RSS

Final do ano, e agora?



Novamente estamos chegando ao fim do ano, último trimestre e última chance de conseguir recuperar as notas baixas!

Seguem abaixo, algumas dicas para estudar e quem sabe recuperar aquela nota baixa e melhorar o boletim!

• Reserve uma ou duas horas por dia para estudar, mesmo que não tenha prova no dia seguinte. Nos finais de semana, estude por no mínimo uma hora. Leia várias vezes a matéria a ser estudada!

• Faça resumos da matéria. Escrever vai ajudar a fixar o que precisa saber.

• Colar cartazes com a matéria em locais bem visíveis ajuda a decorar e lembrar para a prova.

• Gravar a matéria também pode ser um jeito legal de guardar o conteúdo!

• Peça para alguém ajudar você a estudar fazendo perguntas sobre a matéria que está sendo estudada.

• Leia muito! Jornais, livros e discuta com seus pais e amigos sobre o que leu, contando-lhes o tema da leitura e dividindo opiniões.

• Refaça as provas anteriores, tanto as questões corretas quanto as que errou!

• Estude em grupo. Peça ajuda naquilo que não sabe e ensine aquilo que sabe!

O melhor é começar esta rotina de estudo desde o início do ano, para não precisar se “estressar” no final!

BOA SORTE

Clarissa Paz de Menezes - clarissapp@espacodomquixote.com.br

Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Psicomotricidade é mexer, convocar o corpo...


...é entender o seu ritmo, o seu lugar no mundo, é o ser-em-ação. É exatamente o que a música abaixo fala. Fica como sugestão para dançar com as crianças.

Desengonçada - Bia Bedran
(refrão)
Vem dançar, vem requebrar
Vem fazer o corpo se mexer
Acordar
É a mão direita, mão direita, mão
Direita agora,
A mão direita, que eu acordar.
É a mão esquerda, a mão esquerda,
A mão esquerda agora
As duas juntas que eu vou acordar
(refrão)
É o ombro direito, é o ombro direito,
É o ombro que eu vou acordar.
É o ombro esquerdo, é o ombro
Esquerdo
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o cotovelo direito, é o cotovelo
Direito
É o cotovelo que eu vou acordar
É o cotovelo esquerdo, é o cotovelo
Esquerdo
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o braço direito, é o braço direito
É o braço que eu vou acordar
É o braço esquerdo, é o braço
Esquerdo
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o joelho direito, é o joelho direito
É o joelho que eu vou acordar
É o joelho esquerdo, é o joelho
Esquerdo,
Os dois juntos que eu vou acordar
(refrão)
É o pé direito, é o pé direito, é o
Pé direito agora
É o pé direito, que eu vou acordar
É o pé esquerdo, é o pé esquerdo
É o pé esquerdo agora
Os dois juntos que eu vou
Acordar
(refrão)
É a cabeça, os ombros, as mãos,
Cotovelos e braços
Que eu vou acordar
A cintura, a barriga, o bumbum,
Os joelhos
Tudo junto que eu vou acordar

Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote
Matéria do Caderno Donna do Jornal Zero Hora publicada no domingo dia 23/10/2011:

LONGE DA TELINHA

Ver televisão ou vídeos não é aconselhável para crianças menores de dois anos. A orientação, baseada em pesquisas que concluíram que a prática pode afetar o desenvolvimento, foi divulgada esta semana pela Academia Americana de Pediatria (AAP). Segundo a instituição, os pais devem estimular as brincadeiras.

A diretriz também adverte sobre como os hábitos televisivos dos adultos podem retardar a capacidade de falar dos pequenos. "Os meios de comunicação, tanto em primeiro quanto em segundo plano, têm um efeito potencialmente negativo e nenhum efeito positivo conhecido para as crianças menores de dois anos", atesta o comunicado. "A AAP reafirma suas recomendações de desaconselhar o uso de meios deste tipo nesta faixa etária."

O pediatra Ari Brown explica que esta atualização da recomendação – a anterior datava da década de 90 – era necessária devido ao aumento do número de lançamentos em DVD para crianças de até dois anos e pelo fato de quase 90% dos pais reconhecerem que seus filhos têm passatempos desse tipo. Os estudos citados agora indicam que os adultos interagem menos quando a televisão está ligada e que uma criança que brinca em frente ao aparelho – mesmo que o volume não esteja muito alto – olhará para a tela três vezes por minuto.

– Quanto menos tempo se dedica a uma criança, mais pobre é a sua linguagem – afirma Brown.
Para a AAP, nem mesmo os chamados vídeos educativos são benéficos. "Um espaço de brincadeiras livre é mais valioso para o desenvolvimento cerebral do que qualquer exposição a meios de comunicação eletrônicos", conclui a diretriz.


Fernanda Helena Kley - fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote
Pós-Graduanda em Neuropsicologia UFRGS

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - descobrindo um tratamento eficaz através da Psicomotricidade, Musicoterapia e Terapia Ocupacional


O que fazer quando o seu filho recebe o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)? Às vezes, os pais ficam um tanto desorientados, sem saber o que significa ou como buscar auxílio. Outras vezes, é mais fácil pensar que alguns sintomas são herdados e que com o tempo passa. Poder criar rotinas organiza a criança com excesso de atividade motora. Mas, para se ter um resultado efetivo, a criança necessita de atendimento. Os mais indicados são Terapia Ocupacional, Musicoterapia e Psicomotricidade. Por quê?

Porque essas áreas trabalham o ato e a ocupação do corpo pelo lúdico. Assim, conseguimos fazer com que a criança compreenda e supere mais facilmente suas limitações e desenvolva então sua autonomia. Por consequência, suas potencialidades virão à tona. Atividades de expressividade motora do movimento até invenção de fantasias infantis permeiam o imaginário infantil e a prática psicomotora, criando assim um espaço de escuta e fala consciente. Dessa forma, a criança toma consciência do seu corpo, da sua lateralidade, da sua situação e da situação de outros objetos no espaço, do domínio temporal, além de adquirir habilidades de coordenação de gestos e movimentos.

Nossas atividades (terapêuticas ocupacionais, psicomotoras e musicoterápicas) baseiam-se em atividades lúdicas, corporais, artísticas e de criação, como os jogos musicais, as atividades rítmicas, o cantar, os movimentos com música, o tocar instrumentos musicais e o compor. Elas nos auxiliam na organização do indivíduo, atuando na independência, na estruturação emocional, na percepção cognitiva (regras/limites; atenção; concentração; memória; criatividade), na comunicação (expressar o que se quer de forma adequada), nas atividades de vida diária (alimentação, vestuário, auto-cuidado), nas atividades de vida de trabalho (escola), nas atividades de vida de lazer (brincar) e na socialização.

O ritmo musical, tão relacionado às questões corporais, se faz importante nas atividades, pois é necessário trabalhar o corpo, o tônus muscular, o equilíbrio, a coordenação motora, dando sustentação ao esquema corporal desse corpo inquieto. Além de dar energia, o ritmo, feito de som e silêncio, trabalha a organização temporo-espacial, regulando o relógio interno e desenvolvendo a postura corporal, melhorando as funções de desempenho do ensino aprendizagem.

Além disso, é necessário durante o tratamento ficar atento às dificuldades no processamento sensorial da criança, a fim de regular e equilibrar os sentidos e as informações vindas do meio. Dessa forma, conseguimos elevar a autoestima, a segurança emocional e aprimorar a comunicação (verbal e não verbal). Oferecemos um espaço de expressão mais eficaz, seguro e prazeroso, onde mantemos facilmente a atenção da criança, que se sente muito mais à vontade para trabalhar suas dificuldades.

Uma atividade musical permite variações, uma vez que inserimos uma grande gama de estímulos e, quanto mais estímulos, maior o foco de atenção e percepção corporal. Começa com o recurso da música, passa pelo viés do corpo e ganha significado trabalhando todas as áreas do desenvolvimento. Em uma mesma atividade é possível compreender e explorar os sentimentos, a linguagem, a percepção corporal, a intensidade dos movimentos no meio, o domínio da força e a socialização. Esse é o trabalho conjunto de três profissões.


Priscila Straatmann Morél - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

Luciana Steffen - lucianamt@espacodomquixote.com.br
Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote

Uma profissão que é Fórmula de Vida


Não preciso de teste especial para conhecer o valor e o rendimento de um pastor. Se faz o trabalho com prazer e se interessa profundamente pela profissão, posso ter a certeza de que os animais serão bem tratados. A técnica virá depois, se ainda faltar, e, enquanto isso, a solicitude permanente do pastor saberá atenuar as insuficiências profissionais.

Quando vejo o camponês inspecionar amorosamente o seu domínio, inclinando-se para as vergônteas como o pastor para os seus cordeiros, não preciso fazer um longo inquérito sobre suas virtudes de agricultor. Desde que a miséria, os fracassos ou a exploração não o desanimem de um trabalho que é a sua vida, logo ele se tornará perito numa arte em que a técnica morta não poderia bastar.

Se me disserem que existe um método pedagógico que dá às crianças esse amor pela profissão e o gosto por um trabalho que é a expressão do ser; se acrescentarem que esse método proporciona, ao educador, esse mesmo sentimento de participação e de plenitude que ilumina a profissão de camponês e humaniza a tarefa ingrata do pastor; se eu vir os educadores que praticam esse método retomar vida e entusiasmo, não preciarei de mais informações: esse é o método bom. Bastará estabelecer e generalizar o seu uso, preservando-o dos principais perigos que as forças de estagnação e de reação fazem correr a todos os empreendimentos inteligentes. E, sobretudo, seria necessário lembrar aos pais e aos professores que um educador que já não tem gosto pelo trabalho é um escravo do ganha-pão e que um escravo não poderia preparar homens livres e ousados; que você não pode preparar os alunos para construírem, amanhã, o mundo dos seus sonhos, se você já não acredita nesta vida; que você não poderá mostrar-lhes o caminho se permanecer sentado, cansado e desanimado, na encruzilhada dos caminhos.

“Reencontrei a dignidade de uma profissão que é, para mim, fórmula de vida”, dirá o educador moderno.

Imite-o!...

Freinet, Célestin. Pedagogia do bom senso.


Para que o professor seja este inspirador precisa, também, inspirar-se. Respirar uma vida além da sala de aula, cultivar um projeto de vida que ultrapasse suas metas profissionais. Cuidar de si antes de cuidar dos outros. Afinal ninguém nasce professor, faz-se professor no exercício da profissão e na profissionalização do seu saber.

Na humanização da educação é preciso desenvolver relações entre os sujeitos envolvidos e o conhecimento, sentido da educação.

Na relação destes sujeitos o professor tem um papel muito importante como espelho para os alunos. Um espelho precisa refletir uma imagem nítida para que aqueles que o olham possam ver refletido mais do que a realidade, vejam os sonhos, os projetos, a vida.

Cada um de nós precisa continuar sonhando, buscando crescer, melhorar a cada dia como pessoa e na busca da felicidade.

Nunca deixe de olhar para o reflexo de sua vida com paixão e esperança para que sua vida faça sentido e possa refletir nos outros esta mesma imagem.


Janete Cristiane Petry - janetepp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote

Ser Terapeuta Ocupacional é saber navegar no mar das diferenças...


"Ah! A cada passo uma incerteza,
A cada momento um medo, uma confusão.
Mas que cada um construa
Sua própria embarcação.

O mar é sempre igual aos olhos dos que comungam a mesma percepção.
Mas ele é muito mais amplo, profundo e surpreendente
Do que se pode imaginar...
A percepção do oceano é mutante
Para quem se atreve a navegar.
Mas use modelos apenas como referência para seu barco
Construa sua própria nau sem medo de ela não ser igual...

A diferença tem todo direito de navegar!
Cada um de nós tem o amplo direito de possuir
Seu próprio meio de expressar.
O barco da diferença corta o oceano,
podendo reinventar
até o próprio mar..."

(Autor Desconhecido)
RETIRADO DO BLOG: http://temasepoemasdato.blogspot.com/

Dia das Crianças


Quando se fala em Dia da Criança ao que você associa? Crianças, presentes, brinquedos, brincadeiras, o que mais? O “12 de outubro” é uma data muito esperada pelas crianças. Ao longo do ano elas vão anunciando e pensando no presente que desejam ganhar nesse dia - “eu quero uma bicicleta”, “eu quero uma boneca”, “eu quero o laptop do Ben 10”, “eu quero uma pista do Hot Wheels”, “eu quero uma barbie”, etc. Diante disso muitos pais se perguntam o que fazer com tantos pedidos. Mas, porque será mesmo que presentiamos as crianças nesse dia?

O Dia das Crianças é uma data comemorada em diferentes países. Muitos desses comemoram no dia 20 de novembro, que corresponde à data de aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças, convencionado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1959, que institui uma série de direitos válidos a todas as crianças como: alimentação, educação, cuidados com a saúde, afeto, amor, compreensão, lazer, proteção contra toda forma de exploração das mesmas, entre outros.

No entanto, cada cultura e país escolhe uma data e determinados tipos de celebrações para lembrar e comemorar o dia das suas crianças. No Japão, por exemplo, a comemoração é feita em dois dias do ano, no dia 05 de maio é comemorado o Dia dos Meninos e 03 de março Dia das Meninas. No Dia dos Meninos, as casas e ruas são enfeitadas e são feitas refeições com comidas típicas e também são realizadas espécies de gincanas. E no Dia das Meninas acontece o Festival das Bonecas onde as famílias organizam exposições de bonecas que foram transmitidas de mães para filhas.

Em nosso país, a criação do Dia das Crianças foi sugerida pelo deputado federal Galdino do Valle Filho na década de 1920, mas foi em 1924 que se decretou o dia 12 de outubro como data oficial para comemoração do Dia das Crianças. Porém, a data não se popularizou imediatamente. Somente em 1960 a data começou a ser comemorada de forma mais abrangente, a partir de uma campanha de marketing, elaborada pela fábrica de brinquedos Estrela juntamente com a Johnson & Johnson, que se chamou “Semana do Bebê Robusto”. Essa campanha teve sucesso e então atraiu a atenção de outros empresários ligados à indústria de brinquedos, que lançaram uma campanha publicitária “Semana da Criança” com o objetivo de alavancar as vendas. As campanhas tiveram bons resultados de vendas e fizeram com que esse mesmo grupo de empresários mantivesse a comemoração do Dia das Crianças associando-a a muitos presentes.

No Brasil, portanto, podemos pensar que essa data está marcada em sua origem popular por uma ideia mercantil e capitalista. Na campanha inicial vemos que está atrelada à imagem de um Bebê Robusto. No dicionário encontramos como sinônimo de robusto – vigoroso, resistente, musculoso. Qual seria a intenção de associar a imagem/ideia de um Bebê Robusto com presentes e brinquedos? Penso que essa combinação toma forma e força de venda ao seduzir os adultos e as crianças com a falsa ideia de que possuir, consumir um produto – presente, brinquedo - torna as crianças mais fortes, vigorosas, poderosas, robustas.

O que sabemos é que em nosso país comprar presentes e Dia das Crianças estão muito relacionadas, e isso ninguém discorda. As pesquisas nos apresentam isso. O Dia das Crianças é a terceira melhor data do ano em volume de vendas, perde só apenas para o Natal e para o Dia das Mães. Em reportagens de economia encontramos as seguintes manchetes: “O Dia das Crianças é uma data importante para o comércio”, “O Dia das Crianças é termômetro para o Natal”, etc.
Mas o que mesmo comemoramos no Dia das Crianças? O comércio comemora o volume de venda! E você, o que comemora? Comemoramos bebês/crianças robustas, poderosas e cheias, repletas de brinquedos? E o que mais?

E os Direitos das Crianças? Onde ficam?

Nos primórdios de nossa vida, querer, poder e ter não estão diferenciados e discriminados, ou seja, impera as fantasias de “tudo quero”, “tudo posso”. Para as crianças é seu direito tudo ter, no momento que se deseja e da forma que se espera. Isso é do infantil. No entanto, os adultos aos poucos vão apresentando para o “bebê robusto” (que tudo quer e que pensa que tudo pode) dados de realidade que lhe mostram que nem tudo se pode, que tem coisas que é preciso esperar para ter, que no mundo existem regras e leis que regem a todos. Mas, querer não faz mal, muitíssimo pelo contrário. É fundamental que a criança deseje, que busque e queira coisas para si, assim pode crescer e se desenvolver.

Porém, a questão está em o que se faz com os pedidos e com os quereres das crianças. Na atualidade percebemos que muitos pais se sentem no dever de ofertar, de proporcionar todos os quereres e desejos de suas crianças. E com isso compram e vestem a falsa ideia de que ao fazerem isso estão cumprindo seus deveres de pais e oferecendo tudo o que a criança “precisa”. Sentem-se pais robustos de filhos robustos.

No entanto, será que se está realmente garantindo para as crianças o que ela precisam e seus direitos? É somente o adulto que pode discriminar para a criança o que ela realmente precisa e quais são seus direitos. É o adulto que possui a noção do que é direito. Garantir direitos à criança está estreitamente relacionado a cuidar com o ser da criança. Num mundo onde há uma tendência mercantil de transformar as necessidades em produtos a serem consumidos, torna-se um desafio abrir espaços de direito para as crianças que estejam para além do consumo, assim como proteger, cuidar e garantir que a criança não fique alienada a esse contexto. Como fazer valer os direitos da criança de educação, lazer, saúde, de cuidados, de proteção à exploração? Eis uma questão importante para refletir em tempos de Dia das Crianças.

Algumas informações desse texto foram retiradas do site www.brasilescola.com


Psicóloga do Espaço Dom Quixote

Musicoterapia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)



O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade caracteriza-se por dificuldades na atenção e/ou inquietude e impulsividade. São crianças muitas vezes desorganizadas, impacientes, que não conseguem terminar uma atividade, se distraindo facilmente, apresentando um excesso de atividade motora e podendo apresentar comportamentos de isolamentos e dificuldades com a autoestima.


A Musicoterapia é uma nova modalidade de tratamento que tem mostrado sua eficácia com crianças e adolescentes com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Uma atividade musical pode ativar todas as áreas do cérebro, estimulando áreas responsáveis pela atenção, memória, concentração, relaxamento, atividade motora, emoções, entre outras. Quanto mais prazerosa a atividade, mais é ativado o cérebro e maior é a atenção. A música, por despertar grande interesse e curiosidade e provocar prazer e satisfação, faz a criança ou adolescente se engajar na atividade, aumentando a atenção e participação.


Muitas vezes é na música que se consegue manter por mais tempo a atenção de uma criança com TDAH, mais tempo do que se conseguiria em outras atividades, e esse período de atenção vai aumentando na Musicoterapia e refletindo nas atividades do dia a dia.


Muitas pesquisas mostram que através da Musicoterapia, os sintomas do déficit de atenção diminuíram. Tocar um instrumento, cantar, realizar uma percussão corporal, um movimento corporal em determinado momento da música (atenção seletiva) ou jogo musical (diferenciar timbres) requer atenção, onde precisa-se estar focado para saber o momento preciso de se colocar na atividade musical. Uma atividade musical permite variações, inserir uma grande gama de estímulos, e quanto mais estímulos, maior a atenção. Em uma mesma atividade pode-se modificar a velocidade, a intensidade (forte x fraco), os instrumentos, inserir percussão corporal, dança, cantar, modificar a música, trabalhar só com o ritmo, só com a melodia, juntar tudo... possibilitando diferentes maneiras manter a atenção. Tendo assim, a música o poder de aumentar a capacidade de atenção por sua variedade de estímulos (auditivos, visuais, táteis) e mantendo os neurônios em atividade.


Crianças com TDAH têm dificuldade em terminar tarefas, ficar sentadas, dificilmente conseguem cantar uma música do início ao fim, por exemplo. A Musicoterapia trabalha além da concentração e organização, essa instabilidade corporal, o corpo em movimento, o domínio e a consciência do corpo e a coordenação motora através das atividades musicais, pois todas envolvem o corpo. É oferecido uma ocupação para o corpo que está inquieto ao tocar um instrumento, ao cantar. É oferecido um espaço de movimentação, de expressão corporal na Musicoterapia.


Através do ritmo na Musicoterapia trabalha-se o corpo. Além de dar energia, o ritmo organiza, trabalha a organização espaço temporal, diminuindo os sintomas de hiperatividade e impulsividade. A percepção temporal está alterada nas pessoas com TDAH. O ritmo é uma organização no tempo e no espaço, que obriga a realizar determinada tarefa musical em determinado tempo e em determinado espaço, não em um tempo maior ou menor. A música é feita de início, meio e fim, há uma ordem temporal, uma sequência a ser respeitada, que é trabalhada incentivando o paciente a entoar e tocar as músicas do início ao fim, respeitando sua estrutura. O ritmo é feito de som e silêncio (pausas). Atividades de corte como parar em determinado momento da música ou seguir uma demanda em determinado momento, trabalham o freio inibitório, permitindo uma organização no tempo e deparando-se com os limites do corpo.


A música também trabalha as emoções, a ansiedade, sendo um dos objetivos terapêuticos da Musicoterapia no TDAH acalmar, tanto diminuindo a ansiedade, quanto relaxando a musculatura. É mais que comprovada a capacidade que a música tem de relaxar e acalmar, o que vai auxiliar na concentração e atenção. Deve-se começar com atividades mais rápidas e após ir diminuindo a velocidade, a fim de tranquilizar, de aumentar o foco e ir inserindo outras atividades, atividades mais calmas, atividades que exijam maior capacidade de atenção.


A autoestima também é aumentada através da autorrealização que uma atividade musical pode oferecer e a música é também um meio de comunicação capaz de expressar mais intimamente as emoções que as palavras, auxiliando no desenvolvimento emocional e também na comunicação (verbal e não verbal). É uma forma de comunicação não verbal, que faz a criança se sentir muito à vontade para trabalhar suas questões emocionais e sociais. Assim, aumenta-se a segurança para se expressar e se comunicar e os comportamentos tornam-se mais saudáveis na comunicação, aprendendo a esperar sua vez, ouvir o outro e cooperar, comportamentos que são estimulados por aparecerem nas atividades musicoterápicas. Todas essas questões vão melhorar a socialização, trazendo segurança para se colocar, se expor, tendo um maior equilíbrio emocional e maior autoestima, além da capacidade de se focar.


Assim, as atividades musicoterápicas como jogos musicais, atividades rítmicas, cantar, música e movimento, tocar instrumentos musicais e composição requerem todo o trabalho cognitivo de raciocínio, organização, atenção, memória, criatividade, a atividade motora, além da troca de ideias (interação social), comunicação (expressar o que se quer de forma adequada), tranquilidade, ouvir o outro, seguir instruções e de fortalecer o emocional e a autoestima, diminuindo a ansiedade, aprendendo a lidar com frustrações, melhorando comportamentos e oferecendo maior autonomia e segurança, além de aumentar a qualidade de vida. Tornando-se assim uma criança ou adolescente mais saudável na escola, na família e no trabalho.


Musicoterapeuta do Espaço Dom Quixote

NOVIDADES SOBRE AUTISMO foi um sucesso!



Neste último sábado, dia 01 de outubro, o Espaço Dom Quixote lotou seu auditório no Seminário Novidades sobre Autismo. Um dia muito agradável, em que a equipe do Espaço trouxe as novidades do Congresso Internacional de Autismo e recebeu profissionais e pais de várias cidades do estado. Palmeira das Missões, Taquari, Porto Alegre, Campo Bom e Novo Hamburgo estiveram representados no evento do último sábado.

Alguns interessados precisaram ficar na lista de espera, pois as vagas eram limitadas e a equipe já está programando uma nova data para a segunda edição.

Caso você não tenha conseguido se inscrever na primeira edição ou perdeu a data do curso, entre em contato conosco e mostre seu interesse por uma nova edição!

Ciclo de Palestras sobre Dislexia


O Ciclo de Palestras sobre Dislexia acontecerá em terças-feiras das 19h30min às 21h30min. Confira a programação:

- 04 de outubro: palestra com psicóloga e psicopedagoga sobre "o que é a Dislexia, como tratá-la e como a família pode auxiliar";

- 11 de outubro: palestra com psicopedagoga sobre "como o professor e a escola podem auxiliar na aprendizagem do aluno com Dislexia";

- 18 de outubro: palestra com fonoaudióloga sobre "como se dá a linguagem na Dislexia e como ela pode influenciar na aprendizagem";

- 25 de outubro: palestra com musicoterapeuta e psicomotricista sobre "músicas e atividades práticas que auxiliam na aprendizagem de sujeitos com Dislexia".

Investimento: R$ 20,00 por palestra ou R$ 70,00 o pacote completo.

Informações pelo e-mail recepcao@espacodomquixote.com.br ou pelo fone (51) 3037-7167