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A deficiência e o mercado de trabalho


Conforme a criança vai crescendo, vão surgindo os questionamentos sobre qual a profissão que ela irá seguir, qual será o seu local de trabalho. E com as crianças que tem alguma deficiência, como fica esta questão?

Hoje em dia há inúmeras oportunidades para as Pessoas com Deficiência (PCD) em diversas empresas. Já passou a época em que estas pessoas não conseguiam exercer nenhuma função profissional e eram discriminadas na procura por emprego.

Para auxiliar em mais este processo de inclusão, o Governo Federal promulgou a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, a qual determina que seja reservada nas empresas uma cota para PCDs. O percentual leva em conta o número de empregados. Empresas com 100 a 200 funcionários devem preencher 2% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiências; para as empresas com 201 até 500 empregados, o percentual é de 3%; de 501 a 1000 funcionários, o percentual é de 4%; e de 1001 em diante é de 5%.

Um exemplo de empresa que está abrindo vagas para pessoas com deficiência é a Universidade Feevale. A Feevale possui o programa "INOVE - Inclusão Organizacional / Social de Valores Especiais" que tem como objetivo desenvolver ações que visem à inclusão de Pessoas com Deficiência no quadro de funcionários, tendo como foco a disponibilização de vagas e possibilidades para permanência e crescimento na Instituição, respeitando suas peculiaridades. A Instituição é comprometida com o desenvolvendo do potencial das PCDs e contribui para a construção de uma sociedade de respeito e valorização das diferenças. Alguns dos benefícios oferecidos aos funcionários da Feevale são: plano de assistência médica e odontológica; vale–transporte; auxílio creche; convênio Farmácia; descontos e bolsas integrais para curso de graduação e especialização. Quem tiver interesse pode se cadastrar no site www.feevale.br/inove.

Além da Feevale, outras empresas, tanto pequenas quanto maiores, têm vagas disponíveis. Cada vez mais as empresas estão explorando as potencialidades de cada sujeito e percebendo que as diferenças agregam valores e que as histórias de superação motivam a todos.

Ainda há muito o que ser feito nesta área, a maioria das empresas têm dificuldades em atingir o exigido pela lei e não contam com a estrutura necessária para receber estes novos empregados, mas os avanços estão começando a aparecer e as pessoas com deficiência devem cada vez mais exigirem o seu espaço de direito.


Fernanda Helena Kley - fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote
Pós-graduanda em Neuropsicologia (UFRGS)

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