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Professor: como está a sua voz?


Na reta final do ano escolar, muitos professores sentem que a voz já não está mais dando conta da carga horária diária de trabalho. São comuns os sintomas de rouquidão, voz cansada, dor na garganta e eles se intensificam nesta fase do ano, pois além do fato de a voz ter sido utilizada em demasia durante o ano, o estresse e a correria para cumprir prazos também afetam a qualidade vocal.


Que o professor precisa utilizar a sua voz exaustivamente durante um dia de trabalho e que a realidade das salas de aula não favorece a acústica da voz, isso todo mundo sabe, mas é fundamental que o professor procure preservar a sua voz e se utilize de estratégias para evitar o desgaste demasiado.


Tomar muita água durante o dia é a dica de ouro para manter a voz saudável. O recomendado é 2 litros de água por dia, é preciso criar o costume de tomar água antes de sentir sede, pois quando temos a sensação de garganta seca é porque já passou da hora de se hidratar novamente.


Alguns hábitos nocivos também são prejudiciais para a nossa voz como o fumo e o álcool, mas há também alguns hábitos que falsamente auxiliam a voz como balas de gengibre, tossir ou pigarrear para “limpar” a voz, sussurrar. As balas podem trazer a sensação de anestesia para região laríngea, neste caso a pessoa não percebe o quanto pode estar prejudicando a sua voz. A tosse e o pigarro são movimentos rápidos das pregas vocais e se realizados frequentemente podem ocasionar lesões nesta região. Já o sussurro pode dar a falsa impressão de que estamos poupando a voz quando, na verdade, estamos modificando o movimento das pregas vocais, gerando cansaço e fadiga muscular. Evitar gritar e falar sem repouso durante muito tempo também é prejudicial.


Tomando estes cuidados, a voz se manterá saudável até o final do ano quando ela também merecidamente terá alguns momentos de descanso!


Fernanda Helena Kley – fernandafono@espacodomquixote.com.br
Fonoaudióloga do Espaço Dom Quixote

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