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Módulo de Brincadeiras e brinquedos


Fobias e Terapia Cognitivo-Comportamental


O sentimento medo é uma reação filogeneticamente determinada, desenhada pela evolução para nos proteger do perigo, podendo adquirir um caráter desadaptativo ou quantativamente desproporcional, dando origem também a condições clínicas (KNAPP, 2004). O medo será fóbico quando for considerado sem fundamento e absurdo pelo próprio paciente e quando for capaz de produzir sintomas comandados pelo sistema nervoso autônomo (BALLONE, 2005). 

O medo fóbico é específico e, na maioria das vezes, lança-se para o meio externo através de manifestações próprias do corpo, as quais, normalmente, afetam o sistema nervoso autônomo, levando a manifestações neurovegetativas, tais como: vertigens, pânico, palpitações, distúrbios gastrointestinais, sudorese e perda da consciência. Esses sintomas determinados pela fobia surgem sempre que o paciente se depara com o objeto fóbico (ibidem). 

A fobia é um sentimento de medo, injustificado e desproporcional, que se introduz e persiste no campo da consciência e se mantém ali, independente do reconhecimento de sua forma infundada e da intensidade com que se manifesta. A característica essencial da fobia consiste num temor patológico que escapa à razão e resiste a qualquer espécie de oposição, temor este dirigido a um objeto específico (ibidem). 

Segundo o DSM IV-TR (APA, 2002), entre os Transtornos de Ansiedade, temos a Fobia Específica. Sua característica principal é o medo acentuado e persistente de objetos ou situações claramente discerníveis em que, com frequência, o estímulo fóbico é evitado ou suportado com temor. O medo ou a antecipação ansiosa do encontro com o estímulo fóbico interfere significativamente na rotina diária, no funcionamento ocupacional (trabalho ou escola) e na vida social do indivíduo. O paciente também sofre maciçamente por ter a fobia. Essas pessoas experimentam um medo acentuado, excessivo ou irracional, na presença ou previsão do confronto com determinado objeto ou situação. 


O diagnóstico de Fobia Específica engloba cinco subtipos (DSM IV-TR, APA, 2002):

• Tipo Animal: o medo é causado por animais ou insetos; 

• Tipo Ambiente Natural: o medo é causado por objetos ou situações do ambiente natural; 

• Tipo Sangue-Injeção-Ferimentos: o medo é causado por sangue ou ferimentos ou por submeter-se a outros procedimentos médicos invasivos; 

• Tipo Situacional: o medo é causado por uma situação específica, como andar de ônibus, avião, elevador, dirigir, pontes ou permanecer em lugares fechados; 

• Outros Tipos: o medo é causado por outros estímulos, por exemplo, som alto. 

As Fobias Específicas parecem ser desenvolvidas de maneiras bastante heterogêneas, variando em função de diferenças individuais, de aspectos ambientais e de seus subtipos, entre outros fatores (FYER, 1998). A fobia específica, de forma geral, é uma psicopatologia de início precoce, ocorrendo por volta dos cinco anos de idade, sendo que, na maioria dos indivíduos, os sintomas se extinguem espontaneamente ainda na infância (KNAPP, 2004). Porém, há indivíduos em que a fobia permanece até a idade adulta, quando os níveis se ansiedade mantêm-se elevados (CAMINHA, 2003). 

A ênfase deste tratamento consiste na aquisição, pelos pacientes, da confiança para o enfrentamento daquilo que é evitado (CAMINHA, 2003). A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem psicoterapêutica fundamentada no modelo cognitivo, segundo o qual a emoção, o pensamento e o comportamento são determinados pela maneira como o indivíduo interpreta o mundo (BECK, 1997). O pressuposto básico da terapêutica cognitivo-comportamental das fobias específicas é de que o medo, da mesma forma que é aprendido, pode ser desaprendido. É como se durante o desenvolver da fobia, houvesse uma aprendizagem de um jeito, agora, por ocasião da terapia, a aprendizagem devesse ocorrer de um jeito contrário, associada a uma resposta mais adaptativa (WOLPE, 1961). 

O vídeo abaixo, para exemplificar, demonstra resumidamente, como é possível o tratamento e sua real mudança cognitiva e comportamental frente ao medo. 



Fernanda Soares Fernandes - fernandapsico@espacodomquixote.com.br
Psicóloga CRP 07/17156 do Espaço Dom Quixote
Especialista em Psicologia Clínica – TCC
Pós- Graduanda Terapia de Casal e Família

Vestibular e escolha profissional: precisa ser tão estressante?



Não posso nem tentar me divertir 
O tempo todo eu tenho que estudar 
Fico só pensando se eu vou conseguir 
Passar nesse tal de vestibular 
(Trecho da música “Química”, do Renato Russo) 

O momento da escolha profissional é bastante conflitante para os adolescentes. Cada vez mais cedo, meninos e meninas são pressionados a fazer sua escolha profissional, antes mesmo de se sentirem prontos para isso. 

O Ensino Médio é cada vez mais “puxado” nas escolas particulares e a busca por uma boa colocação no Enem, ou por um número grande de alunos que ocupe uma bela colocação nos mais concorridos cursos das universidades particulares, faz com que as escolas talvez possam estar exagerando na pressão. 

Recebo no consultório adolescentes no mais alto nível de estresse, devido à pressão exercida por pais e professores. As palavras ENEM, vestibular e escolha profissional lhe dão calafrios muito tempo antes de se ter que se deparar efetivamente com elas. 

Todos nós lembramos do quanto pode ter sido difícil para nós fazermos uma escolha profissional e do quanto investimos tempo e dedicação quando estávamos prestes a fazer o vestibular. No entanto, atualmente percebo que a pressão é demasiada e o que poderia gerar um estresse positivo, uma dedicação maior, mas realizada com afinco e entusiasmo, está se tornando uma tormenta para os adolescentes que tem medo de decepcionar seus pais e professores. Diante dessa situação, os adolescentes entram em “colapso nervoso”, começam a ir mal na escola, a ter vontade de chorar quando o assunto é escolha profissional e ficam excessivamente cansados, não tendo energia para investir nos estudos. 

É importante que qualquer pessoa, em qualquer fase da vida, tenha um tempo de lazer e descanso, e isso vale também para os adolescentes do Ensino Médio. Hora de estudo é hora de estudo, mas hora de relaxar é hora de relaxar, sem culpa! 

Estabelecer horários de estudo e horários de lazer faz com que os adolescentes não se sintam culpados durante o descanso e possam ser cobrados durante o momento de estudar. 

Os pais devem ficar atentos para não fazerem uma pressão excessiva sobre os filhos. É preciso abordar os temas como escolha profissional e vestibular como algo prazeroso e não como algo penoso, que deve ocupar todo o tempo do adolescente durante todo o período do Ensino Médio. 

Caso a família e a escola percebam que o adolescente está muito confuso com relação à escolha profissional ou demasiadamente angustiado com os estudos, é preciso buscar uma ajuda profissional. Afinal, por mais que alguém estude, jamais conseguirá bons resultados se estiver muito estressado ou inseguro. 

O estímulo e o reforço positivo são sempre os melhores aliados na educação de crianças e adolescentes!

Fabíola Scherer Cortezia - fabiola@espacodomquixote.com.br
Psicóloga do Espaço Dom Quixote
Especialista em Infância e Adolescência

Vamos aprender sobre matemática?


A Fisioterapia e o atraso no desenvolvimento



O desenvolvimento motor é considerado como um processo sequencial, contínuo e relacionado à idade cronológica, pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas e complexas. 

O atraso global no desenvolvimento neuropsicomotor é definido como um atraso significativo em várias partes do nosso desenvolvimento, podendo afetar a motricidade fina, motricidade grossa, linguagem, cognição, interação social e ainda as atividades de vida diária. 

Ela nasce sem a integração dos sistemas que ainda estão se formando, a partir da maturação do SNC é que ela começa adquirir novas habilidades. Os primeiros anos de vida são considerados críticos para o desenvolvimento infantil, já que há maior plasticidade cerebral, o que favorece o desenvolvimento de todas as potencialidades da criança. 

Sabe-se que o processo de desenvolvimento ocorre de maneira dinâmica e é suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos externos. A interação entre aspectos relativos ao indivíduo, como suas características físicas e estruturais, ao ambiente em que está inserido e à tarefa a ser aprendida são determinantes na aquisição e refinamento das diferentes habilidades motoras. 

O desenvolvimento motor atípico não se vincula, obrigatoriamente, à presença de alterações neurológicas ou estruturais. Mesmo crianças que não apresentam sequelas graves podem apresentar comprometimento em algumas áreas de seu desenvolvimento neuropsicomotor. Estudos descrevem prejuízos mais comumente ligados à memória, à coordenação visuomotora e à linguagem. 

Neste sentido, crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se apresentam com risco de atrasos, merecem atenção e ações específicas, já que os problemas de coordenação e controle do movimento poderão se prolongar até a fase adulta. Além disso, atrasos motores frequentemente associam-se a prejuízos secundários de ordem psicológica e social, como baixa autoestima, isolamento, hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização de crianças e o seu desempenho escolar. 

O fisioterapeuta tem um papel fundamental no diagnóstico e tratamento de distúrbios do desenvolvimento, avaliando e identificando qualquer alteração no quadro neuropsicomotor. A intervenção deste profissional visa estabelecer e/ou restabelecer a funcionalidade do movimento, trabalhando no sentido de ensinar para a criança posturas e movimentos funcionais, mostrando a importância deste movimento como função e não como “fazer o movimento só por fazer”. Trabalhamos principalmente através da promoção de experiências motoras adequadas. Com a fisioterapia sendo oportunizada precocemente, é possível trabalhar esse processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que a criança com atraso do DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor) se torne apta a responder às suas necessidades e às do seu meio de acordo com o seu contexto de vida.

Módulo de Inclusão


Memórias alimentares


Cada vez mais estamos entrando no universo dos produtos industrializados, congelados, empacotados...

Atualmente entramos no mundo da praticidade, o suco em caixa, o bolo em pacotes individuais (nada saudável e cheio de químicos), perdendo em meio a industrialização a parte melhor: as lembranças da infância, o lamber a massa de bolo crua por exemplo. Quem nunca? E o cheirinho de pão que acabou de sair do forno? Hummm...

Faz parte da sua memória ligada à alimentação? E nossos pequenos será que terão essa mesma memória? Ou no máximo irão lembrar do “apito” no fim dos 3 minutos do microondas. 

Levar as crianças para a cozinha é um estímulo, um carinho que pode incentivar seu filho a entrar no mundo da alimentação saudável. 


O lúdico e a brincadeira entram no universo da criança e podem acessá-la. Ajudar na preparação, montar os pratos, servir comida de uma forma diferenciada, em tigelas, copos, na folha do repolho, tudo é válido. Como gostamos de ver a comida bonita na mesa, a criança também gosta, melhor ainda se ela foi quem preparou. 

Fico assustada quando vejo as crianças não sabendo diferenciar uma fruta da outra, ou ao pegar um abacate chamá-lo de pimentão. 

Seu filho é resistente a legumes? Frutas? Experimente levá-lo junto ao supermercado, onde ele vai ajudar a escolher as frutas, mostrar a ele o que é uma batata, um pepino, um abacate. 

Integrar os pequenos no mundo da alimentação é parte fundamental para uma boa relação com o alimento, com a alimentação, com uma ótima saúde. 

Uma preparação ótima, fácil e nutritiva que pode ser feita com a ajuda das crianças, é a famosa pizza caseira de aniversário. Para que ela fique mais saudável, acrescentei na receita legumes e farinha integral. A preparação com ajuda dos pequenos vai ser diversão na certa! 



Pizza caseira integral 

Tempo de Preparo: 30min 

Massa:
• 2 xícaras de farinha de trigo integral e 1 xícara de farinha de trigo 
• 1 envelope de fermento biológico seco 
• 1 xícara de água morna (não pode ser quente) 
• ½ xícara de azeite 
• 2 colheres rasa de sopa de açúcar 
• 1 colher de café de sal 
• 2 ovos 

Recheio de sardinha (também pode ser atum ou carne moída):
• 2 cebolas picadas e temperos de preferência 
• 1 latas de sardinha. Acrescentar ao molho legumes picados como cenoura/brócolis/milho/vagem 
• Molho de tomate 

Modo de preparo: 
• Misturar todos os ingredientes da massa em uma bacia 
• Sovar com os dedos ou com a colher, a massa não precisa ficar muito dura 
• Depois de bem sovada, espalhar em uma forma retangular ou redonda untada com azeite 
• Use seu recheio preferido 
• Sirva cortada em quadradinhos, fria ou quente.
Para que a massa fique mais alta e mais fofa, deixar crescer já com o recheio uns 20 min. 


Cristine Cassel - cristinenutri@espacodomquixote.com.br 
Nutricionista do Espaço Dom Quixote

Módulo de Letramento e Alfabetização






Módulo Matemática: saber para aprender


Semana Mundial da Amamentação



A Semana Mundial da Amamentação é realizada com o objetivo de mostrar para a sociedade em geral, e para os pais em particular, a importância do aleitamento materno, não só para as crianças, como também para as mães. Neste ano ela ocorre de 1º a 7 de agosto e mobilizações serão feitas em todo o Brasil.

Em 2013, a Aliança Mundial para a Ação em Aleitamento Materno escolheu como tema:

"Aconselhamento em amamentação: perto das mães".

Dentro deste tema, a campanha elaborada pelo Ministério da Saúde traz como slogan:

"Tão importante quanto amamentar seu bebê é ter alguém que escute você".

A madrinha da campanha é Roberta Rodrigues, esposa do ator Marcelo Serrado. Os dois são pais de Guilherme e Felipe, gêmeos nascidos em abril deste ano.

Os benefícios do aleitamento materno são inúmeros e bastante divulgados, mas sempre é bom relembrarmos:

O leite materno é um alimento completo. Isto significa que, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos. É bom que o bebê continue sendo amamentado até 2 anos ou mais. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito, melhor para ele e para a mãe.

Benefícios para o bebê:
- O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os 6 meses, inclusive água, e é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite, porque foi feito para ele;
- Funciona como uma verdadeira vacina, protegendo a criança de muitas doenças;
- Além disso, é limpo, está sempre pronto e quentinho;
- A amamentação favorece um contato mais íntimo entre mãe e bebê;
- Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.

Benefícios para a mãe:
- Reduz o peso mais rapidamente após o parto;
- Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto; 
- Reduz o risco de diabetes;
- Reduz o risco de câncer de mama e de ovário.

Informações retiradas de portal.saude.gov.br


Fernanda Helena Kley - fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote