RSS

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - descobrindo um tratamento eficaz através da Psicomotricidade, Musicoterapia e Terapia Ocupacional


O que fazer quando o seu filho recebe o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)? Às vezes, os pais ficam um tanto desorientados, sem saber o que significa ou como buscar auxílio. Outras vezes, é mais fácil pensar que alguns sintomas são herdados e que com o tempo passa. Poder criar rotinas organiza a criança com excesso de atividade motora. Mas, para se ter um resultado efetivo, a criança necessita de atendimento. Os mais indicados são Terapia Ocupacional, Musicoterapia e Psicomotricidade. Por quê?

Porque essas áreas trabalham o ato e a ocupação do corpo pelo lúdico. Assim, conseguimos fazer com que a criança compreenda e supere mais facilmente suas limitações e desenvolva então sua autonomia. Por consequência, suas potencialidades virão à tona. Atividades de expressividade motora do movimento até invenção de fantasias infantis permeiam o imaginário infantil e a prática psicomotora, criando assim um espaço de escuta e fala consciente. Dessa forma, a criança toma consciência do seu corpo, da sua lateralidade, da sua situação e da situação de outros objetos no espaço, do domínio temporal, além de adquirir habilidades de coordenação de gestos e movimentos.

Nossas atividades (terapêuticas ocupacionais, psicomotoras e musicoterápicas) baseiam-se em atividades lúdicas, corporais, artísticas e de criação, como os jogos musicais, as atividades rítmicas, o cantar, os movimentos com música, o tocar instrumentos musicais e o compor. Elas nos auxiliam na organização do indivíduo, atuando na independência, na estruturação emocional, na percepção cognitiva (regras/limites; atenção; concentração; memória; criatividade), na comunicação (expressar o que se quer de forma adequada), nas atividades de vida diária (alimentação, vestuário, auto-cuidado), nas atividades de vida de trabalho (escola), nas atividades de vida de lazer (brincar) e na socialização.

O ritmo musical, tão relacionado às questões corporais, se faz importante nas atividades, pois é necessário trabalhar o corpo, o tônus muscular, o equilíbrio, a coordenação motora, dando sustentação ao esquema corporal desse corpo inquieto. Além de dar energia, o ritmo, feito de som e silêncio, trabalha a organização temporo-espacial, regulando o relógio interno e desenvolvendo a postura corporal, melhorando as funções de desempenho do ensino aprendizagem.

Além disso, é necessário durante o tratamento ficar atento às dificuldades no processamento sensorial da criança, a fim de regular e equilibrar os sentidos e as informações vindas do meio. Dessa forma, conseguimos elevar a autoestima, a segurança emocional e aprimorar a comunicação (verbal e não verbal). Oferecemos um espaço de expressão mais eficaz, seguro e prazeroso, onde mantemos facilmente a atenção da criança, que se sente muito mais à vontade para trabalhar suas dificuldades.

Uma atividade musical permite variações, uma vez que inserimos uma grande gama de estímulos e, quanto mais estímulos, maior o foco de atenção e percepção corporal. Começa com o recurso da música, passa pelo viés do corpo e ganha significado trabalhando todas as áreas do desenvolvimento. Em uma mesma atividade é possível compreender e explorar os sentimentos, a linguagem, a percepção corporal, a intensidade dos movimentos no meio, o domínio da força e a socialização. Esse é o trabalho conjunto de três profissões.


Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Luciana Steffen - lucianamt@espacodomquixote.com.br
Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote

0 comentários: