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Os tablets prejudicam ou melhoram o desenvolvimento da linguagem em crianças autistas

Com o avanço da tecnologia, muitos pais vêm se perguntando, o uso de tablets ou ”outro comunicador” vai prejudicar o desenvolvimento da fala, aprendizagem e comunicação do meu filho? 

Temos uma resposta BOA e outra RUIM. 

A RUIM 

Se o uso de tablets ocorrer de forma inadequada, sem o acompanhamento dos pais e/ou profissionais especializados, sim pode prejudicar o desenvolvimento da fala e social da criança. Caso utilizado de forma correta os tablets podem ser um sociabilizador, um facilitador da comunicação, apoio à aprendizagem e instrumento de intervenção, mas em sua maioria o tablet vem sendo usado como um brinquedo ou usado exclusivamente como um meio de “entretenimento” para a criança, com jogos que funcionam como um recurso para acalmar quando ficam diante de situações cotidianas que podem ser causadas na ansiedade ou sofrimento, desta maneira não damos à criança as ferramentas sociais necessárias para a vida e geramos uma associação que não é adequada. 

Precisa-se saber muito bem os aplicativos que vai usar para integrar o tablet, juntamente com um plano de intervenção que envolve a famílias, os terapeutas, os educadores e a criança. 



A BOA

Há uma característica muito positiva no uso dessas tecnologias: o poder de engajamento. A comunicação através dos tablets vai permitir ”demonstrar” o mundo verbal através de recursos visuais, o que facilita o desenvolvimento da aprendizagem e fala. No entanto as crianças autistas tem a possibilidade de transformar as informações em algo que possua aspecto verbal, visual, tátil e auditiva, como por exemplo, em um jogo de causa e efeito estimulante e com feedback contínuo, permitindo-lhes associar melhor o mundo verbal com o visual. 

Acredita-se que os tablets são uma ampla ferramenta de apoio quando usados perfeitamente. Ressalta-se que o uso profissional de sistemas de comunicação do tablet, é indispensável a colaboração das famílias e sempre devemos considerar o risco de que seja prejudicial quando não bem aplicada. Mas, de forma geral, podemos realmente perceber o potencial do tablet através da formação, metodologia e intervenção adaptativa usando programas que acompanham o desenvolvimento de cada criança. 


Fonte: autismodiario.org


Bruna M. Teixeira - brunafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote 

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