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Grupo de Reeducação Alimentar


Consciência Fonológica



A consciência fonológica é a habilidade linguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. 

No processo de aprendizagem, o aluno deve conseguir perceber que a língua falada pode ser dividida em palavras; as palavras em sílabas e as sílabas em fonemas. Também deve perceber que essas unidades se repetem em diferentes palavras faladas. Conseguindo fazer estes processos oralmente, a capacidade de relacionar as letras com os seus respectivos sons, ou seja, fazer a relação grafema-fonema, vai aumentando gradualmente, até que se torne um processo automatizado. 

Desde a Educação Infantil, a consciência fonológica já é estimulada com canções, rimas e poesias, mas é a partir do 1° ano do Ensino Fundamental que este estímulo vai sendo mais direcionado para atividades específicas. 

Atividades que envolvam a noção de palavras são mais fáceis que as de sílabas e as de sílabas são mais fáceis do que as que envolvem o conceito de fonemas, por isto esta hierarquia deve ser respeitada e o professor deve ter este cuidado na hora de propor atividades de consciência dos sons. 

Falando mais especificamente da consciência da palavra, ela representa a capacidade de segmentar as frases em palavras e, além disso, perceber a relação entre elas e organizá-las em uma sequência com sentido. 

Com o final do 1° trimestre escolar, já é possível perceber quais os alunos que estão tendo mais dificuldades no processo de alfabetização e o professor pode se utilizar de estratégias de consciência fonológica para auxiliar a turma. 

Seguem atividades práticas que estimulam a consciência de palavras: 

- Falar pedaços de canções ou provérbios e orientar os alunos que peguem um palito para cada palavra dita; 

- Falar uma frase e após pedir que o aluno repita a frase, mas trocando uma das palavras. O professor pode ajudar o aluno dizendo qual a palavra que deve ser trocada; 

- Dizer uma frase com uma palavra sem sentido e pedir que os alunos troquem esta palavra por algo mais coerente. Nesta atividade é interessante destacar que não há apenas uma palavra adequada e comparar o que cada aluno fala.


Quer saber mais sobre Consciência Fonológica? 
O Espaço Dom Quixote estará oferecendo a Oficina Consciência Fonológica no dia 09 de julho (segunda-feira) das 19h às 22h!
Entre em contato para mais informações!




Fernanda Helena Kley - fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote
Pós-Graduanda em Neuropsicologia (UFRGS)

A cozinha também pode ser uma sala de aula!


Na hora do lanche, sessões de culinária!

A relação com os alimentos está no dia a dia da escola e ela pode ser usada tanto para auxiliar o professor nas temáticas diárias de sala de aula como matemática, ciências, estudos sociais e português, assim como na prevenção e combate à obesidade! 

A cozinha pedagógica pode ser uma prática muito divertida e proveitosa para todas as faixas etárias, desde a educação infantil até o ensino médio, dando um sentido diferente à aprendizagem da criança, pois possibilita, no preparo de um prato, vivências repletas de experiencias sensoriais relacionadas com diversas disciplinas curriculares, ensinando o aluno na prática aquilo que só é apresentado nos livros. 

Além de auxiliar na construção da aprendizagem, proporcionando diferentes sensações, a cozinha pedagógica promove de forma lúdica conceitos de alimentação saudável, higiene e e nutrição. 

Nada melhor do que exercitar a leitura, a escrita, os conceitos matemáticos, aprender ciências, estudar diferentes culturas e aprender a comer bem, tudo em uma única aula, né? 

Mãos a obra e bom apetite! 

Clarissa Paz de Menezes - clarissapp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Oficina de Comportamento Alimentar


Oficina de Consciência Fonológica


Estimulação Precoce



A estimulação precoce vem a dar iniciativa à criança com atraso a desenvolver os sentidos do seu próprio corpo, preparando-a para dominar posições e tonificar a musculatura de uma forma lúdica para descobrir o seu limite. Busca-se com isto abrir um novo campo de comunicação entre pai-filho, permitindo que os pais descubram muito sobre seus pequenos e permite que eles enxerguem potencialidades. 

A estimulação precoce deve ser iniciada a partir do momento em que a criança for diagnosticada como bebê de risco ou portador de atraso no desenvolvimento ou ainda sem atraso a fim de poderem, o quanto logo, serem estimuladas as percepções sensoriais, os movimentos normais, o rolo, o sentar, o engatinhar, a deambulação, a coordenação visual e motora, a socialização e a cognição. Enquanto as atividades lúdicas são usadas como meio para atingir os objetivos terapêuticos, a brincadeira não tira férias da vida, pois auxilia na construção de uma relação de confiança e permite a criança adquirir novas habilidades necessárias para a brincadeira, como a curiosidade, a confiança, a resistência e a vigilância. 

As atividades motoras estimulam o desenvolvimento do cérebro e são indispensáveis para a organização do sistema nervoso. Realizadas de forma descontraída, oferecem à criança meios para que ela progrida e adquira autonomia. Envolve normalizar o tônus e permitir que pela plasticidade, as sensações normais sejam absorvidas e mantidas.

Pouco adianta a criança ir ao grupo de Estimulação Precoce (entre em contato para saber mais) duas vezes por semana e depois passar o resto do dia em posturas que não favoreçam esta normalização. Certamente esse processo que envolve o grupo de Estimulação Precoce, a mãe junto no tratamento e sendo orientada, mais uma boa dose de afeto, paciência e respeito pela criança, a mesma crescerá tornando-se uma pessoa equilibrada.

Le Boulch (1982) diz que os movimentos espontâneos, mesmo não sendo pensados, dependem das experiências vividas anteriormente. Não se trata de uma memória intelectual, mas sim de uma verdadeira memória corporal, toda ela carregada de afeto e orientada por ele. O corpo não está simplesmente dotado de eficácia, ele está presente no mundo como uma unidade fundamentalmente original, como “corpo próprio”.

Sugestões de exercícios:

- Virar e revirar a criança toda vez que for trocá-la (induz movimento global);

- Um móbile brilhante acima da cama, um chocalho sonoro;

- Evitar movimentos bruscos. Os gestos devem ser suaves, sustentar-lhe a cabeça, servir-se do movimento esboçado pela criança para continuá-lo;

- Deitar a criança de costas no chão, para obter a abertura da mão através da descontração do ombro e tomar consciência do corpo, obter a extensão completa dos braços;

- Brincar com bolas de cores e tamanhos diferentes;

- Brincadeiras com cubos;

- Baldinhos para encher de areia no jardim. Copinhos para encher de arroz em casa;

- Brinquedos de empurrar e puxar;

- Fantoches;

- Livros com figuras;

- Os movimentos globais serão jogos que precisam da adesão total da criança. Objetos como bastões, arco, o carrinho, permitem a criança libertar-se da mão do adulto, além de subir no escorregador, escadas, descer degraus, cair, levantar-se.

Ficou interessado na Estimulação Precoce? O grupo oferecido pelo Espaço Dom Quixote ocorre sempre em segundas e quartas das 13h às 14h!


Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Benjamim foi atrás de sua graça. E você?



Benjamim é um palhaço que perdeu a graça. Um palhaço que não encontrou algo que o faça rir. E que se depara com a grande e cruel dúvida: “quem sou eu?”. Em busca de respostas, Benjamim deixa para trás o que tinha de mais seguro e cômodo: a família, o circo. 

Na forma mais clara sobre a busca de si mesmo, ele vai atrás da identidade, aquela mesma do RG. Procurando neste pequeno e singelo pedaço de papel a resposta para suas perguntas. 

O encanto com ventiladores, sempre vistos de longe, representam a ânsia por novos ares, novas brisas e caminhos. Até que chega o momento em que decide por ir atrás destes ventos e descobrir com seus próprios pés o que quer fazer e quem quer ser. 

Benjamim representa um pouco de nós, palhaços que tantas vezes perderam a graça. Palhaços que perderam o sentido da caminhada e desligaram os ventiladores interiores, aqueles que nos movem entre o mundo. Benjamim nos coloca diante da frase que não saiu da mente desta que vos escreve, que diz assim: “o gato bebe leite, o rato come queijo e eu sou palhaço”. Simples e até engraçado. Mas é capaz de fazer pensar sobre o que somos e quem queremos ser. 

Benjamim não consegue isso sozinho, tem esta frase dita por seu pai, quando este também já não suporta a tristeza do palhaço. Talvez com o coração partido, com nó na garganta, não sei. Pai de Benjamim dá o primeiro sopro para que ele corra atrás de si mesmo, do seu sonho. Do seu próprio ventilador. Abre para o filho a árdua porta do desconhecido, do “deixe ver para crer”. 

Na sua breve, mas profunda jornada, Benjamim fez sua identidade, experimentou outros caminhos e no fim retorna para onde e para o que sabe fazer: ser palhaço. 

Benjamim nos ensina a arte de apreciar a tristeza que nos faz buscar outros ventos. A experiência de novos sentimentos, lugares, pessoas, profissões. Faz-nos ter consciência de que podemos mudar as coisas quando estas não nos agradam. Fazendo perceber que podemos girar as hélices de nossos ventiladores e descobrir ou redescobrir quem somos e para onde queremos ir. 

Toda essa “aventura” vivida por Benjamim só foi possível porque ele pôde contar com a ajuda do pai, que lhe permitiu sair, assim como voltar. E o melhor de tudo, voltar porque aquele era o lugar que ele gostaria de estar. A nós, Benjamins e pais de Benjamins, faça essa pergunta para si mesmo: “e eu sou o quê?”. Ao encontrar a resposta, ou a falta dela, não se apavore. Movimente seus ventiladores, abra espaço para a descoberta e deixe seu palhaço falar (rir) mais alto. 

“O gato toma leite, o rato come queijo e eu sou palhaço”.

Filme O palhaço (2011) Dirigido por Selton Mello Com Paulo José, Tonico Pereira, Selton Mello. Drama, Comédia. Brasil


Caroline Ciceri - carolinepsico@espacodomquixote.com.br
Psicóloga do Espaço Dom Quixote

Curso O Normal e o Patológico


Síndrome da Morte Súbita do Lactante



A Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) conhecida também como morte do berço é bastante divulgada em todo o mundo e justificadamente muito temida. A síndrome envolve uma convergência de fatores que resultam em asfixia dos bebês vulneráveis. Bebês submetidos a condições como pobreza, exposição ao fumo, álcool e drogas ilícitas na vida intrauterina, ou à fumaça do cigarro depois do nascimento, são especialmente propensos. 

No Brasil, o costume de deitar os bebês de lado, posição que protege mais do que deixá-los de bruços, mas menos do que se estivessem de barriga para cima, explica por que a incidência é mais baixa: 5 a 10 em cada 10 mil crianças nascidas. Porém ainda não está claro se a morte ocorre durante o sono ou nos períodos de transição entre sono e vigília que se sucedem durante a noite e por a criança para dormir de barriga para baixo (em pronação) aumentaria o risco. 

O maior pico de incidência está entre dois e quatro meses de idade, sendo mais comum em meninos. No entanto, a má notificação nas declarações de óbito quando ocorre a SMSL, em vista que muitos profissionais da saúde ainda não sabem reconhecê-la e o óbito acaba sendo classificado como broncoaspiração ou morte sem assistência médica ou morte de causa desconhecida. Quando realizada avaliação em Instituto Médico Legal, quase sempre é classificada como broncoaspiração ou pneumonia porque também nestas instituições a SMSL é desconhecida. 

Pode servir de gatilho para disparar a síndrome também: 

1) a asfixia por compressão das vias aéreas ou inalação excessiva do gás carbônico exalado na posição com o rosto para baixo; 

2) a hipertermia causada pela compressão da face contra o travesseiro ou o colchão; 

3) o nascimento prematuro e a imaturidade dos mecanismos cardiorrespiratórios e de controle térmico. 

Mesmo assim, a síndrome pode surgir em bebês que não apresentam essas características. Um estudo recente mostrou que 85% dos casos acontecem com crianças que dormem de barriga para baixo ou compartilham o leito com outras pessoas, aumentando o risco. Deixando o bebê mais vulnerável ao estresse provocado pela falta de oxigênio.

Estas informações são muito importantes para que nossos bebês durmam com segurança!


Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Organize seu conhecimento sobre os alimentos



Muito se comenta na mídia sobre alimentação saudável e alguns dos termos utilizados acabam gerando dúvidas em grande parte das pessoas. 

Aí vai um “glossário alimentar”! 

ALIMENTO IN NATURA: alimento ofertado e consumido em seu estado natural, sem sofrer alterações industriais. 

ALIMENTO INTEGRAL: alimento pouco ou não processado que mantém em perfeitas condições o conteúdo de fibras dietéticas e nutrientes. 

ALIMENTO LIGHT: composição reduzida em, no mínimo, 25% o valor energético e/ou os seguintes nutrientes: açúcares, gordura saturada, lipídios totais, colesterol e sódio, comparado com o produto tradicional ou similar. 

ALIMENTO DIET: alimento industrializado em que um determinado nutriente como açúcar, carboidrato, gordura ou proteína está ausente ou em quantidades muito reduzidas, não resultando, necessariamente em um produto com baixas calorias. 

ALIMENTO ORGÂNICO: alimento cultivado sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e pesticidas. 

ALIMENTO FUNCIONAL: qualquer alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele contém. 

Mais alguma dúvida? Escreve pra gente! 


Daniele Santetti - danielenutri@espacodomquixote.com.br
Nutricionista do Espaço Dom Quixote 
Mestranda em Saúde da Criança e do Adolescente – UFRGS 

Orientação Profissional para Adolescentes


Missão Pais: brincando junto


Como brincar com seu filho quando se chega exausto após um dia trabalho? E ainda ter que realizar as tarefas de casa – jantar, louça para lavar, organizar a casa e dar atenção aos filhos? Complicado não? Mas sabe aqueles 15 minutinhos que tiramos para ler uma revista no sofá ou assistir televisão? Que tal sentar-se no chão e pedir que ele(a) sente-se com seus brinquedos próximos pra irem trocando ideias? 

Sabe que funciona muito bem, além de relaxarmos conseguimos dar atenção e com isso resgatar brincadeiras lúdicas com brinquedos feitos à mão, além de despertar a criatividade, já que hoje em dia, elas não têm tanta destreza manual como antigamente. Com isso, também trabalhamos o conceito de cooperação, parte essencial para se relacionar com as outras pessoas e construir relacionamentos significativos. Aprende a respeitar os outros e a controlar suas próprias necessidades imediatas e impulsos. O fato de aprender a cooperar é essencial, mas não significa que é fácil. 

Poder participar de momentos lúdicos com as crianças permite entendê-las melhor, identificando os seus valores, preocupações e sentimentos em relação a situações específicas da sua vida. Além de proporcionar o desenvolvimento de habilidades como a coordenação motora, a criatividade e a inteligência. Ensina também comportamentos adequados e potencialmente úteis nas interações que a criança estabelece com seus pares - como a empatia, a auto-confiança, estratégias para resolução de problemas, entendimento das regras e aprende a respeitá-las e a lidar com suas próprias frustrações quando perde uma partida.

É muito bom quando esses momentos entre pais e filhos podem ser recheados de afagos, longos abraços, brincadeiras inventadas e brincadas juntos, estimulando e fortalecendo a integração físico-psicossocial. 

Aqui no Espaço Dom Quixote, oferecemos esses momentos de fortalecimento de vínculos familiares. 

Fique ligado na programação das Oficinas Pais e Filhos.


Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Os segredos de cada um



Indico o texto “Os Segredos de cada um” de Anna Verônica Mauter – psicóloga, socióloga e psicanalista – que trata da importância para o desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes de se constituírem espaços que resguardem sua intimidade, seus segredos, sua privacidade. Em tempos de Big Brother, de violência, muitas vezes se confundem os limites entre proteção e invasão de privacidade. Boa leitura! 

Os Segredos de cada um
(Autora: Anna Verônica Mauter)

"E depois a gente não sabe por que as crianças viram adolescentes tão diferentes do que nós sonhávamos... Qual é o espaço que nós, pais e professores, deixamos para a intimidade deles, longe de nossos olhares?

Em nome de uma superproteção, exigimos ter a todo momento uma visão global da criança. Qualquer coisa diferente que acontece em casa, todo mundo vai correndo até a escola para contar que “possivelmente a criança vai se mostrar diferente porque a mãe está grávida ou o pai viajou, o irmão está doente ou a empregada mudou”. É como se de repente a criança tivesse que ser protegida de seus próprios sentimentos diante da vida. 

Quem disse que a reação da criança vai aparecer na escola? Por que a gente acha que ela não vai saber dissimular? E, se ela não souber, provavelmente eis aqui a ocasião para ela começar a treinar esse comportamento tão importante. A transparência e a sinceridade viraram dever. Mas nem sempre podem ser usadas. 

Ao querermos saber tudo o que acontece em todos os lugares, para termos uma visão integral de nosso filho, pensamos que estamos protegendo. Na verdade, estamos invadindo o que ele não nos abriu, impedindo-o de ter seus segredos - que redundarão, oportunamente, em defesas que vão constituir sua singularidade. 

Todos nós temos de saber o que expressar e de que forma. A criança pequena chora em qualquer lugar. Com o tempo, se a deixarmos livre para errar ou acertar, ela vai aprender onde pode e onde não pode chorar, gritar, cantar, berrar. Cada um dos segmentos sociais onde a criança atua (casa, escola, família expandida, vizinhança) tem regras próprias, seus sistemas de gratificação e punição. Entre os coleguinhas, pode não haver castigo propriamente dito, mas existe a vergonha. Com o professor, tem nota e elogio; e, em casa, depende da personalidade dos pais. É preciso deixar que ela perceba que o mundo não é homogêneo, que ela pode ter segredos e adaptar-se a essas diferenças. 

Ter vida secreta é o primeiro passo da sociabilidade. Qualquer criança acima de 3 anos, se não tiver sido completamente moldada pela homogeneização artificial de seu mundo, começa a perceber que seu desenho bonito agrada pais e professores, mas diante de outras crianças é inócuo. Ser bom de bola, isso sim é ponto positivo entre os amiguinhos. E assim por diante. Por mais que a gente queira proteger, ensinar, criar uma blindagem emocional, para que seu crescimento ocorra com poucos desgastes e pouca dor, felizmente a gente não consegue. Se conseguíssemos, criaríamos seres ingênuos incapazes de se fazer valer no mundo. O melhor laboratório que podemos oferecer para criar cidadãos aptos é permitir que frequentem vários mundos diversos para que testem suas aptidões. 

Bisbilhotar, querer saber tudo que a criança faz quando está com seus outros grupos é castrar, limitar a criatividade. Depois não adianta fazer cursos para desenvolver a inventiva. A liberdade de testar comportamentos fora da vigilância adulta é o campo ideal para o surgimento do homem livre. 

Portanto, atenção: aja com o seu aluno de acordo com o que ele está demonstrando e dizendo a você. Se for levar em conta informações divulgadas em conversas na sala dos professores, nos corredores das escolas e vindas da direção oposta – isto é, de casa para a escola -, faça isso com muito cuidado, para que a criança ou o jovem não se sinta vigiado."


Thais C. Chies - thaispsico@espacodomquixote.com.br
Psicóloga do Espaço Dom Quixote

Oficina de Artes