, redução do número de células nervosas do sistema nervoso central e inibição da neurotransmissão. 

A partir desses achados surgiram algumas hipóteses sobre a possível relação entre autismo e distúrbios do metabolismo proteico, correlacionando o consumo das proteínas derivadas do leite e glúten ao agravamento dos sintomas do transtorno autístico. Pesquisas relatam que crianças autistas que aderiram a uma dieta isenta de caseína e glúten apresentaram melhora dos sintomas. 

O que acontece é que quando esses alimentos são retirados, geralmente melhora-se o estado geral: melhora a concentração, diminui a hiperatividade, a cognição e a socialização. Isso ocorre porque a grande maioria dos autistas, apresentam deficiência enzimática, principalmente da enzima dipeptidilpeptidase IV (DPPIV), responsável por hidrolisar (quebrar) essas proteínas. Além disso, costumam apresentar disbiose e hipermeabilidade intestinal e, dessa maneira, esses peptídeos (fragmentos de proteínas) acabam passando pela membrana intestinal, caindo na corrente sanguínea, atravessando a barreira hematoencefálica e chegando ao cérebro, agindo como drogas opióides semelhantes a heroína e morfina. 

O fato é que a dieta isenta de glúten e caseína ganhou fama mundial como “a dieta do autismo” sendo muito infeliz, pois ela cobre apenas uma parte bem pequena do problema. 

E aproveitando-se da tal fama da dieta, as indústrias do setor alimentício lançaram no mercado uma infinidade de produtos com o rótulo “livre de glúten” e/ou “livre de caseína”, dando aos pais uma falsa sensação de segurança: se é livre de caseína e livre de glúten, então o produto deverá ser bom para meu filho autista, porém são produtos repletos de gorduras e açúcar, em alguns casos cheios de adoçantes artificiais, carboidratos refinados, gorduras alteradas e desnaturadas, proteínas alteradas e desnaturadas e outras tantas substâncias que crianças autistas jamais deveriam consumir. 

Portanto, eliminar o glúten e a caseína da dieta de crianças autistas pode ser um tratamento alternativo, e sim, pode se ter resultados satisfatórios, porém nem sempre em todos os casos. 


O que não podemos esquecer é que as crianças autistas, assim como todas as crianças, precisam de uma alimentação de qualidade, o mais natural possível, repleta de frutas e vegetais frescos, retirando-se possíveis alimentos alergênicos, alimentos industrializados, açúcar e aditivos químicos em geral. 


Cristine Cassel - cristinenutri@espacodomquixote.com.br 
Nutricionista do Espaço Dom Quixote

Pátria amada, Brasil!


Família e Adolescência



Sugestão de leitura sobre o tema!

FAMÍLIA E ADOLESCÊNCIA: a influência do contexto familiar no desenvolvimento psicológico de seus membros

Autores: Elisângela Maria Machado Pratta, Manoel Antonio dos Santos
(Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 2, p. 247-256, maio/ago. 2007)

Fragmentos do artigo: 

A família, desde os tempos mais antigos, corresponde a um grupo social que exerce marcada influência sobre a vida das pessoas, sendo encarada como um grupo com uma organização complexa, inserido em um contexto social mais amplo com o qual mantém constante interação (Biasoli-Alves, 2004). 

A partir da segunda metade do século XX a família passou (e continua passando) por um processo de intensas transformações econômicas, sociais e trabalhistas (Singly, 2000), sobretudo nos países ocidentais. Diversos fatores concorreram para essas mudanças, como o processo de urbanização e industrialização, o avanço tecnológico, o incremento das demandas de cada fase do ciclo vital, a maior participação da mulher no mercado de trabalho, o aumento no número de separações e divórcios, a diminuição das famílias numerosas, o empobrecimento acelerado, a diminuição das taxas de mortalidade infantil e de natalidade, a elevação do nível de vida da população, as transformações nos modos de vida e nos comportamentos das pessoas, as novas concepções em relação ao casamento, as alterações na dinâmica dos papéis parentais e de gênero. Estes fatores, entre outros, tiveram um impacto direto no âmbito familiar, contribuindo para o surgimento de novos arranjos que mudaram a “cara” dessa instituição (Biasoli-Alves, 2004; Romanelli, 2002; Scott, 2004). 


A família possui um papel primordial no amadurecimento e desenvolvimento biopsicossocial dos indivíduos, apresentando algumas funções primordiais, as quais podem ser agrupadas em três categorias que estão intimamente relacionadas: funções biológicas (sobrevivência do indivíduo), psicológicas e sociais (Osório, 1996). A função biológica principal da família é garantir a sobrevivência da espécie humana, fornecendo os cuidados necessários para que o bebê humano possa se desenvolver adequadamente. Em relação às funções psicológicas, podem-se citar três grupos centrais: a) proporcionar afeto ao recém-nascido, aspecto fundamental para garantir a sobrevivência emocional do indivíduo; b) servir de suporte e continência para as ansiedades existenciais dos seres humanos durante o seu desenvolvimento, auxiliando-os na superação das “crises vitais” pelas quais todos os seres humanos passam no decorrer do seu ciclo vital (um exemplo de crise que pode ser mencionado aqui é a adolescência); c) criar um ambiente adequado que permita a aprendizagem empírica que sustenta o processo de desenvolvimento cognitivo dos seres humanos (Osório, 1996).


Apesar da adolescência ser considerada por muitos como um fenômeno universal, ou seja, que acontece em todos os povos e em todos os lugares, o início e a duração deste período evolutivo varia de acordo com a sociedade, a cultura e as épocas, ou seja, esta fase evolutiva apresenta características específicas dependendo do ambiente sócio-cultural e econômico no qual o indivíduo está inserido (Osório, 1996). Entretanto, o conceito de adolescência, tal como conhecemos hoje, é uma construção recente do ponto de vista sócio-histórico. Admite-se, em geral, que essa fase do desenvolvimento humano tem início a partir das mudanças físicas que ocorrem com os indivíduos a partir da puberdade. Neste sentido, torna-se importante pontuar que puberdade e adolescência, apesar de estarem diretamente relacionadas, correspondem a dois fenômenos específicos, ou seja, enquanto a puberdade envolve transformações biológicas inevitáveis, a adolescência refere-se aos componentes psicológicos e sociais que estão diretamente relacionados aos processos de mudança física gerados neste período (Osório, 1996).


Torna-se imperativo investir em programas de orientação para pais com a finalidade de instrumentalizá-los para poderem lidar de forma mais adequada com seus filhos adolescentes, auxiliando-os a fornecer orientações mais precisas que sirvam de referência para os adolescentes frente a situações que necessitem de reflexão e tomada de decisões. Assim, os pais podem reduzir suas angústias frente à adolescência dos filhos e estes, por sua vez, podem ver os pais como um suporte emocional singular ao qual podem recorrer diante das dificuldades de ajustamento que enfrentam. 

Artigo completo disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v12n2/v12n2a05


Fernanda Soares Fernandes - fernandapsico@espacodomquixote.com.br
Psicóloga do Espaço Dom Quixote
Especialista em Psicologia Clínica - Terapia Cognitivo-Comportamental
Pós-graduanda/Especialista en Terapia de Casal e Família

Atividades pedagógicas com crianças autistas

A aprendizagem de uma criança autista é sempre motivo de ansiedade e insegurança para pais e professores. No entanto, é possível oferecer atividades interessantes e que possam auxiliar no vocabulário, fluência verbal, tolerância, segurança, organização de idéias e criatividade. 

A fim de auxiliar pais e educadores, seguem algumas idéias de atividades para serem realizadas com crianças e adolescentes. 

- Arquivo visual: Fazer um banco de figuras com diferentes animais, cores, eletrodomésticos, comidas, profissões, partes do corpo, lugares, entre outros. Este material facilita a ampliação do vocabulário e possibilita a realização de outras atividades. 


- Jogo da memória: É possível realizar o jogo da memória apenas com imagens, imagens e palavras ou ainda imagens e letras.




- Fluência: Coloque figuras diversas em frente à criança e peça uma delas, se a criança não responder ajude-a mostrando a figura correta e com a mão dela leve-a até a sua. 

- Formar orações: Com figuras de pessoas e ações peça que escolha uma figura de cada e monte uma pequena frase. (pessoa + ação) 



- Classes: Separe duas figuras de animais e uma de lugar, por exemplo. Pergunte a criança: “quais das figuras NÃO é um animal?” Nesta atividade é possível variar as imagens e as classes. 

- Contação de histórias: Separe figuras de pessoas, ações e lugares, colocando-as em três pilhas diferentes sobre a mesa, viradas para baixo. Ao virar uma carta de cada pilha, o jogador deverá contar uma pequena história com aquelas imagens. 


Aproveite essas idéias e crie também suas próprias atividades e brincadeiras. 

Divirtam-se! 


Virginia Pelizzoni – virginiapp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote