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Pesquisa aponta os progressos alcançados através da estimulação de crianças autistas


A equipe da ambientoterapia do Espaço Dom Quixote está, nesta semana, no Congresso Internacional de Autismo em Curitiba, apresentando uma pesquisa que vem sendo realizada pelo Espaço há cerca de 1 ano e meio. A pesquisa avalia os benefícios da estimulação precoce em crianças com espectro autista. O objetivo da pesquisa foi avaliar o efeito da ambientoterapia (tratamento de estimulação e terapia transdisciplinar em grupo) em crianças com espectro autista de 3 a 7 anos de idade. As crianças com espectro autista foram acompanhadas durante o período de um ano, duas vezes por semana, três horas por dia, de forma transdisciplinar por psicóloga, psicopedagoga, terapeuta ocupacional, psicomotricista, fonoaudióloga e musicoterapeuta.

A pesquisa aponta progressos significativos durante o processo de tratamento, maior tempo de troca de olhares com os profissionais estimuladores, aumento de palavras em seu vocabulário, maior tolerância ao barulho, menor agressividade. A interação social, o início de construção frasal e maior capacidade de tolerância à troca de rotina no ambiente puderam ser medidas através da observação das crianças e do relato de seus cuidadores.

Este estudo é uma esperança para pais de crianças autistas, pois faz-nos perceber que a estimulação e terapia em grupo, de forma transdisciplinar (profissionais de diversas áreas trabalhando juntos sistematicamente) auxiliam no desenvolvimento de crianças com espectro autista, podendo facilitar a interação social e o aprendizado tanto dentro quanto fora do ambiente terapêutico, tanto na rede regular de ensino quanto nas relações familiares e sociais. Encontros sistemáticos com os pais também auxiliam na forma como a família percebe o sujeito com espectro autista, diminuindo a superproteção e aumentando a quantidade de estímulos e trocas interacionais. As mesmas crianças seguem em atendimento e a pesquisa segue sendo realizada em busca de dados a mais longo prazo, a fim de mensurar os progressos alcançados pelas crianças com espectro autista que iniciam tratamento de estimulação com a ambientoterapia antes dos 8 anos de idade.

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