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Brincadeira de criança, como é bom, como é bom


Brincar significa explorar seu corpo, o espaço e aprender tudo o que acontece a sua volta. Para a Terapia Ocupacional Infantil, o brincar é o principal instrumento de trabalho. Utilizando-o com recurso terapêutico, conseguimos buscar a essência da criança e tirar da sessão tudo aquilo que precisamos para elaborar um bom plano de tratamento. Através do brincar conseguimos explorar todas as áreas de desempenho e assim criando um elo de fortalecimento entre o real e o imaginário, sendo possível compreender a criança.

As atividades lúdicas servem de campo de treinamento para atividades diárias, escolares e atividades de coordenação em geral. Dificuldades em integração sensorial podem impedir o brincar, que é a maior fonte de aprendizagem da criança. Por outro lado, o desenvolvimento da habilidade de brincar com certeza leva a uma integração sensorial mais adequada.

Já dentro do campo psicomotor, o brincar permite a criança aliar ação a emoção, e assim dar significado a cada história que constrói no seu dia-a-dia. Além de permitir vivenciar os fatos e compreende-los da sua maneira, permitindo que a criança se conheça.

O brincar, pela visão psicomotora permite o fortalecimento e o treino da tonicidade muscular, fortalece a relação materno-paterna, principalmente se estes participam com entusiasmo da brincadeira. Esse é o trabalho da criança! A mãe vai autorizando, pela separação de ambas, que a criança se descubra e construa seus significantes.

É por meio do brincar com qualidade que a criança se desenvolve e usufrui desses instrumentos psicomotores (linguagem, comunicação, socialização, aprendizagem e psicomotricidade) durante a vida.

Por isso, muitas vezes a Terapia Ocupacional e Psicomotricidade andam lado a lado. Ambas privilegiam o desenvolvimento saudável e a importância da relação pais e filho.

Muitas vezes, é e permitir aos pais voltar a ser criança e explorar tudo o que história infantil tem a oferecer. E para isso, inventar tuneis, passar por baixo de cadeiras, mesas, criar vestidos e roupas de lençóis e cobertores são instrumentos enriquecedores para o desenvolvimento da criança.

Deixo o início do que pode vir a ser uma história de descobertas e imaginação... Há uma luz no final do túnel? Cadê? Sumiu...


Priscila Straatmann Mórel - priscilato@espacodomquixote.com.br
Terapeuta Ocupacional e Psicomotricista do Espaço Dom Quixote

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